Arquivo do dia: outubro 2, 2010

Djavan retoma os direitos sobre suas canções

Depois de cinco anos de briga judicial, Djavan conseguiu reaver os direitos sobre 19 de suas canções, entre elas, Meu Bem Querer.

O músico rompeu contrato com a Edições Musicais Tapajós, ligada à EMI, e receberá indenização por má administração de suas obras e danos materiais.

Djavan é apenas mais um artista da MPB que, insatisfeito com as multinacionais, resolver adotar o caminho da independência. Exemplos recentes não faltam. O mais bem-sucedido talvez seja o de Maria Bethânia, que primeiro trocou a major BMG pela brasileira Biscoito Fino e, posteriormente, criou o selo Quitanda – distribuído pela BF – por onde, inclusive, lançou seu mais recente CD, Brasileirinho. Flávio Venturini, Milton Nascimento e Danilo Caymmi são outros nomes que querem distância das grandes gravadoras.

Depois de dois anos mais afastado da música e mais próximo dos filhos, Djavan lança Ária, primeiro projeto do cantor, músico, arranjador e compositor em que este último rótulo não pode ser aplicado. Djavan pisa em território conhecido, mas nem por isso menos desafiador:

– Esse projeto é antigo. Eu já fui crooner no começo da carreira e queria voltar a ter essa experiência. Gravar apenas músicas de outros autores é de um ineditismo atroz, eu componho desde os dezoito anos. O projeto demorou a sair por isso, pela dificuldade de não compor. Compor pra mim é uma necessidade física.

As canções não foram escritas por ele, mas ainda assim trazem o que o músico define como “sua pegada”:

– Eu passei a fazer tudo nos meus trabalhos atuais exatamente pra que eu pudesse dar à música o tom que eu desejo, que eu sinto, sem interferência. Neste trabalho, eu não fiz as músicas, mas eu fiz todo o resto, daí que, naturalmente, saia com a minha cara.

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