A produtora e cineasta brasileira, de origem coreana, radicada nos EUA, Iara Lee, estava a bordo de um dos barcos atacados na manhã desta segunda-feira por Israel, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.
Ainda não se sabe se ela está entre as vítimas da ação israelense, que visava impedir que uma flotilha internacional de seis embarcações furasse o bloqueio à faixa de Gaza para entregar suprimento à população do território controlado pelo grupo radical Hamas.
As amigas da cineasta brasileira enviaram carta ao chanceler Celso Amorim e ao assessor do presidente Lula para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, pedindo que o governo brasileiro tome as providências para assegurar a integridade de Iara.
O último contato feito por Iara foi na noite deste domingo, quando ela postou mensagem no site de relacionamentos Facebook anunciando que o barco em que ela estava havia sido cercado pela Marinha de Israel. A brasileira embarcou na última quinta-feira da Turquia e vinha dando notícias graças a uma conexão internet disponível no barco em que ela estava.
Em carta escrita antes do embarque, Iara justificou a participação na missão a Gaza dizendo que pretendia chamar atenção para o que ela considera “grave abuso de direitos humanos” cometidos por Israel contra a faixa de Gaza.
Entre suas obras estão os documentários “Synthetic Pleasures” (1995), que trata do impacto da alta tecnologia sobre a cultura de massas, e “Modulations” (1998), considerada uma das obras cinematográficas mais importantes sobre música eletrônica.
EFE