Arquivo do dia: maio 27, 2010

Morre Fernando Veronezi programador musical da rádio Guaiba

O rádio gaúcho está de luto. Morreu, nesta noite, vítima de falência múltipla dos órgãos, o programador musical Fernando Veronezi, que atuou por mais de cinco décadas na Rádio Guaíba. Em 14 de fevereiro, ele internou-se para uma cirurgia de extração da vesícula, no Hospital Divina Providência, onde permaneceu, durante todo este período.

A história de Veronezi se confunde com a da Rádio Guaíba. Até bem pouco tempo, ele era o responsável pela programação musical da emissora, tanto na AM quanto na FM.

O programa que assinava, “Noturno Guaíba”, começou a ser veiculado em julho de 1985 e ficou por mais de duas décadas no ar. Tradicionalmente apresentado da meia-noite à 1h da madrugada, o programa era especializado em música da velha guarda brasileira, tangos, boleros e canções latinas. Para isso, Veronezi utilizava o enorme acervo musical da rádio, que chegou a contar com quase 2 mil exemplares, parte deles trazida pelo próprio progamador.

Veronezi, que entrou na Guaíba pouco depois da fundação da emissora, foi um dos que definiu, junto com o radialista Osmar Meletti, um padrão musical que atraiu milhares de fãs nas últimas décadas. Por muitos anos, ele teve o cuidado de armazenar em fitas as principais reportagens, a fim de preservar a memória radiofônica do Estado.

Em uma reportagem do site Coletiva.net, Veronezi contou que, quando chegou à Guaíba, foi apresentado a Arlindo Pasqualini, fundador da emissora. “Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida. Foi o homem mais notável que conheci, tanto como cidadão quanto como profissional”, relatou.

Em entrevista à própria Guaíba, em 2003, ele contou que se sentia “um guri”, que tinha a rádio como “a própria casa” e que, em nenhum momento pensava em parar.

Fonte: Rádio Guaíba

Cigarro mata 200 mil pessoas por ano no Brasil

Apesar dos números alarmantes de mortes decorrentes do tabagismo – cerca de 200 mil pessoas são vítimas do tabaco todos os anos no Brasil e mais de 5 milhões morrem no mundo – no próximo Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado no dia 31 de maio, há motivos para comemorar. Isso porque, segundo dados do Ministério da Saúde, houve queda de 43,4% no consumo de cigarros no Brasil em 20 anos.

Entre os jovens, o índice foi ainda maior: existem 50% menos jovens fumantes do que em 1990. De acordo com estudo divulgado em 2009, o Vigitel, 14,8% dos jovens entre 18 e 24 anos tinham o hábito de fumar em 2008, contra 29% em 1989. O índice nacional é de 16,1%.

Foco nas mulheres
Neste ano, o tema do Dia Mundial Sem Tabaco escolhido pela OMS (Organização Mundial da Saúde) é “Gênero e tabaco com uma ênfase no marketing para mulheres”. O foco da campanha é coibir o apelo de marketing da indústria do tabaco para aumentar a comercialização de cigarros entre o sexo feminino.

Dados da entidade revelam que o número de mulheres fumantes é relativamente menor que o dos homens. Estima-se que entre 1 bilhão de fumantes no mundo, apenas 200 milhões são mulheres. Elas são, portanto, uma grande possibilidade de expansão do mercado consumidor de produtos de tabaco.

Dos mais de 5 milhões de pessoas que morrem a cada ano pelo uso do tabaco, cerca de 1,5 milhões são mulheres. A menos que sejam tomadas medidas urgentes, o uso do tabaco poderá matar mais de 8 milhões de pessoas até 2030, dos quais 2,5 milhões serão mulheres. Cerca de três quartos dessas mortes poderão ocorrer em mulheres de baixa renda e nos países de renda média.

“As mulheres ainda são minoria, mas em cerca de 20 anos o número de mulheres fumantes dobrou”, revela o primeiro-secretário da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade), Oscarino Barreto. Segundo ele, a progressiva inserção da mulher no mercado de trabalho e na sociedade pode ter contribuído para o aumento no índice. “Observamos também que mais mulheres estão desenvolvendo câncer nos últimos anos e isso pode ter relação direta com o cigarro”, aponta.

Campanhas ajudam a deixar o vício
Para o presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo), Cid Carvalhaes, campanhas como o Dia Mundial Sem Tabaco ajudam os fumantes a largar o vício e procurar ajuda médica.

“Antigamente, nos filmes dos anos 40 e 50, praticamente todos os personagens fumavam, empregando ao cigarro um status importante no comportamento. Hoje em dia, fumar virou politicamente incorreto”, explica o médico. Outra contribuição são as leis que proíbem o fumo em ambiente fechados e públicos.

O Estado de São Paulo sancionou a Lei Antifumo em agosto do ano passado. A medida acompanha uma tendência internacional de restrição ao fumo, adotada em cidades como Nova York, Londres, Paris e Buenos Aires. “A lei estadual ajudou muito, porque no primeiro momento ninguém queria levar multa. Gradualmente as pessoas perceberam os benefícios de um ambiente livre do cigarro”, diz Carvalhaes.

Apesar das campanhas, largar o cigarro não é fácil. Um estudo da OMS apontou que, em média, os efeitos do tabaco no organismo só desaparecem após 20 anos do fumante largar o vício. “Se as pessoas soubessem o que o cigarro causa no nosso corpo, certamente nunca chegariam perto do tabaco”, afirma o presidente do Simesp.

Entre os problemas de saúde estão dificuldade circulatória, inflamações nas artérias, infarto agudo do miocárdio, obstrução das artérias cerebrais, câncer de pulmão e doenças pulmonares graves, como o enfisema pulmonar. O Brasil gasta cerca de 5 bilhões com doenças decorrentes do cigarro todos os anos.

Dicas para parar de fumar
Deixar de ascender um cigarro é difícil, mas não uma missão impossível. “O principal é a vontade do fumante em parar. A família, nessa hora, é fundamental no sentido de dar apoio à decisão”, garante Oscarino Barreto.

O médico separou algumas dicas que ajudam o fumante em sua luta diária:
– Fumar o primeiro cigarro do dia o mais tarde possível;
– Evitar fumar último cigarro do dia perto da hora de dormir;
– Evitar fumar após o café (não há relação científica entre nicotina e cafeína, mas há uma questão cultural no hábito de ascender o cigarro após a ingestão do café);
– No momento em que atingir a meta de 10 cigarros por dia, parar completamente de fumar.

Caso o fumante não consiga largar o vício sozinho, deve procurar seu médico e tentar frequentar grupos antitabagismo. “Nestes grupos são fornecidos chicletes e adesivos de nicotina que ajudam, além do apoio psicológico”, destaca Barreto.

Angela Martins/Reporter Diário

DuLoren: tinha outra mulher no armário

São mesmo novos os tempos: a campanha da Duloren, conhecida marca de lingerie, para o Dia dos Namorados (mídia impressa no começo de junho e 20 mil pontos de venda), mostra um outro tipo de flagrante.

Na cama, supostamente a mulher, de calcinha e cinta-liga, é apanhada de surpresa pelo marido que, claro, abre a porta do armário mais próximo.

Lá, nada de homem: uma outra mulher, só de calcinha, um pouco envergonhada de ter sido surpreendida. A campanha é da Agnelo Pacheco.

Ator é preso acusado de agredir a mulher

Intérprete no teatro do cantor Vicente Celestino – que fez sucesso com a música “O Ébrio” -, o ator Alexandre Schumacher, 35 anos, foi preso em flagrante segunda-feira à noite no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro, acusado de agredir sua mulher.

De acordo com o delegado da 16ª DP (Barra da Tijuca), Rafael Willis, o artista chegou à delegacia aparentando estar embriagado. Autuado na Lei Maria da Penha, que prevê pena de três meses a três anos de detenção em casos de violência doméstica, Alexandre passou a noite preso e foi liberado após pagar fiança de R$ 1 mil.

Renata Albuquerque dos Santos, 32 anos, relatou à polícia que o marido chegou a tomar duas doses de conhaque antes de começar a agredi-la. “Ela disse que estava cozinhando, por volta das 22h, e ele, dormindo. Ao acordar, teria bebido e começou a bater nela, sem motivo. Flávia disse que ficou desesperada com a atitude dele”, disse o delegado.

Gritos de socorro
A vítima disse ter levado socos e chutes de Alexandre. Segundo a polícia, ela tentou fugir para o quarto, mas foi perseguida pelo marido e apanhou mais. Quando foi à varanda do apartamento para gritar por socorro, Flávia relatou ter sido puxada pelos cabelos. Um vizinho que presenciou a cena e ouviu os gritos da vítima chamou a Polícia Militar.

A moça conseguiu escapar para a portaria do prédio, onde aguardou a chegada da patrulha. O ator e a mulher foram levados para a delegacia. Flávia fez exame de corpo de delito e apresentava machucados no rosto, pescoço, olhos e braços. Alexandre não quis prestar depoimento e se reservou ao direito de falar em juízo.

Depois de ser solto, o ator voltou para o apartamento no Recreio. Procurado na quarta-feira, ele não quis falar sobre o assunto. Flávia disse aos policiais que foi a primeira vez que apanhou, mas que Alexandre já a agrediu verbalmente, até com xingamentos. Segundo o delegado, foi pedida ao 3º Juizado de Violência Doméstica, de Jacarepaguá, medida protetiva para que o ator se mantenha afastado da moça.

Cantorias na carceragem
Para a polícia, interpretar a vida de um cantor no teatro pode ter marcado mesmo Alexandre Schumacher. Durante as 12 horas em que ficou preso, o ator aproveitou para cantar. “Ele passou a noite inteira cantando óperas dentro da carceragem. Nunca vi um preso cantar. Deve ser por causa do personagem que ele fez, né?”, questionou um policial. A peça “Vicente Celestino – A Voz Orgulho do Brasil”, em homenagem ao artista, ficou em cartaz até domingo no Teatro Sesc Ginástico, no centro.

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