Arquivo do mês: agosto 2010

Maria Paula e João Suplicy:”Continuamos amigos”

Maria Paula e João Suplicy confirmaram, por meio de um comunicado enviado pela assessoria de imprensa dela, que estão separados. ”Não estamos mais casados, mas continuamos amigos”, diz a nota oficial, que não divulga maiores detalhes sobre o rompimento.

A humorista do Casseta & Planeta e o músico se casaram em 2003 e tiveram dois filhos, Maria Luiza, de 6 anos, e Felipe, de 2.

Jornal do Brasil sai das bancas

Fundado em 9 de abril de 1891, o Jornal do Brasil tem hoje, 31 de agosto de 2010,  sua última edição em papel, afundado em dívidas e vendendo menos de 25 mil exemplares.

Com sede no Rio, o diário com data marcada para morrer como jornalismo impresso nasceu monarquista com Joaquim Nabuco e Rodolfo de Sousa Santas, teve Ruy Barbosa como diretor e chegou a ser o mais influente do país. Era a ambição dos jornalistas nas décadas de 1970 e 1980, por sua independência editorial e bons salários e ambiente de trabalho. A partir de 1º de setembro, como informou o colunista do iG Guilherme Barros, sobreviverá apenas a edição digital do Jornal do Brasil.

O JB vinha desde os anos 90 em crise financeira aguda, que levou à sua decadência. Ensaiou uma breve recuperação em 2001, com o arrendamento do jornal pelo empresário baiano Nelson Tanure, que agora anuncia o fim de sua edição em papel. Desde então, o diário vive agonia que mistura perda de credibilidade, dívidas, forte queda em vendas e demissões em massa de jornalistas – hoje são 60, do total de 180 funcionários.

O Jornal do Brasil perdeu a influência política e o prestígio de outras épocas e, junto com isso, anunciantes e dinheiro. Vende atualmente cerca de 17 mil exemplares durante a semana e 22 mil aos domingos, de acordo com o mercado. Foi descredenciado em 2008 do Instituto Verificador de Circulação (IVC), que audita o número de exemplares vendidos das publicações brasileiras, o que desgastou ainda mais a imagem do órgão com os anunciantes.

Apesar da queda de vendas, o JB, tradicionalmente voltado para as classes média e alta da zona sul do Rio, ainda mantém fiéis leitores assinantes antigos e tradicionais.

O auge do Jornal do Brasil foi dos anos 50 a 80. Ricardo Kotscho – repórter e ex-secretário de imprensa do presidente Lula – em sua coluna no iG diz que “o JB deste tempo ainda reunia a seleção brasileira da imprensa”. “Não havia limite de despesas para se fazer uma boa reportagem. O grande sonho de todo jornalista era trabalhar lá um dia. Tinha vários craques em cada editoria. Ouso afirmar que nunca mais se montou uma redação daquela qualidade em jornal algum”, escreveu Kotscho.

A chegada de Tanure chegou a ser vista com esperança, diante da promessa de investir R$ 100 milhões no periódico. A redação ganhou nomes de peso e jornalistas foram contratados com altos salários em um projeto editorial que privilegiava reportagens especiais e analíticas, com uma primeira página ousada. Durou menos de um ano, e rapidamente a equipe se desfez.

Esta década viu o ocaso do diário, sob o comando de Tanure, entre sucessivas trocas de diretores de redação e demissões em massa de jornalistas. Como símbolo dessa decadência, em 2002, o jornal deixou a sede da Avenida Brasil – que ocupara entre 1973 e 2001 – para voltar ao endereço de sua origem, na Avenida Rio Branco. Desde 2005, instalou-se na Casa do Bispo, imóvel de estilo colonial no Rio Comprido. Já era uma fase de decadência.

Em abril de 2006, para reduzir custos do papel, o JB abandonou o formato standard tradicional pelo “europeu” ou “berlinense”, espécie de tablóide. No ano seguinte, inaugurou-se a TV JB, que durou por apenas seis meses. Ano passado, a Gazeta Mercantil, também controlada por Nelson Tanure, foi extinta após a cobrança de uma dívida de R$ 35 milhões.

Depois de 11 diretores em dez anos, Tanure tentou encontrar compradores para o Jornal do Brasil, sem sucesso. Entre os proponentes, esteve até a Igreja Universal do Reino de Deus.

História

A história do Jornal do Brasil alternou momentos de prestígio, inovação jornalística e outros menos brilhantes, em seus 119 anos de vida.

Nos anos 30, transformou-se em um “boletim de anúncios”, perdendo sua importância como órgão noticioso e se voltando para os anúncios classificados. As primeiras páginas eram inteiramente ocupadas por anúncios, e o jornal recebeu o apelido pejorativo de “jornal das cozinheiras”.

Durante a ditadura do Estado Novo, o Jornal do Brasil manteve relações cordiais com o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) e demonstrou simpatia com a legislação trabalhista de Vargas. Na década de 50, o JB passou por uma reforma gráfica que revolucionou a imprensa nacional e incluiu fotos na primeira página e eliminação de fios que separavam colunas de textos. Associadas à entrada de Alberto Dines, as mudanças elevaram o jornal a uma nova estatura na opinião política do país e estimulando a reestruturação gráfica dos demais periódicos. Inovou ao criar cadernos e um suplemento cultural. A linha editorial do JB foi sempre a de um órgão católico, liberal-conservador, constitucional e defensor da iniciativa privada.

O JB apoiou em editorial o golpe militar de 1964, mas preservou espaço para críticas nas colunas de Carlos Castelo Branco e Alceu do Amoroso Lima, o Tristão de Ataíde. Em 1968, porém, ao registrar o Ato Institucional nº 5 – que suspendia direitos constitucionais –, o jornal teve um dos grandes momentos da imprensa nacional, ao usar a primeira página para críticas cifradas à medida do governo militar. A área destinada à previsão do tempo no alto da primeira página deu lugar dizia: “Tempo negro. Temperatura sufocante. O ar está irrespirável. O país está sendo varrido por fortes ventos.” A foto principal mostrava Costa e Silva caindo, sob o título “tradição que se renova”; no alto, uma nota afirmava: “Ontem foi o dia dos cegos”.

No governo Ernesto Geisel, o jornal passou a ter divergências, já sob um clima de maior abertura política, em especial porque a linha editorial do jornal se opunha à estatização e defendia o livre-mercado. Por conta da atuação, porém, o diário passou a sofrer boicote econômico e teve concessões de rádio e TV negadas.

“O JB conseguiu se equilibrar entre procurar explicar o governo e defender quem era contra o governo”, afirmou ao iG o jornalista Wilson Figueiredo, que foi vice-presidente do JB. Ele atuou no diário entre 1957 e 2002 e hoje escreve coluna política duas vezes por semana.

Em 1981, uma equipe de repórteres do JB denunciou a farsa da apuração do atentado terrorista do Riocentro, ação da linha-dura do regime militar para tentar interromper a abertura política, em show em comemoração ao Dia do Trabalho. Um militar morreu e outro ficou ferido com a explosão dentro de um Puma. A cobertura recebeu o Prêmio Esso de Jornalismo.

Nas eleições diretas para o governo do Rio, o jornal descobriu esquema fraudulento para beneficiar Wellington Moreira Franco, então no Partido Democrático Social (PDS), e evitar a vitória de Leonel Brizola (PDT).

Durante as Diretas Já, o diário teve postura moderada, mas apoiou o candidato Tancredo Neves como um consenso nacional.

Depois do passado monarquista, o JB defendeu o parlamentarismo durante a Assembléia Nacional Constituinte, em 1987, e foi contra os cinco anos de mandato do presidente Sarney, que depois teria feito pressão econômica e devassa fiscal contra o jornal, afetando suas finanças.

Na primeira eleição direta para presidente após a redemocratização, o Jornal do Brasil apoiou Fernando Collor de Mello – que curiosamente trabalhou lá como repórter –, visto como capaz de reformar e modernizar o Estado. O diário chegou a defender o polêmico Plano Collor e atacou a CPI de Paulo César Farias, mas terminou por publicar um editorial intitulado “Razões para o sim” ao impeachment.
Fernando Henrique Cardoso foi visto também com grande entusiasmo por suas qualidades políticas e intelectuais e a postura de estadista moderno, embora em seu governo tenha piorado a situação financeira do JB.

A decadência da primeira década do século 21 trouxe o confronto da tradição de um diário de peso histórico se rendendo à realidade de sua crise financeira e jornalística e à modernidade digital. O primeiro jornal brasileiro a entrar na internet é agora o primeiro a se transferir totalmente para a rede, abandonando o papel.

IG

Odebrecht terá mais obras para Copa 2014

Projeto do novo estádio do Beira Rio para Copa 2014

A Copa do Mundo 2014 será o torneio com o maior número de sedes na história. E com a definição do estádio de São Paulo para o Mundial, a construtora Odebrecht aparece como a maior beneficiária das obras.
Do total, a companhia está envolvida em quatro projetos: Maracanã (Rio de Janeiro), Arena Capibaribe (Recife), Fonte Nova (Salvador) e o chamado até o momento de “Fielzão” (São Paulo), que será apresentado oficialmente na noite de hoje pelo Corinthians. Juntas, as obras das arenas ultrapassam os R$ 2,1 bilhões.

Logo em seguida vem a Andrade Gutierrez, que participa diretamente da construção de três estádios: Maracanã (Rio de Janeiro), Estádio Nacional de Brasília (Brasília) e Vivaldão (Manaus), cujos valores somam R$ 1,9 bilhão.

As duas gigantes do segmento de construção pesada podem ainda ampliar suas participações nas obras envolvendo estádios para o Mundial, pois duas cidades sedes do torneio, Natal e Fortaleza, estão com suas licitações suspensas para a definição das construtoras responsáveis.

Em Fortaleza, o processo licitatório ainda não está definido, pois o Tribunal de Justiça do Ceará (TJ-CE) apura infrações cometidas durante o processo de escolha do consórcio Marquise/EIT/CVS, vencedor da concorrência para as reformas necessárias para o estádio do Castelão.

Já em Natal, um edital deve ser lançado nos próximos dias, após os contratos firmados com a empresa Stadia Projetos Consultoria – responsável pelo estudo realizado na área onde será construída a Arena das Dunas – serem cancelados. O motivo é que a escolha da empresa foi realizada sem a realização de uma licitação.

Salvador se despediu ontem (segunda-feira) da Fonte Nova. O estádio mais tradicional da Bahia foi ao chão. Uma nova arena começa a ser construída em novembro, de olho na copa de 2014.

Às 10h25 da manhã, a implosão. Os 700 quilos de explosivo transformaram a Fonte Nova em um monte de poeira e entulho. Foram apenas 17 segundos para implodir o estádio. Mas as lembranças do lugar vão ficar para sempre. Durante quase 60 anos, a Fonte Nova foi a casa de muita gente.

Sem recursos

A disputa por outra obra restante depende de uma decisão do governo do estado do Paraná, da Prefeitura de Curitiba e do Atlético Paranaense.

A Arena da Baixada, de propriedade do clube, está praticamente definida como o estádio que receberá os jogos da Copa. A escolha permanecia indefinida, até agora, porque o Atlético evitava se comprometer a bancar obras de ampliação que não coubessem em seu bolso.

Neste mês, porém, o governo estadual e a prefeitura deram sinais mais fortes de que desistiram de buscar outras alternativas. Para viabilizar as obras no estádio, a Prefeitura cederia à construtora interessada em bancar dois terços da reforma, orçada em R$ 138 milhões, o direito de construir outros empreendimentos na área da praça esportiva atleticana.

A escolha da construtora, porém, caberia ao clube. Segundo declarações dos representantes do poder público, haveria três ou quatro empresas interessadas. O valor restante caberia ao clube.

O projeto paranaense é um dos dois únicos custeados praticamente só pela iniciativa privada, pelo menos até agora. O outro é o do Rio Grande do Sul.

A sede gaúcha dos jogos da Copa será o Beira Rio, do Sport Clube Internacional, que deu início à reforma no final de julho, em cerimônia que contou com a participação do presidente Lula. Orçada em R$ 130 milhões, a obra ampliará a capacidade do estádio dos atuais 56 mil lugares para 62 mil.

Dubes Sônego e Fábio Suzuki/Brasil Econômico

SP: supermercados começam a cobrar pelo saco plástico

A partir de hoje, os supermercados de Jundiaí, no interior de São Paulo, começam a cobrar R$ 0,19 por sacolinha plástica.

O projeto, criado em conjunto pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), a prefeitura local e os supermercados, tem o objetivo de inibir o uso indiscriminado da sacolinha e evitar que 60 toneladas mensais de plástico (ou 20 milhões de sacolas) sejam jogadas no lixo da cidade. Diferentemente de outros programas, como o do Estado do Rio de Janeiro, não prevê multas aos comerciantes.

“Cerca de 70 empresas de supermercados da cidade, o que equivale a 95% do setor supermercadista local, aderiram espontaneamente ao programa”, diz João Galassi, novo presidente da Apas, que toma posse amanhã. Entre os adeptos, segundo ele, estão desde redes nacionais, como as do Grupo Pão de Açúcar, internacionais como o Carrefour, regionais como Russi e Boa, até supermercados de bairro.

Quem comprar em um desses mercados na cidade agora terá de levar sacolas de casa se não quiser pagar pelos saquinhos – que não terão mais o logotipo dos supermercados, e sim o da campanha. Outra opção é comprar a sacola reutilizável do projeto, feita de um tecido sintético (TNT), pelo preço fixo de R$ 1,50. Além dessa bolsa, cada supermercado venderá também sua sacola em tecido (esta sim com o logo da empresa) por preço definido pelo varejista. A associação quer estender o projeto por todo o Estado de São Paulo.

No Rio, a lei 5.502 prevê que 50 sacolas devolvidas aos supermercados devem ser trocadas por um quilo de alimento. Quem não usar sacola plástica terá desconto de R$ 0,03 a cada cinco itens comprados. A lei está em vigor para empresa grandes e médias desde julho. Em um ano, os pequenos comerciantes também serão incluídos. Há multa de até R$ 30 mil para quem descumprir a lei. A fiscalização fica a cargo do Estado.

Em Jundiaí, quem pagar pode usar as sacolinhas, mas só as do projeto. “Elas são “compostáveis”. Se dissolvem quando descartadas”, diz Edivaldo Bronzeri, vice-presidente de negócios da Apas. Feitas pela empresa Extrusa-Pack, são produzidas com plástico biodegradável feito pela alemã Basf a partir de amido de milho e de poliéster de petróleo. Segundo a empresa, mesmo com o elemento fóssil, durante a decomposição, a sacola se comporta como um composto orgânico, ou seja, não deixa resíduos nocivos no ambiente.

Lílian Cunha/Valor

MP defende suspender tratamentos desnecessários em pacientes terminais

Depois de conseguir suspender na Justiça a regulamentação da ortotanásia no Brasil, em 2007, o Ministério Público Federal revisou a ação, apontou equívocos e passou a defender a legalidade do procedimento. A mudança de postura abre caminho para que o processo aberto seja extinto e que os médicos fiquem definitivamente respaldados para realizá-la no País.

A ortotanásia é a suspensão de tratamentos invasivos que prolonguem a vida de pacientes em estado terminal, sem chances de cura, de acordo com a vontade dos doentes ou de seus familiares. O médico oferece cuidados paliativos, para aliviar a dor, por exemplo, e deixa que a morte do paciente ocorra naturalmente. Não há uma indução da morte, como ocorre na eutanásia.

São exemplos conhecidos de prática da ortotanásia o caso do papa João Paulo II, morto em 2005. Ele não teve sua vida prolongada de forma artificial por opção própria. No Brasil, em 2000, o ex-governador de São Paulo Mário Covas também optou por passar os últimos momentos recebendo apenas cuidados paliativos. A situação vivida por ele levou à aprovação de uma lei estadual que dá aos doentes o direito de não se submeter a tratamentos dolorosos e inúteis quando não há chance de cura.

A polêmica no Brasil começou 2006, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) aprovou uma resolução que regulamentava a prática, deixando claro que médicos podiam interromper tratamentos desnecessários quando não havia chance de cura. Isso inclui desligar o aparelho de um paciente na UTI e deixá-lo, caso seja sua vontade, passar seus últimos dias em casa, com a família. A prática já é comum em hospitais, mas não havia nada escrito sobre o tema.

O então procurador dos Direitos do Cidadão do Distrito Federal, Wellington Oliveira, entendeu, porém, que a ortotanásia não está prevista na legislação e que estimularia os médicos a praticar homicídio. Ingressou com ação civil pública e, no ano seguinte, obteve liminar na Justiça Federal em Brasília suspendendo a resolução.

Revisão. No entanto, a procuradora Luciana Loureiro Oliveira, que sucedeu Oliveira no processo, entendeu o tema de maneira diferente, respaldada pelo direito de ter a própria opinião. Apontou ainda que a ação proposta confundiu ortotanásia com eutanásia, que é o agir para dar fim ao sofrimento de um doente sem cura, por piedade, mesmo que não esteja na fase terminal.

Segundo a procuradora, nas suas alegações, “não se trata de conferir ao médico uma decisão sobre vida ou morte. (…) Trata-se pois de uma avaliação científica, balizada por critérios técnicos amplamente aceitos, sendo completo despautério imaginar-se que daí venha a decorrer um verdadeiro tribunal de vida ou morte, como parece pretender a (ação) inicial”.

Ainda segundo a procuradora, o CFM tem competência para fazer a resolução e sua redação não mudou o cotidiano dos médicos ou trouxe danos. A procuradora solicitou à Justiça que julgue improcedente ação do próprio MPF, apontando equívoco do colega que a antecedeu.

Luciana destacou estar respaldada pelo princípio constitucional da autonomia funcional – ou seja, cada procurador pode pensar de uma maneira. O processo aguarda decisão do juiz Roberto Luís Luchi, da 14º Vara Federal no Distrito Federal, desde abril deste ano. Para especialistas, são fortes as chances de o magistrado extinguir a ação, em razão do novo entendimento da própria procuradoria.

“Não compete ao sistema de Justiça (…) limitar a atividade médica ou interferir na relação de confiança entre médico e paciente”, disse a procuradora na ação. Ela não foi encontrada para falar sobre o tema.

“O Ministério Público adotou uma compreensão mais elaborada e pode haver desistência da ação”, afirmou o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital. Ele disse considerar o parecer da procuradora uma notícia “alvissareira”.

“Na hora em que o MPF reconhece equívoco e pede a improcedência, equivale a desistência”, avalia o promotor Diaulas Ribeiro, especialista em Direito Penal e Biodireito. “E a revogação da ação traz um novo cenário, reconhece que o Conselho de Medicina não invadiu a área do direito penal. A ortotanásia apenas impede que o médico avance sobre o espaço já delimitado pela morte”.

ENTENDA

Eutanásia
É a prática de abreviar a vida de um doente incurável (terminal ou não), a seu pedido, de maneira controlada, por exemplo utilizando uma medicação. O procedimento é permitido em alguns países, mas proibido no Brasil.

Ortotanásia
É a suspensão de tratamentos desnecessários em pacientes sem chances de cura. Pode ocorrer desligamento de aparelhos que mantêm artificialmente a vida. Por exemplo, desligar uma máquina que substitui os pulmões e deixar a morte acontecer naturalmente.

Código de ética médica
Nada diz sobre a ortotanásia, mas destaca o dever do médico de não adotar terapias inúteis.

Fabiane Leite – O Estado de S.Paulo

CBF multada em 3 milhões por sonegar impostos

A CBF foi autuada pela Receita Federal e pagou R$ 3 milhões ao fisco (incluindo multa, juros e impostos devidos) por sonegação de Imposto de Renda.

A entidade foi acusada de usar verbas para bancar jornalistas, juízes e advogados e abater essas despesas no pagamento do imposto. A dívida se arrastou de 2002 a 2009, quando a CBF pagou a multa para não ser inscrita na Dívida Ativa da União e levar o caso a público.

O processo foi mantido em segredo uma vez que, na esfera administrativa, qualquer autuação da Receita Federal é sigilosa. Foram ao menos duas derrotas no Ministério da Fazenda antes de a dívida ser paga.

Na prática, a entidade declarou que essas despesas eram “essenciais” e “incorridos no intuito de realizar seu objeto social”. Por isso, a entidade usou os valores para deduzir do Imposto de Renda. “A exposição pública e divulgação geram patrocínios e nada mais natural do que proporcionar passagens e hospedagem a pessoas relacionadas com esses contratos”, justificou a CBF no processo da Receita Federal.

O expediente não só foi recusado pelo fisco como também resultou em multa de 75% do valor do imposto devido. No total, a dívida foi calculada em R$ 1,19 milhão, ou R$ 3 milhões em valores de 2009, quando foi paga.

E o débito da CBF com a Receita pode ser ainda maior. Levantamento feito pela Folha mostra que a confederação aparece como parte em 103 processos abertos no Ministério da Fazenda desde 2003. Só neste ano a confederação vai faturar mais de R$ 200 milhões com seus patrocinadores.

A acusação contra a CBF surgiu em 2002, quando a entidade foi alvo de investigação da Receita. Segundo o auto de infração, a CBF bancou viagens, com direito a hotel, para “jornalistas, membros do Judiciário, familiares de dirigentes e outros não envolvidos nas atividades da CBF”.

FSP

Moda: morre a fotógrafa que descobriu Kate Moos

Capa da The Face Julho de 1990

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A fotógrafa britânica, Corinne Day, morreu neste sábado (28 de agosto), vítima de um câncer cerebral. Corinne tinha como traços marcantes de seu trabalho, o naturalismo jovem e o “heroin chic” – estilo de foto no qual as modelos pareciam “acabadas”, extremamente magras, com aparência de drogadas -, que marcou a estética das fotos de moda nos anos 90.

A fotógrafa foi também a responsável por revelar a modelo Kate Moss ( hoje com 36 anos) – com 15 anos na época – ao mundo fashion com o ensaio The 3rd Summer of Love que foi capa da revista The Face, em julho de 1990.

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Kate em 1997 clicada por Corinne Day

José Dirceu e Palocci já disputam cargos

A 35 dias da eleição, os ex-ministros José Dirceu e Antonio Palocci disputam os rumos de eventual novo governo comandado pelo partido, de acordo com reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

Depois de emitir sinais contrários à possível indicação de Palocci para a Casa Civil, Dirceu luta agora para impedir que ele volte a ditar os caminhos da economia, a partir de 2011.

Os dois “generais” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva reeditam a queda de braço que travaram no primeiro mandato do PT para definir a fisionomia do governo. Abatido pelo escândalo do mensalão, no ano de 2005, e cassado pela Câmara, Dirceu vislumbra perda de influência se Palocci – ex-ministro da Fazenda – assumir a Casa Civil sob Dilma.

A preocupação não é à toa: cabe ao ministro da Casa Civil coordenar a equipe, o que lhe dá muito poder e pode torná-lo candidato natural ao Planalto. Foi o que ocorreu com a própria Dilma, puxada para o cargo após a queda de Dirceu. Nove meses depois, em março de 2006, Palocci também caiu, no rastro da quebra de sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa.

Embora se movimente nos bastidores para evitar que o antigo colega vire uma espécie de “primeiro-ministro” de Dilma, Dirceu sabe que pode perder a aposta. Motivo: Palocci é um dos principais coordenadores da campanha e, além de tudo, tem Lula como padrinho. O plano do presidente é reabilitar o ex-titular da Fazenda na cena política.

Se Palocci for para a Casa Civil, o grupo de Dirceu – que quer empurrar o deputado para o Ministério da Saúde – espera uma “compensação”. Sob o argumento de que “o governo Dilma não pode ter a cara do ajuste fiscal de Palocci”, aliados do ex-chefe da Casa Civil defendem, agora, a permanência de Guido Mantega (PT) na Fazenda em dobradinha com “alguém de esquerda” no Planejamento.

Fonte: Agência Estado

Jimmy Page lança autobiografia fotográfica

Dia 27 de setembro, o ex-guitarrista da banda britânica Led Zeppelin, Jimmy Page vai lançar uma autobiografia fotográfica luxuosa com 500 páginas e com mais de 650 fotos. O site da editora Genesis, revela que a tiragem da publicação será limitada a apenas 2.500 cópias. Cada fotobiografia deve custar cerca de US$ 700.

“Estou ansioso por tocar algumas músicas e surpreender o pessoal”, disse o ex-guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page em entrevista à BBC. “Não será apenas se juntar com um monte de gente que são grandes nomes. Eu tive uma ideia de algo a que eu tinha vontade por um longo tempo e agora é hora disso”, completou Page que não revelou outros detalhes do disco.

Essa não é a primeira vez que Jimmy Page revela vontade de gravar novo trabalho e voltar aos palcos. No fim do ano passado, o guitarrista havia revelado shows com participações especiais. “Já faz dois anos desde o show na 02 Arena (última reunião do Led Zeppelin, em Londres), é hora de fazer isso”, disse o guitarrista durante entrevista para o canal de TV Sky News.

Na época, era incerto o que o guitarrista faria de shows. De acordo com a Rolling Stone norte-americana, ele poderá entrar em turnê com Eric Clapton e Jeff Beck, seus ex-companheiros na banda The Yardbirds, criada antes do Led Zeppelin.

Ok Go: a criatividade em Porto Alegre

O Beco confirmou o show da banda OK Go em Porto Alegre no dia 18 de setembro na Sociedade Hebraica. Além de POA, a banda passará pelo VMB da MTV no dia 16 e pelo Estúdio Emme, em São Paulo, no dia 17.

OK Go é uma banda norte-americana de rock alternativo que teve sua fama maior devido aos vídeos musicais de suas canções, principalmente o de “Here It Goes Again“, que mostra os membros da banda cantando enquanto dançam sobre esteiras elétricas; o videoclipe foi muito difundido em meados de 2006 pelaa Internet que trouxe fama internacional a banda, tendo no Brasil inclusive sido mostrado noFantástico.

Vejam no clip abaixo a criatividade deles:

Também é muito conhecida pelos singles “Get Over It” e “A Million Ways”. Ira Glass, o apresentador do programa de rádio This American Life, no qual o OK Go apresentou-se nas comemorações de quinze anos do programa, chamou o som de uma mistura de “parte indie rock, parte stadium rock-pop e ocasionalmente parecido com Weezer, The cars ou Elliot Smith.”

A música “Shooting the Moon” foi escolhida em 2009 para fazer parte da trilha sonora do filme Lua Nova, da Saga Crepúsculo.

Quem são mesmo?

O quarteto é de Chicago tem 12 anos de carreira e três discos lançados. É a primeira vez que o grupo – que já levou um Grammy por conta da criatividade de seus clipes e inclusive foi parodiado no seriado Os Simpsons – vem ao Brasil
SHOW EM PORTO ALEGRE:

Sociedade Hebraica (promovido pelo Beco203 Produções)
Ingressos: (A venda nas lojas Chilli Beans).
1º Lote: R$ 40,-
2º Lote: R$ 50,-
3º Lote: R$ 60,-
(Com Cartão do Beco 20% de desconto)
Os ingressos começam a ser vendidos no sábado (28/08)!
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