Arquivo do dia: junho 5, 2010

Presidente do Flamengo indicada vice de Serra

A presidente do Flamengo e vereadora, Patrícia Amorim (PSDB), é a mais recente cotada para a posição de vice na chapa de José Serra à Presidência. Seu nome foi discutido pela cúpula tucana na reunião do Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo. A possível indicação surgiu sob a justificativa de que Amorim é mulher e militante do PSDB. Por enquanto não há tucano, nem tucana disposto ao “sacrifício”.

Apesar de o Flamengo ter sido eliminado da Libertadores, foi só Patrícia contratar Zico que está sendo até cotada para a vice-presidência.

Quem é Patricia Amorim:

Quando tinha apenas seis anos de idade, Patrícia Amorim espantou sua família ao completar, a nado, a travessia entre a Praia do Flamengo e a Praia Vermelha, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Tempos depois, já na década de 1980, transformou-se na principal nadadora do Brasil – uma destruidora de recordes brasileiros e sul-americanos. Agora, com 40 anos, ela encarou o maior desafio da sua vida, ao tornar-se a primeira mulher a comandar o clube mais popular do País: o Flamengo.

Melhor nadadora brasileira na década de 1980, a carioca Patrícia Amorim foi apresentada às piscinas do Flamengo quando tinha oito anos de idade. Única representante da natação brasileira nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988, quebrou 29 recordes sul-americanos, tendo conquistado 28 medalhas de ouro no Troféu Brasil, nos 200 m, 400 m, 800 m e 1.500 m livres. A sua trajetória esportiva foi inteiramente construída na Gávea.

Casada, mãe de quatro filhos, além de presidente do Flamengo a empresária Patrícia Amorim – dona de lojas de material esportivo – é vereadora pelo PSDB e está no seu terceiro mandato consecutivo.

Claudio Humberto

Times estudam fim de exclusividade da Globo

A exportação de atletas sempre foi a grande fonte de receita dos clubes de futebol. Mas isso mudou em 2009. A crise no mercado europeu esvaziou os cofres dos times que caçam talentos por aqui.

O retorno de astros como Ronaldo (Corinthians), Adriano (Flamengo) e Fred (Fluminense) fez com que as receitas com os contratos de transmissão dos jogos pela TV superassem os ganhos com a venda de talentos.

Levantamento da Casual Auditores Independentes, membro da britânica Parker Randall International Partner, mostra que, em 2009, 27% da receita de R$ 1,3 bilhão obtida pelos principais clubes veio dos contratos de TVs, enquanto a transferência de atletas somou 21% do total.

“Foi a primeira vez que isso aconteceu”, explica Carlos Aragaki, consultor da Casual Auditores. Em 2008, por exemplo, a venda de craques representou 28% das receitas, enquanto os contratos com TV somaram 24% do total.

Aragaki diz que essa é uma tendência que deve se repetir este ano, quando novos astros – como Robinho (Santos) e Cicinho (São Paulo) – desembarcaram por aqui.

“Os clubes estão se profissionalizando, valorizando suas marcas e tentando se aproveitar do aumento da concorrência na disputa pela transmissão dos jogos”, diz.

Concorrência

Uma das causas dessa maior competição vem do interesse da Rede Record em abocanhar parte da transmissão dos principais campeonatos do país.

Não bastasse o aumento já negociado com o Clube dos 13 para a renovar os direitos do Campeonato Brasileiro de 2009 a 2011, a Rede Globo também antecipou a assinatura do contrato de transmissão do campeonato paulista do ano que vem com os quatro maiores times de São Paulo (Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos).

Além disso, os clubes também estão lucrando com a fragmentação nas mídias, que acirrou a concorrência pelos direitos de transmissão.

“Os contratos têm televisão aberta, fechada, Pay-Per-View e internet”, explica Amir Somoggi, diretor da consultoria Crowe Horwath RCS e especialista em gestão de marketing esportivo.

O Terra, portal da Telefônica, tentou comprar direitos dos jogos em 2009, mas não conseguiu bater a oferta da Globo. Segundo Somoggi, ter canais na TV fechada dá vantagem à emissora na negociação.

“Pela primeira vez, existe uma remuneração variável negociada com o Clube dos 13, que é um bônus para o time que vender mais Pay-Per-View”, diz Somoggi.

O diretor de relações institucionais e marketing do Clube dos 13, Ataíde Gil Guerreiro, diz que o contrato com a Globo gira em torno de R$ 600 milhões, fora o percentual – entre 30% e 40% – nas vendas do Pay-Per-View na TV paga. Segundo estudo da Crowe, em 2003, as cotas de TV somaram R$ 265 milhões.

Publicidade e bilheteria

A chegada dos astros trouxe outros benefícios aos clubes. Ao desembarcar no Corinthians, Ronaldo elevou não apenas os ganhos com patrocínio e publicidade, mas também a receita com venda de ingressos e de produtos associados ao time, que faturou R$ 27,6 milhões só com bilheteria.

Graças a isso, teve lucro de R$ 5,8 milhões em 2009, o segundo melhor resultado do país, atrás apenas do lucro de R$ 10,5 milhões registrado pelo Atlético Paranaense.

“A volta dos craques trouxe os torcedores outra vez aos estádios”, lembra Aragaki. O lado negativo dessa importação de talentos foi o aumento dos gastos dos clubes, já que eles saem caro para folha de pagamento. No Corinthians, por exemplo, os gastos subiram 64%.

“Mas no final, o saldo é positivo e as perspectivas para os clubes brasileiros seguem muito boas”, conclui Aragaki.

Fonte de Receita

27% foi o peso dos contratos de transmissão dos jogos pela TV no total da receita de R$ 1,3 bilhão obtida pelos clubes em 2009.
21% foi quanto pesou na receita o lucro com venda de atletas para o exterior no ano passado. Em 2008, esse índice foi de 28%.
12% das receitas dos clubes em 2009 vieram da venda de ingressos para os jogos. No ano anterior, a bilheteria foi 11% do total.

laine Cotta e Conrado Mazzoni/Brasil Econômico

Oi FM perde 3 importantes praças

Oi FM perdeu três emissoras importantes. Essas rádios retransmitiam a grade jovem/adulta da Oi FM para Santos, Fortaleza e Vitória. A emissora da capital capixaba encerrou as transmissões na virada do mês de maio para junho, assim como Santos. A rádio de Fortaleza segue no ar.

A Oi FM 102.1 do litoral paulista (direcionada a Santos, estúdio em São Vicente e concessão de Peruíbe) encerrou ontem suas transmissões na Baixada Santista. No lugar está sendo veiculada uma programação voltada ao público adulto, levando ao ar o nome “Rádio City FM”, nome que lembra o estabelecimento comercial que abriga as rádios do grupo Mussi Comunicações (98 A Rádio Rock FM 98.1, Litoral FM 91.9 e a 102.1 FM). “Rádio City Café” é o nome desse espaço.

Essa estação “Rádio City” pode ser um projeto temporário até que outra rede ou programação local assuma a frequência no litoral. A própria rede encabeçada pela Nativa FM 95.3 de São Paulo (do Grupo Bandeirantes) está cotada para assumir a frequência.

Em Fortaleza a Oi FM segue no ar, veiculando normalmente sua programação em rede e inserções comerciais. A emissora deverá deixar a rede nacional nos próximos dias, assim como já fizeram as repetidoras de Santos e Vitória.

Outra mudança aguardada pela Oi FM é a troca de frequência em Belo Horizonte. A estação deverá deixar os 93.9 FM para assumir a frequência 94.1 FM, conforme noticiado anteriormente pelo Tudo Rádio.com. A alteração já consta no sistema da Anatel, agência que regula e fiscaliza a radiodifusão nacional.

A Oi FM de Santos foi a primeira retransmissora da rede em território paulista, iniciando suas operações no primeiro semestre de 2008. No estado a rádio segue operando normalmente na capital, Campinas e Ribeirão Preto (todas em 94.1 FM).

Mujica, o espartano presidente do Uruguai

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Mujica, o espartano presidente do Uruguai em seu veículo pessoal (e único patrimônio). No Uruguai, bem como em vários outros países de língua espanhola (não em todos), o fusca é chamado de ‘escarabajo’ (escaravelho). Nos países anglo-saxões, de ‘beetle’ (escaravelho). O termo ‘fusca’ é uma corruptela de ‘Volks’ (por Volkswagen).

Um escangalhado fusca modelo 1987 com valor estimado em US$ 1.900 é o único patrimônio do presidente do Uruguai, José ‘Pepe’ Mujica, segundo indica sua declaração oficial de bens apresentada à Junta de Transparência e Ética Pública. O espartano ex-guerrilheiro tupamaro, ex-senador, ex-ministro e floricultor comprou o fusca em 2004. Até esse ano – durante duas décadas – ele utilizou uma lambreta para deslocar-se em Montevidéu.

O uso desse pequeno veículo causou surpresa em 1994, quando foi eleito deputado federal. Na ocasião, um guarda do estacionamento do Senado viu que um senhor de aspecto desalinhado, com  capacete, que descia da lambreta e aproximou-se dele e disse: “aqui não pode estacionar, não. ..por acaso o sr. pretende ficar aí muito tempo?”. Mujica (que havia estado 13 anos preso e torturado durante a ditadura militar), removeu o capacete (só então foi reconhecido pelo guarda) e disse em tom brincalhão: “bom, se os milicos não me tiram daqui, penso ficar pelo menos cinco anos…”.

A chácara onde Mujica mora, em Rincón del Cerro, no lado oeste de Montevidéu, está no nome de sua esposa, a senadora Lucia Topolansky.

A senadora, também uma ex-guerrilheira, ressaltou que nem ela nem seu esposo possuem cartões de crédito nem contas bancárias: “somos antiquados”.

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Mujica e Lucia Topolansky, nos anos 90, na intrépida vespa

O salário que Mujica – um socialista de 75 anos definido de “amigável” com os mercados – recebe como presidente, de US$ 11.545, por decisão pessoal é destinada em sua maior parte a obras sociais. Essa é uma política em prática desde os anos 90 por parte dos parlamentares e ministros que integram a coalizão de governo Frente Ampla, de centro-esquerda.

Neste caso, Mujica doa 70% de seu salário de presidente para o Plano de Moradias Populares.

Mujica, nas horas livres, sobe no trator e prepara a terra da chácara, onde planta flores e hortaliças, a principal fonte de rende

Mais sobre Mujica (mais especificamente sobre seu sucesso com o empresariado) aqui. E, sobre sua vitória eleitoral no ano passado, aqui.

Blog do Ariel Palacios

Denise Fraga: história de amor na ditadura do Uruguai

Denise Fraga embarca em dobradinha com Luiz Villaça. O marido-diretor está debruçado em roteiro baseado no livro Primavera num Espelho Partido, de Mario Benedetti – uma história de amor durante a ditadura do Uruguai.

A história central de ‘Primavera num espelho partido’, do uruguaio Mario Benedetti gira em torno de Santiago, personagem condenado ao exílio interior numa prisão de seu próprio país, por ter participado da guerrilha urbana durante o período da ditadura militar no Uruguai, imposta de 1973 a 1985.

Já sua mulher Graciela é obrigada a se mudar para a Argentina com Beatriz, sua filha pequena, e dom Rafael, seu sogro, para reconstruir a vida. Para o marido, detido em sua cela, é como se o tempo tivesse parado.

O longa será filmado em três países. Orçamento? R$ 5 milhões.

RS: negada liminar aos que questionam desapropriação quilombola

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu liminar no Mandado de Segurança (MS 26713) impetrado por proprietários de terra do município de Restinga Seca, no Rio Grande do Sul, que contestavam a desapropriação da área, abrangida pelo Território Quilombola Comunidade São Miguel.

Os proprietários alegam ser inconstitucional a desapropriação decretada pelo presidente da República e publicada em novembro do ano passado. Afirmam que têm a posse dos imóveis há décadas e exercem no local suas atividades profissionais ligadas ao cultivo da terra por sucessivas gerações, “com a satisfação de todas as obrigações e tributos sobre ele incidentes”.

De acordo com eles, a desapropriação se deu a partir de um procedimento administrativo feito pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). No entanto, o governo não indenizou os proprietários em relação às áreas, mas tão somente quanto às benfeitorias.

Os proprietários afirmam, por fim, que possuem os direitos reais sobre os imóveis e não têm notícia da existência de quilombos ou da instalação de grupos étnicos na área, além de não haver pessoas ocupando as terras de suas propriedades, que não os próprios. Por isso pediram a suspensão dos efeitos do decreto de desapropriação e, no mérito, que seja considerado nulo.

Decisão

O ministro Dias Toffoli considerou que a liminar deve ser indeferida, pois existem elementos importantes a serem analisados e que não devem ser feitos por meio de decisão provisória.

“A questão relativa à ocupação de terras remanescentes de quilombos envolve diversos problemas de índole fática como a extensão das terras; o caráter tradicional da ocupação; a existência de remanescentes; a análise antropológica dos grupos favorecidos; a firmeza dos títulos dominiais; a cadeira sucessória dos títulos e outros aspectos de idêntica relevância”, destacou o relator ao afirmar que esses elementos de fatos e provas ultrapassam os limites estreitos do mandado de segurança.

Por outro lado, o ministro destacou que os proprietários já ajuizaram uma ação ordinária na Justiça Federal do Rio Grande do Sul, que é o foro competente e adequado para julgar o caso.

Assim, ele concluiu pela negativa da liminar ressaltando que “a existência do periculum in mora se torna inócua em face do juízo sobre a complexidade dos temas de natureza fático-probatória”.

CM/EH

STF mantem condenação de Mainardi por ataque a Paulo Henrique Amorim

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli negou liminar em Habeas Corpus (HC 103258) por meio do qual o jornalista Diogo Mainardi pretende ver reconhecida a prescrição da pretensão punitiva de seu crime.

Ele foi condenado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) a 3 meses de reclusão pela prática de difamação e injúria contra o também jornalista Paulo Henrique Amorim.

Paulo Henrique, que atualmente apresenta o Domingo Espetacular, da TV Record, apresentou a queixa-crime em 2006, alegando que Mainardi – colunista da revista Veja e apresentador do programa Manhattan Connection, da GloboNews – teria atingido sua honra objetiva e também subjetiva. Em vista dessas ofensas, Amorim pediu que Mainardi fosse condenado com base nos artigos 21 e 22 da Lei de Imprensa.

Mainardi foi absolvido em primeira instância, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo reverteu essa decisão, condenando Mainardi com base nos artigos 139 e 140 do Código Penal – uma vez que a Lei de Imprensa estava suspensa por conta da liminar concedida pelo STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental 130. A pena imposta pelo TJ foi de três meses de detenção, substituindo a pena privativa de liberdade por restritiva de direitos – pagamento de três salários mínimos a serem revertidos para entidade pública assistencial.

A defesa de Mainardi recorreu dessa decisão ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), alegando que a prescrição para os crimes previstos nos artigos 21 e 22 da Lei de Imprensa se concretizam no dobro do prazo da pena imposta – e que esse prazo teria sido ultrapassado entre a sentença e o acórdão. A Sexta Turma do STJ negou o habeas corpus, decisão então questionada pela defesa de Mainardi no STF.

Ao analisar o pedido de liminar, o ministro Dias Toffoli confirmou que a decisão do STJ não apresenta, de plano, nenhuma ilegalidade. Além disso, frisou o ministro, a corte superior deixou claro que o jornalista foi condenado pelos crimes previstos no Código Penal, e que a prescrição da pretensão punitiva do estado deve ser calculada também com base no Código Penal – que prevê em dois anos a prescrição para crimes com pena máxima de um ano, como no caso.

STF

MP denuncia deterioração do Monumento dos Açorianos

by Marco Aurélio Weissheimer


A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente instaurou inquérito civil para apurar responsabilidades e provocar medidas para promover a recuperação do Monumento aos Açorianos, em Porto Alegre. A obra, de autoria do escultor Carlos Gustavo Tenius, foi construída na década de 70 em homenagem à chegada dos primeiros casais de açorianos que povoaram a cidade. Segundo a promotora de Justiça Ana Maria Moreira Marchesan, o inquérito foi motivado pela deterioração especialmente na base do Monumento. As peças de aço estão corroídas em decorrência da acidez natural da terra e da urina de pessoas e animais.

O autor do Monumento foi ouvido, segunda-feira (31), pela promotora Ana Marchesan. Tenius relatou que já houve tentativas de recuperação do Monumento por parte do Município, mas nenhuma bem sucedida, sob a alegação da falta de recursos. “As chapas que o sustentam estão se desmanchando. A corrosão é inevitável. Qualquer dia o Monumento vai adernar”, alertou.

A promotora informou que o Ministério Público buscará soluções para o problema junto à Prefeitura de Porto Alegre. Posteriormente, será avaliada a necessidade de ajuizamento de uma ação civil pública contra o Executivo municipal.

O Monumento aos Açorianos foi inaugurado em 1974. Segundo Carlos Tenius, sua construção foi feita a pedido do então prefeito de Porto Alegre Telmo Thompson Flores, que queria uma obra de arte próxima de cada viaduto construído na cidade. Localizado no Largo dos Açorianos, que também abriga a histórica Ponte de Pedra, a estrutura lembra uma caravela formada por corpos humanos, e pretende representar a vitória e o progresso. Hoje representa também o abandono e a falta de cuidado.

Agência de Notícias do MP.

Fotos: Marco Quintana/Ag de Notícias do MP

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