Arquivo do dia: julho 7, 2010

Ezequiel Neves morre no mesmo dia de Cazuza

Ezequiel Neves, jornalista e produtor musical que ajudou a revelar Cazuza, morreu nesta quarta-feira aos 74 anos. Ezequiel estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, desde janeiro.

Zeca, como era chamado pelos mais próximos, conviveu com um tumor benigno no cérebro, enfisema e cirrose nos últimos cinco anos. Ezequiel Neves faleceu exatamente na data de aniversário de morte de 20 anos de Cazuza, dia 7 de julho.

Ezequiel estava doente há cinco anos e nos últimos meses, estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio de Janeiro. Conhecido pelos amigos como Zeca Jagger (apelido por conta de sua devoção ao rock clássico e aos Rolling Stones) escreveu músicas em parceria com Cazuza. Entre elas: “Exagerado” e “Codinome beija-flor”.

Neves também é intitulado como uma espécie de “mentor” do Barão Vermelho. Além de ser responsável pela biografia da banda em parceria com o jornalista Rodrigo Pinto e Guto Goffi (baterista do Barão), produziu trabalhos e foi coautor de vários hits do Barão. “Por que a Gente É Assim” é um deles.

No Twitter, a perda já está sendo comentada. “Foi importante na música brasileira e na vida de Cazuza, que está sendo lembrado hoje”, escreveu Serginho Groisman no microblog. “Ezequiel Neves vai-se embora no mesmo dia de Cazuza”, observa o músico Lobão.

Sorocaba: escândalo sexual por pouca coisa

Um escândalo sexual ricamente documentado é o assunto da semana na pacata cidade de Sorocaba (SP).

É o caso de uma esposa que filmou uma conversa com a amante de seu marido após ter descoberto e documentado a traição.

O vídeo da confrontação, que expõe detalhes íntimos do relacionamento extra-conjugal, é um dos mais vistos da semana.

A surpresa é o pivô da disputa, o maridão-amante, que pela aparência é prova viva (por enquanto) de como tem gente que briga por pouca coisa. Hehehe

José Modesto e suas mulheres: “É tudo meu!”

Do Blog do Rômulo O. Costalarga

O que saiu na revista Época:

  • Sexo, mentiras e vídeo na internet

  • Um caso extraconjugal no interior de São Paulo cai na rede e vira um reality show visto por milhões. O que isso ensina sobre a privacidade na era digi

  • ÉPOCA

    Na noite de 27 de junho, a advogada Vivian Almeida de Oliveira, de 34 anos, colocou na internet, em sua página da rede de relacionamento Orkut, a prova de que seu marido, o comerciante Cícero Oliveira, de 54 anos, a traíra. As imagens escolhidas por Vivian não eram de um flagrante de adultério. Por dez minutos e 18 segundos, ela aparece num vídeo caseiro falando com sua melhor amiga, a comerciante Juliana Cordeiro, de 33 anos. A conversa se desenrola na casa de Vivian. O conteúdo é hipnótico.

    Vivian vai mostrando à amiga as peças de um dossiê montado por ela mesma ao longo de dois meses. São cópias de e-mails trocados entre Cícero e Juliana que confirmam que os dois mantinham um caso havia cinco anos. O vídeo mostra o momento em que a esposa traída confronta a amiga com as evidências de sua impostura – e exige explicações. São cenas difíceis de assistir e, ao mesmo tempo, é inevitável chegar ao fim uma vez que se tenha começado. O vídeo atinge um pedaço escuro da alma humana em que se misturam curiosidade, indignação, violência e prazer.

    Vivian disse a ÉPOCA que, ao fazer a gravação e colocá-la na internet, só queria mostrar à sociedade de Sorocaba, cidade do interior paulista onde vive, o verdadeiro caráter da ex-amiga, que é casada com o empresário Fábio Cordeiro, de 39 anos. Mas a conversa da mulher traída com a amante do marido termina mal. Aos poucos, Vivian vai perdendo o controle, até que passa a estapear, empurrar e, finalmente, chutar Juliana caída, enquanto a cobre de insultos. Tudo isso diante da câmera ligada. E oculta.

    Uma semana depois do encontro, na noite da quinta-feira 8, as imagens constrangedoras já haviam sido vistas por pelo menos 1 milhão de pessoas na internet – e o drama privado de Vivian se tornara uma novela de domínio público. Cópias e paródias do vídeo ocuparam 16 das 20 posições de peças mais vistas no YouTube brasileiro. Dali, o caso transbordou para os jornais e para a televisão. No final da semana passada, caminhava rapidamente para tornar-se um dos episódios mais vistos e comentados da internet brasileira, ainda que não envolva pessoas famosas. A mistura de traição e agressão, apresentada em clima de reality show, fez do “barraco de Sorocaba”, como ficou conhecido na rede, um chamariz irresistível. E constitui um exemplo contundente de como a internet pode afetar a intimidade das pessoas de forma radical. No passado, já houve no Brasil situações assemelhadas (leia o quadro na página 56). Mas a audiência da internet não era tão grande, nem a capacidade de ver e distribuir vídeos pela rede estava tão disseminada. Tampouco eram fortes as redes sociais, que funcionaram neste caso como multiplicadoras do vídeo. A consequência é que os quatro envolvidos, até então anônimos, passaram por um julgamento público, distribuído em comentários pelo Twitter e outros fóruns virtuais.

    A audiência popular condenou Juliana, que enganara tanto o marido quanto a amiga. Condenou Cícero, que enganara a mulher mantendo um caso com a melhor amiga dela. Condenou também Fábio, por ter sido passado para trás pela mulher e pelo amigo. O rapaz chegou a ter sua masculinidade questionada. Fotos de todos os protagonistas desse drama interiorano circularam pela internet junto com o vídeo e acompanhadas de comentários cada vez mais mordazes. Vivian, a protagonista, dividiu opiniões: há quem a considere maluca, pela agressão e por ter exposto na internet uma situação que deveria ser resolvida na intimidade. E há quem tenha visto nela uma heroína, capaz de confrontar a amante do marido. “Quis mostrar minha resposta à humilhação. Para verem que eu não sou uma coitada. Eu agi”, disse na quinta-feira, em seu escritório no centro de Sorocaba. Seu gesto pode vir a ter consequências.

    O vídeo ganhou mais de 60 réplicas na internet. As pessoas que replicaram podem ser processadas
    Vivian está sendo processada por Juliana, que registrou contra a ex-amiga uma queixa por lesão corporal. A vítima da traição conjugal poderá ser obrigada a indenizar a amiga que a enganou. “Fui traída dentro de minha própria casa por duas pessoas em quem confiava”, afirma. Os dois casais eram íntimos. “Fomos padrinhos de casamento deles, e Juliana é madrinha de um dos meus filhos.” Eram sempre vistos juntos em festas, bares e restaurantes de Sorocaba. Faziam viagens. Nem na lua de mel de Fábio e Juliana eles se separaram. “Passamos quase uma semana juntos no Recife. Depois, eles foram para Fernando de Noronha e nós (Vivian e Cícero) para Fortaleza”, diz Vivian. Os dois casais tinham apartamento no mesmo prédio no Guarujá e, há um ano, moram no mesmo condomínio.

    “Se eu apenas contasse o que sabia, ninguém iria acreditar”, diz Vivian. Para ela, as pessoas não conseguiriam imaginar que Juliana, casada com um jovem rico, bonito e com boas relações na cidade, iria se envolver com Cícero, um homem de pouca estatura, enrugado, que pinta os cabelos de acaju e tenta esconder a calvície. “Meu marido não é nenhum modelo de beleza”, afirma Vivian. Por isso, ela precisaria da confissão gravada em vídeo para se vingar. A gravação original tem pouco mais de uma hora de duração. O que se tornou de conhecimento público foi uma versão editada de dez minutos, que termina com a agressão de Vivian contra Juliana. A parte que não foi ao ar na internet contém 50 minutos de discussão posterior à conversa e à agressão e envolve os dois maridos, que chegaram à casa depois. Vivian diz que se arrepende das agressões. E também de divulgar o vídeo. “Não deveria ter feito. Mas, na hora, a emoção falou mais forte. Divulguei o vídeo para o meu círculo de amigos”, diz. Poucas horas depois de colocar o vídeo na rede, Vivian foi convencida pela filha a removê-lo. Mas já era tarde. Ela admite ter sido ingênua quanto à repercussão que as imagens poderiam ganhar. “Não achei que tantas pessoas fossem se interessar.” Diz que usa a internet apenas para conversar com amigos que vivem em outras cidades e para auxiliar seu trabalho.

    As suspeitas de que Cícero tinha um caso com Juliana surgiram no começo de maio, quando Vivian descobriu que os dois trocavam mensagens pelo MSN, o serviço de mensagens instantâneas da Microsoft. Ela e o marido discutiram por causa disso, e Vivian diz que se sentiu insultada. Pediu a Cícero que ele saísse de casa. E passou a segui-lo com uma câmera. Assim, teria flagrado vários momentos íntimos entre ele e Juliana. “Fiz papel de detetive”, afirma ela. No dia 10 de junho, aniversário de Cícero, ele a convidou para jantar e pediu para fazerem as pazes. “Ele chorou e se desculpou”, diz Vivian. Ela acreditava que a traição era algo recente. Sem querer o divórcio, e por pressão dos filhos, aceitou o marido de volta. Mas o trabalho de espionagem não parou. Vivian descobriu 985 e-mails de Juliana para Cícero e mais de 870 dele para a amante. Passou uma noite em claro lendo a correspondência. “Vi um e-mail em que ele dava os parabéns pelos cinco anos de namoro e chamando ela de ‘amor verdadeiro’.” As provas escritas e gravadas, porém, não lhe pareciam suficientes para o divórcio. Ela acreditava que os dois poderiam alegar que os e-mails não eram deles e as gravações poderiam não servir como prova porque foram feitas sem o conhecimento dos dois. “As provas eram contestáveis”, diz a advogada. Daí a ideia de gravar clandestinamente a confissão de Juliana. “Eu liguei para ela e disse: ‘Aí, Ju, tô em casa sozinha, tô mal. Você não pode vir aqui conversar?’ Ela disse: ‘Claro, tô subindo’.” O resto já se sabe.

Caso Bruno:buscas de corpo em casa do ex-policial russo

NOTA ATUALIZADA EM 08/07/2010
Bruno estava junto na casa tomando cerveja na hora do assassinato!

As policias civis do Rio e de Belo Horizonte acabam de encontrar a casa onde estariam restos mortais de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, do Flamengo, desaparecida há cerca de um mês.

A casa em construção, no município de Vespasiano, a 27 quilômetros de Belo Horizonte, seria de um policial, de nome Marcos ( O Russo) . Os agentes chegaram até o lugar depois de oito horas e meia de buscas, orientados pelo adolescente de 17 anos apreendido ontem na casa de Bruno, no Recreio, e que confessou participação no sequestro da jovem. Bastante cansados, os policiais comemoraram. A rua está interditada.

A nota do site do Ministério Público do Rio de Janeiro que fala da decretação da prisão temporária do goleiro Bruno, do Flamengo, e de Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão, diz que o menor detido nesta terça contou à polícia que Eliza Samudio foi morta por estrangulamento. O adolescente foi apreendido na casa de Bruno, no Recreio dos Bandeirantes, e vai ajudar nos trabalhos de localização do corpo da vítima.

Bruno e Macarrão tiveram a prisão decretada pelo crime de sequestro de Eliza Samudio, ex-amante do jogador. O pedido de prisão por cinco dias foi feito pelo coordenador da 1ª Central de Inquéritos do MPRJ, Homero das Neves Freitas Filho, no fim da noite desta terça ao Plantão Judiciário. O advogado Ércio Quaresma Firpe, que defende Macarrão, afirmou, em entrevista à Globo News TV, em Minas Gerais, que tem “medo de tantas atitudes medonhas” que a polícia e do Ministério Público do Rio de Janeiro estão tomando no caso Bruno

A mulher do goleiro, Dayanne, já foi presa em Belo Horizonte, na manhã desta quarta-feira, por subtração de incapaz (ela foi encontrada com o filho de Eliza, após o desaparecimento da moça). A Justiça expediu, no total, oito mandados de prisão contra envolvidos no desaparecimento de Eliza. .

As medidas foram tomadas após depoimento do menor, que é primo de Bruno, na Divisão de Homicídios do Rio, na terça-feira. Ele confessou ter participado do sequestro de Eliza na noite de 4 de junho na saída de um hotel na Barra da Tijuca.

A movimentação é intensa na entrada da Delegacia de Homicídios da Barra da Tijuca, no início da tarde desta quarta-feira, onde curiosos e jornalistas aguardam a prisão do goleiro Bruno, decretada pela Justiça esta manhã. O caso atraiu não só os jornais do Rio, mas também de outros estados e até mesmo a imprensa estrangeira. No momento, 15 equipes da polícia estão à procura do goleiro.

G1/Globo

Playboy portuguesa é fechada por polêmica à Saramago

A Playboy Entertainment anunciou, nesta quinta-feira, que vai rescindir o contrato com a versão de Portugal por causa da edição que homenageia o livro “Evangelho segundo Jesus Cristo”, de José Saramago.

“Não vimos nem aprovamos a capa e as fotografias do número de Julho da ‘Playboy’ Portugal. Trata-se de uma violação chocante das nossas normas e não teria sido permitida a publicação, se tivéssemos conhecimento antecipado”, declarou Theresa Hennessy, vice-presidente da Playboy, ao site Gawker.

A duração da versão portuguesa da revista foi curta. O primeiro número saiu em março de 2009, com a cantora Mônica Sofia na capa. A capa da edição de julho da revista Playboy de Portugal causou polêmica no país ao estampar uma foto de um homem, vestido como Jesus Cristo, segurando uma modelo semi nua. Os dois personagens estavam em uma cama, onde se lia o título de uma obra de José Saramago, “O Evangelho Segundo Jesus Cristo”, inscrita na cabeceira.

De acordo com o portal O Repórter, a foto recebeu críticas de religiosos. A revista, ao fazer uma homenagem ao escritor português, representou passagens do livro de Saramago não só na capa, mas também nas páginas centrais.

O escritor português, morto em junho deste ano, não tinha uma boa relação com a Igreja Católica. “O Evangelho”, publicado em 1991, mostrava Cristo e Maria Madalena como amantes, marcando definitivamente o distanciamento do autor com a ordem religiosa.

Saramago morreu aos 87 anos, em sua casa nas Ilhas Canárias, e foi considerado um dos grandes nomes da literatura contemporânea mundial. Seu livro “Ensaio sobre a cegueira” lhe rendeu o Nobel de Literatura.

Fonte: Portal Imprensa

Maradona desnudo na web

Muito boa esta animação postada na WEB  mostra Diego Maradona cumprindo a promessa excêntrica de ficar pelado. Na paródia, montada pelos estudantes de design Kléber Tanide, 21, e Matheus Botuem, 19, ambos de Taubaté (SP), o técnico e ex-craque argentino dança nu ao som da música “Don’t Cry For Me Argentina”.

Parabéns!

Cazuza: 20 anos passaram e sua obra é referência

Foto: Andre Camara | CPDoc JBRoqueiro… Foto: Andre Camara | CPDoc JB

Deu no JB:

Exatamente duas décadas depois de sua morte (por complicações causadas pela Aids, no dia 8 de julho de 1990), Cazuza entra no time de figuras cultuadas pelas novas gerações de artistas brasileiros. Mas, pela habilidade com as palavras e a atitude rebelde e transgressora, o cantor e compositor compositor carioca transcendeu definitivamente as esferas musicais, tornando-se uma influência decisiva também entre escritores. Assim como já acontecera com Jim Morrison, suas letras são elevadas ao status de poesia.

– Eu escuto Cazuza com o mesmo respeito com que leio Carlos Drummond de Andrade – explica o poeta Ramon Mello. – Acho que suas letras sobrevivem fora da música. Ouço suas canções como se fossem poesia.

Em seu último livro, Vinis mofados (2009), Mello dialoga abertamente com a música popular brasileira, compondo uma coletânea assombrada pelo universo pop. A presença de Cazuza aparece de forma direta em pelo menos dois poemas, Conjugado e Overdose blues. Para o poeta, a influência se exerce em sua geração tanto pela questão literária/musical quanto pela comportamental.

– Ele era um transgressor – argumenta. – E a sua atitude em relação à vida acaba inevitavelmente aparecendo no que ele escrevia e cantava.

Questão de atitude

A postura rebelde de Cazuza sensibiliza autores dessa geração, mesmo que eles não sejam diretamente influenciados pela estrutura do texto. É o caso do escritor  e cantor Bernardo Botkay, mais conhecido como Botika. Vocalista da banda Os Outros, é constantemente comparado a Cazuza por sua postura no palco – e até pela semelhança física. Mas no que diz respeito ao trabalho literário, tudo muda. Seu romance Autobiografia de Lucas Frizzo talvez só beba no universo de Cazuza pelo lado escrachado e contundente.

– Não param de me comparar a Cazuza, acho que por falta de opção – brinca Botika. – Há tão poucas pessoas autorais no rock que, quando aparece alguém, já chamam de Cazuza. Acho lindo, mas somos diferentes. O que me influenciou na escrita foi a falta de vergonha, uma certa atitude de se expressar. É essa coisa de colocar o pau na mesa.

“Também sou Cazuza”, escreveu o curitibano Luiz Felipe Leprevost em seu poema Balbúcio blues. Assumidamente devedor da herança poética do cantor, o autor de Ode mundana é fascinado por sua figura desde moleque.

– Sempre me encantei pela sua postura transgressora, de bater de frente com a classe média, e sempre ouvi suas músicas como poesia – lembra Leprevost. – Ele foi o responsável por me fazer entender que letra de musica é, sim, poesia. Até porque era um dos poucos letristas brasileiros que faziam primeiro a letra para depois colocar a música. Se você escutar a letra de Todas as mães são felizes, vai ver que é puro Rimbaud.

O crítico, professor e poeta Ítalo Moriconi vê a presença de Cazuza hoje como um referencial em um caldeirão que junta indistintamente autores mais literatos e outros mais pops. O que já acontecia com as gerações anteriores, também influenciada por compositores populares. Na introdução de Caio Fernando Abreu: cartas, que organizou, o pesquisador afirma que Cazuza e Renato Russo seriam “almas irmãs de Caio em matéria de destino e expressão artística”.

– É tudo poesia, palavra cantada, falada e escrita – argumenta Moriconi. – Mas cada uma tem sua especifidade. Sempre que atravessam as fronteiras, há perdas e ganhos. Aqui no Brasil, contudo, desde a escola primária se tem a ideia de que as três configuram uma cultura poética de igual para igual.

Bolívar Torres, Jornal do Brasil

Idoso de 60 anos poderá ter passe livre em metrô e trem metropolitano

Uma PEC (proposta de emenda constitucional) em discussão na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo quer que a gratuidade no Metrô, em barcos, em ônibus e trens metropolitanos beneficie quem tem a partir de 60 anos de idade.

Hoje, segundo o Estatuto do Idoso, são isentos de pagar pelo transporte coletivo urbano quem tem mais de 65 anos. Porém, de acordo com a deputada Maria Lúcia Prandi (PT), autora da PEC, essa determinação se deve à pressão das empresas. “O Estatuto do Idoso esclarece que tem o objetivo de regular os direitos de quem tem 60 anos ou mais logo no primeiro artigo”, diz.

A proposta garante aos idosos que tenham a partir de 60 anos a gratuidade em todo o sistema de transporte coletivo sob administração direta ou indireta do Estado. Ela tem o apoio de deputados do PSDB e do DEM, que assinaram a PEC.

Débora Melo/Agora

Aprovada flexibilização para ‘Voz do Brasil’

A Comissão de Ciência e Tecnologia (CCT) do Senado aprovou nesta quarta-feira (7) um projeto que flexibiliza o horário de transmissão do programa “Voz do Brasil” pelas emissoras de rádio. A proposta terá de passar ainda por outra comissão da Casa antes de ir para a Câmara dos Deputados.

O texto aprovado pela CCT é um substitutivo de ACM Júnior (DEM-BA). Por acordo construído na comissão, o texto diz que as emissoras privadas de rádio poderão transmitir o programa em horário alternativo desde que o início seja até as 23 horas. Atualmente todas as emissoras de rádio são obrigadas a veicular o programa às 19 horas.

No caso das emissoras públicas, mantém-se a obrigatoriedade de início às 19 horas. Foi aberta uma exceção, no entanto, para quando estiver acontecendo sessão deliberativa no Legislativo neste horário. Neste caso será permitido transmitir o programa com a mesma flexibilidade que as emissoras privadas.

O programa “Voz do Brasil” está no ar há mais de 70 anos e reúne informações do Executivo, do Legislativo e do Judiciário federal. O programa tem duração de uma hora e é transmitido de segunda a sexta-feira.

USP: concurso nacional vai escolher logotipo do CEDIR

Estudantes de graduação de todo o Brasil têm até o próximo dia 10 de julho para se inscrever no concurso que vai escolher o logotipo do Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática (CEDIR) da USP. A proposta central é: Você cria o nosso logotipo; nós, um futuro mais sustentável!.

O Centro foi inaugurado no final de 2009 e tem o objetivo de receber computadores e outros materiais eletrônicos descartados pela USP e pela sociedade, avaliá-los e, encaminhá-los para entidades sociais. Caso não possam ser reaproveitados, são desmontados e cada tipo de material diferente é direcionado para a indústria de reciclagem especializada. Assim, por exemplo, o plástico devidamente classificado (um microcomputador pode ter até 5 tipos de plásticos diferentes) é encaminhado para a indústria de reciclagem de plástico.

De acordo com a professora Tereza Cristina Carvalho, Assessora de Projetos Especiais da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) da USP, o tratamento e o descarte correto de lixo eletrônico depende da conscientização das pessoas e a criação do concurso é uma maneira de chamar a atenção da sociedade para esta questão. “Infelizmente, ainda não temos uma legislação adequada que dê respaldo para a questão de lixo eletrônico”, aponta.

Os trabalhos inscritos devem ser inéditos. Os três primeiros colocados serão premiados com computadores da Positivo, sendo o primeiro lugar um notebook e o segundo e terceiro lugares um netbook. A comissão julgadora será composta por professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) e Escola de Comunicações e Artes (ECA), ambos da USP e outros membros externos.

Evolução da Demanda
Atualmente, o projeto recebe cerca de 40 chamadas ao dia para entrega avulsa de aparelhos como microcomputadores, impressoras, monitores e celulares. “Em janeiro e fevereiro, recebemos 44 computadores. Em março, 165; em abril, 294; e em maio, 515 máquinas. Em relação a monitores, foram 177 em março; 323 em abril e 528 em maio”, informa a coordenadora do CEDIR. “Interessante observar, que 27% desta demanda vem de Ribeirão Preto, onde a USP tem um campus mais voltado para a área de Saúde”, completa.

Em função deste crescimento de demanda, a professora Tereza Cristina está trabalhando junto a Escola Politécnica para criar um laboratório que possa desenvolver pesquisa e ensino na área de sustentabilidade. Uma das primeiras metas deste laboratório é ministrar cursos para jovens carentes na área de manutenção de computadores e impressoras e de reciclagem de materiais. “Queremos dar oportunidade para as pessoas de comunidades carentes aprenderem um ofício ao mesmo tempo em que aumentamos a produtividade do CEDIR, destaca a professora. Para a concretização desta iniciativa, estamos buscando parcerias com empresas interessadas em financiar bolsas de estudo para esta população.”

A professora conta que a ideia inédita de criação do CEDIR tem incentivado outras semelhantes. “Estamos recebendo algumas visitas de representantes de empresas, prefeituras e de universidades de outros estados como Bahia, Minas Gerais e do sul do Brasil interessados em conhecer o projeto”, diz.

Os interessados em participar do concurso para escolha do logotipo do CEDIR devem ser maiores de 18 anos e estarem matriculados em cursos de graduação de universidades brasileiras. O regulamento completo e outras informações estão disponíveis na internet, no site do concurso (http://www.cedir.usp.br/concurso/).

Valéria Dias, da Agência USP de Notícias

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