
Projeto do novo estádio do Beira Rio para Copa 2014
A Copa do Mundo 2014 será o torneio com o maior número de sedes na história. E com a definição do estádio de São Paulo para o Mundial, a construtora Odebrecht aparece como a maior beneficiária das obras.
Do total, a companhia está envolvida em quatro projetos: Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Capibaribe (Recife), Fonte Nova (Salvador) e o chamado até o momento de “Fielzão” (São Paulo), que será apresentado oficialmente na noite de hoje pelo Corinthians. Juntas, as obras das arenas ultrapassam os R$ 2,1 bilhões.
Logo em seguida vem a Andrade Gutierrez, que participa diretamente da construção de três estádios: Maracanã (Rio de Janeiro), Estádio Nacional de Brasília (Brasília) e Vivaldão (Manaus), cujos valores somam R$ 1,9 bilhão.
As duas gigantes do segmento de construção pesada podem ainda ampliar suas participações nas obras envolvendo estádios para o Mundial, pois duas cidades sedes do torneio, Natal e Fortaleza, estão com suas licitações suspensas para a definição das construtoras responsáveis.
Em Fortaleza, o processo licitatório ainda não está definido, pois o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) apura infrações cometidas durante o processo de escolha do consórcio Marquise/EIT/CVS, vencedor da concorrência para as reformas necessárias para o estádio do Castelão.
Já em Natal, um edital deve ser lançado nos próximos dias, após os contratos firmados com a empresa Stadia Projetos Consultoria – responsável pelo estudo realizado na área onde será construída a Arena das Dunas – serem cancelados. O motivo é que a escolha da empresa foi realizada sem a realização de uma licitação.
Salvador se despediu ontem (segunda-feira) da Fonte Nova. O estádio mais tradicional da Bahia foi ao chão. Uma nova arena começa a ser construída em novembro, de olho na copa de 2014.
Às 10h25 da manhã, a implosão. Os 700 quilos de explosivo transformaram a Fonte Nova em um monte de poeira e entulho. Foram apenas 17 segundos para implodir o estádio. Mas as lembranças do lugar vão ficar para sempre. Durante quase 60 anos, a Fonte Nova foi a casa de muita gente.
Sem recursos
A disputa por outra obra restante depende de uma decisão do governo do estado do Paraná, da Prefeitura de Curitiba e do Atlético Paranaense.
A Arena da Baixada, de propriedade do clube, está praticamente definida como o estádio que receberá os jogos da Copa. A escolha permanecia indefinida, até agora, porque o Atlético evitava se comprometer a bancar obras de ampliação que não coubessem em seu bolso.
Neste mês, porém, o governo estadual e a prefeitura deram sinais mais fortes de que desistiram de buscar outras alternativas. Para viabilizar as obras no estádio, a Prefeitura cederia à construtora interessada em bancar dois terços da reforma, orçada em R$ 138 milhões, o direito de construir outros empreendimentos na área da praça esportiva atleticana.
A escolha da construtora, porém, caberia ao clube. Segundo declarações dos representantes do poder público, haveria três ou quatro empresas interessadas. O valor restante caberia ao clube.
O projeto paranaense é um dos dois únicos custeados praticamente só pela iniciativa privada, pelo menos até agora. O outro é o do Rio Grande do Sul.
A sede gaúcha dos jogos da Copa será o Beira Rio, do Sport Clube Internacional, que deu início à reforma no final de julho, em cerimônia que contou com a participação do presidente Lula. Orçada em R$ 130 milhões, a obra ampliará a capacidade do estádio dos atuais 56 mil lugares para 62 mil.
Dubes Sônego e Fábio Suzuki/Brasil Econômico
Comentários
Que país foda onde uma implosão é atração!