Arquivo do dia: junho 27, 2010

Sonia Abraão faz roteiro para filme do ex Polegar

O músico Rafael Ilha, que ficou conhecido por integrar o grupo pop infantil Polegar, nos anos 80, e terminou envolvido com drogas pesadas, vai ter sua vida transformada em filme. E o roteiro é de ninguém menos que Sonia Abrão, apresentadora do programa “A Tarde É Sua”, da Rede TV!

“Conheço o Rafael desde que ele tinha 12 anos e fazia televisão e comerciais”, disse Sonia Abrão, apresentando o projeto. O irmão da apresentadora, Elias Abrão, era diretor de clipes do Polegar e irá assumir a direção da biografia no cinema. “O Elias dirigiu o primeiro videoclipe do Polegar, gravado no Caribe”, lembra Sonia.

A ideia surgiu a partir de uma conversa entre Sonia e Elias, quando foram visitar em dezembro o ex-Polegar numa clínica, para onde foi após uma crise. “Nós discutimos e eu pensei ‘a história desse menino é rica, dá pra fazer um filme’”, contou Sonia. “A ideia é intercalar interpretações com depoimentos”, ela explica.

Atualmente, Rafael Ilha trabalha no programa da apresentadora – começou como produtor e agora está investindo na reportagem. “São pelo menos 25 anos de relação. Além dela ser uma das minhas melhores amigas, admiro como pessoa, como profissional. Assim como acompanhou meu sucesso e decadência, eu acompanhei sua luta, desde que trabalhava na rádio. É uma mãezona pra mim. Confio plenamente no trabalho que ela vai fazer”, declarou o músico que virou radialista.

Intitulado “Um Anjo no Inferno”, o filme está em fase de pré-produção. Ao mesmo tempo, Sonia Abrão pretende lançar um livro, a partir dos depoimentos da mãe de Rafael, Silvia, sobre a luta do filho contra as drogas. A idéia é lançar filme e livro no primeiro semestre de 2011.

Jennifer Hudson será Winnie Mandela no cinema

A vida de Winnie Mandela, ex-mulher do primeiro presidente negro da África do Sul, será transformada em filme pelo diretor sul-africano Darrel Roodt (“Caçados”). Intitulado “Winnie”, a produção é baseada no livro “Winnie Mandela: A Life,” de Anne Marie du Preez Bezdrob.

A cantora e atriz Jennifer Hudson (vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante em 2006 pelo filme “Dreamgirls”) interpretará o papel principal. O elenco também traz Terrence Howard (“Homem de Ferro”) como Nelson Mandela e, segundo o Hollywood Reporter, Elias Koteas (“Zodíaco”) vai integrar o elenco como De Vries, um oficial da polícia em ascensão no regime do apartheid, que irá fazer de tudo para impedir Winnie e os ativistas negros de ganharem poder.

Lembram do menino cubano Elian?

Elian quando capturado dentro de um roupeiro

O cubano Elián González, que se tornou uma celebridade internacional ao sobreviver a um naufrágio no litoral da Flórida e ser levado para Miami, está estudando para se tornar um oficial militar, informou a mídia oficial de Cuba neste domingo, ao se completar uma década do retorno dele à ilha.

“Uma década depois de ter sido usado como um brinquedo pelos inimigos da revolução, nós o vemos vestindo um uniforme verde-oliva, como estudante da escola militar Camilo Cienfuegos, onde está se preparando para ser um oficial das Forças Armadas Revolucionárias”, informou o jornal da juventude comunista, Juventud Rebelde.

Os militares cubanos mantêm academias de nível colegial em todo o país.

“O menino de ontem (hoje, com 16 anos) é agora um cubano comum”, assinalou o artigo de uma página no jornal, o único a ser publicado aos domingos. O texto diz ainda que recentemente Elián participou do Congresso da União dos Jovens Comunistas.

O governo cubano tem protegido o garoto dos jornalistas estrangeiros e ele raramente aparece na imprensa estatal.

Elián era um menino de cinco anos quando foi encontrado flutuando em uma balsa perto da costa da Flórida, em novembro de 1999. Ele sobreviveu ao naufrágio que matou sua mãe e outros cubanos que haviam deixado a ilha com destino aos Estados Unidos.

O menino se tornou parte das disputas políticas entre Estados Unidos e Cuba quando parentes na Flórida se recusaram a devolvê-lo para o pai, que havia permanecido em Cuba.

O então presidente Fidel Castro lançou uma campanha internacional para levá-lo de volta a Cuba, dando início a passeatas e protestos em todo o país.

Os exilados cubanos acamparam por meses em frente à casa onde o menino estava na Flórida.

Eles perderam uma batalha legal para que Elián permanecesse nos Estados Unidos com os familiares, que se recusaram a entregá-lo.

Agentes da imigração armados finalmente retiraram Elián da casa e o devolveram ao pai, que o levou de volta a Cuba em 28 de junho de 2000.

O cotidiano

Elián estuda para ser oficial das forças armadas cubanas na Escola Camilo Sinfuegos. Participa de encontros da União de Jovens Comunistas (UJC), grupo no qual ingressou em 2008, com 180 companheiros. Veste uniforme verde-oliva com detalhes em vermelho.

Tornou-se, enfim, um jovem modelo do regime castrista. É estudioso e tem disciplina até na alimentação, baseada em frutas e verduras. Vive com o pai (que trabalha no restaurante de um hotel e é deputado na Assembleia Nacional cubana) e com o irmão mais novo, Yanny.

A figura da mãe, morta no naufrágio do qual Elián sobreviveu, é preservada pelo pai, que acata orientações de psicólogos.

O fato de ela ser dissidente do governo cubano é visto como resultado da pressão dos parentes que vivem em Miami – os tios que tentaram manter Elián nos EUA – e a ludibriaram. A vida normal do jovem de classe média é quebrada todos os dias 6 de dezembro, quando seu aniversário se torna um acontecimento público. No poder, o presidente Fidel Castro participava da festa.

Isolamento

Os críticos ao governo cubano consideram Elián González mais uma vítima do governo.

– Usam o menino como um trunfo. É um absurdo – diz Laura Pollán, presidente da organização Damas de Branco, principal grupo de oposição em Cuba.

– Ninguém consegue chegar perto dele. Por que manter a imprensa a distância? – questiona a blogueira Yoani Sánchez.

A segurança

São três seguranças que cercam a casa de Elián e levam o menino a seus compromissos.

Quem observou o garoto nos últimos 10 anos, desde que ele retornou a Cuba, garante: seus olhos negros traíam certo deslumbramento e inocência. Isso até 2005, ano em que ele fez seu primeiro discurso público. Desde mais ou menos essa época, o olhar determinado se tornou uma marca do ex-balseiro.

Quando alguém se aproxima com uma máquina fotográfica, ela é confiscada. Ninguém, portanto, sequer tenta pressionar seu botão.

A casa

O menino, o pai e o irmão vivem em uma casa semelhante às outras do seu entorno, de um piso, simples, mas mais luxuosa do que a de antes do resgate. Fica no centro de Cárdenas, cidade da província de Matanzas (a 40 km de Varadero e 90 km de Havana). Na frente da casa, entre tantas ruas estreitas e construções padronizadas, um “monumento à bicicleta”. É o indicativo. Ali, está Elián.

Outra casa

A poucas quadras da casa onde Elián vive, um vistoso prédio amarelo, de três andares, está o Museu das Ideias, mais conhecido como o Museu de Elián. Há estátuas (uma delas, de três metros, mostra o menino carregado por braços e coberto pela bandeira cubana), fotos, e frases espalhadas pelas paredes.

Pensamentos

Em recente congresso da UJC, Elián pediu que se enfrente a “apatia” política e a “desobediência das leis” .

– Quero ser um oficial das forças armadas. Quero defender a revolução – disse o asceta.

As lendas

Muitos cubanos opositores ao regime dizem que Elián é a encarnação da Elegua, divindade afrocubana conhecida na santería (a umbanda local). Elegua é uma “criança diabólica”, que até no nome lembra Elián (Elián = Elegua). Teria vindo à terra para ser um novo Moisés, líder e libertador de um povo. Contam que Elián teria sobrevivido ao acidente na balsa com a ajuda de golfinhos orientados por anjos.

A história

Elizabeth Brotons deu à luz um menino em 6 de dezembro de 1993. O nome, Elián, de Elizabeth e Juan Miguel – o pai. Os dois se separaram em 1997. Em 22 de novembro de 1999, Elián e a mãe, sem o conhecimento do pai, tomaram uma embarcação de cinco metros com mais 12 pessoas. Fugiram para os EUA. Mas naufragaram. Elián sobreviveu. A mãe, não.

Salvo em alto mar pela guarda costeira americana, foi entregue aos irmãos da mãe, que vivem em Miami. Abriu-se, então, uma disputa que durou meses, até o retorno de Elián ao pai, em 22 de abril de 2000. A Cuba, retornou em 29 de junho.

leo.gerchman

Seminu, Lula joga pelada em ‘La isla presidencial’

O domingo de Copa do Mundo não poderia ficar sem humor aqui neste site. Diante do mau humor de nosso técnico-capitão, mesmo no frescor da vitória, e na iminência do acirramento de uma disputa eleitoral que só finda em outubro, rir é recomendação médica. Nesse caso, cai como uma luva o terceiro episódio da saga “Isla presidencial”, do site anarco-político venezuelano El Chiguire Bipolar (“a capivara bipolar”), em que nossos hermanos chefes de Estado são divertidamente enfocados durante um naufrágio.

Depois da caipirinha do presidente Lula e do romance ideológico entre os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Evo Morales (Bolívia), no primeiro episódio (post abaixo), a animação politizada continua com a pesca sonolenta em que Obama surge em cena para estancar a verborragia do desafeto venezuelano.

A queda não metafórica de Chávez, no episódio “La pesca”, prenuncia a terceira parte, “La balsa”. Logo no início deste episódio, um Obama “aborígene” acaba de acertar o presidente da Venezuela com uma zarabatana paralisante, acionada com um sopro do alto de um coqueiro. Executada a tarefa, ele assobia e uma nuvem de insetos voadores o envolve em uma espécie de casulo e o traz ao nível do mar, em ação a la Indiana Jones.

Uma semana depois, o mesmo coqueiro em que Obama praticou o “atentado” recebe golpes que o levam ao chão: os “mandataris inoperatus” querem transformá-lo numa embarcação e assim deixar a ilha deserta. Novo naufrágio se anuncia, obviamente. Mas a desdita é estendida a todos, no melhor estilo democracia chavista. “Essa balsa é um direito de todos que estamos nesta ilha. Ou vamos todos, ou não sai nada!”, brada em tom imperial o caudilho bolivariano.

Com água até pescoço – à exceção de um hilário Evo Morales em sua bóia de cavalinho, os presidentes se igualam no nível da inaptidão. Já em terra firme – Lula devidamente nu e com uma tarja preta na região, digamos, do Mercosul –, uma ainda mais patética partida de futebol define quem deixa e quem fica na ilha. A narração do rei espanhol Juan Carlos I, que já havia mandado Chávez se calar, e os goles de Lula em uma garrafa de não-sei-o-quê são imperdíveis.

Fábio Góis/Congressoemfoco

Lula bebe e serve caipirinha em “Isla presidencial”

Depois de naufrágio…

Fábio Góis

Imagine um passeio de barco promovido pelo presidente Lula – que, aliás, serve caipirinha na ocasião para os colegas –, com 12 chefes de Estado, ao final da 74ª Cúpula Ibero-Americana. Agora imagine o naufrágio de tal barco e, no melhor estilo da série de TV Lost, nomes como Hugo Chávez (Venezuela), Evo Morales (Bolívia) e Cristina Kirchner (Argentina) serem obrigados a se refugiar numa ilha deserta…

Uma vez na ilha, Lula demonstra todo seu espírito brazuca ao minimizar a desdita com doses de caipirinha e apreciar, digamos, os predicados estéticos da colega argentina. A situação surreal é o que se vê no primeiro episódio da série de desenho animado levada ao público pelo portal humorístico venezuelano “El Chiguire Bipolar” – “a capivara bipolar”, na tradução ao pé da letra. Entregues ao sabor das circunstâncias, os presidentes se vêem “sem comida, sem refúgio e sem poder”. Não é preciso lembrar que muita gente ia gostar da desventura…
Assista ao primeiro episódio:

A propósito, na primeira cena aparece o restaurante “Che Hugo”, com o seguinte prato do dia no cardápio: “Aguila calva”. Seria uma alusão à “águia anti-imperialista” Fidel Castro?

Por motivos quase óbvios, o alvo principal do site de humor é mesmo o presidente venezuelano – que, na animação, não faz nada, vive dando ordens e ainda protagoniza um ardente romance com o índio Morales! Aliás, uma discussão entre Chávez e o “americanizado” Álvaro Uribe (Colômbia) sobre qual trajetória deveria seguir o barco (esquerda ou direita?) foi o motivo do acidente – a referência cinematográfica fica por conta do nome da embarcação de Lula, “Chitaniqui II”, sarcasticamente pintado com as cores dos Estados Unidos. Ao timão (sem trocadilhos futebolísticos), Lula não segura a onda e colide com uma pedra gigantesca.

Juan Andrés Ravell, um dos roteiristas, disse que outro hilário personagem está por vir nos próximos episódios – não foi incluído no primeiro porque o projeto foi finalizado antes da sua eleição: o ex-bispo e atual presidente do Paraguai, Fernando Lugo, que ganhou fama mundial depois de seguidos casos de filhos espalhados pelo país vizinho. Segundo Ravell, Lugo terá uma chegada triunfal e “ainda terá muitos filhos na ilha”. Cristina ou Michele Bachelet (presidente do Chile), qual das duas se habilitaria?

Veja nos próximos capítulos da saga… na sequencia deste blog

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