Arquivo do dia: maio 2, 2010

Médico diz que idosa sem útero tá grávida

Natécia Nascimento é viúva.Natécia Menezes Nascimento (foto) ouviu o inacreditável de um médico: ela está grávida de gêmeos, na 34ª semana, prestes a dar luz.
“Parabéns”, disse o médico, depois de ter olhado o laudo do exame ao qual ela se submetera.

A viúva Natécia tem 65 anos e há 30 teve de extrair o útero.

O exame está errado, e o médico nem desconfiou, embora qualquer um, só de olhar Natécia,  concluiria que ela passou do seu período fértil há tempos.

Natécia ficou abalada. “Eu me deito e não consigo dormir, mesmo tomando tranquilizante.”

O exame de rotina para uma pessoa da idade dela foi feito pelo Cemar (Centro de Especialidades Médicas) de Aracaju, Sergipe.

A direção do centro explicou que o laudo do exame foi escrito à mão pelo médico responsável e um funcionário, ao digitá-lo, usou dados de outra paciente, uma grávida.

O Cemar suspendeu o médico, e Natécia pretende processar a prefeitura de Aracaju.

Com informação da TV Globo e Folha.

Filmes oficiais das Copas do Mundo no cinema

Após o término da Segunda Guerra Mundial, uma grande revolução começou a ser introduzida nas transmissões das Copas do Mundo: assistir às partidas do mundial não era exclusividade de quem pôde ir ao estádio.

Em 1954, os filmes das copas do mundo começaram a proporcionar a mesma objetividade vista das cadeiras dos estádios nos mundiais.

Desde 1954, a Fifa produz o filme oficial da Copa do Mundo e, quem nunca tinha visto, teve a chance de se assombrar com o futebol da vice-campeã Hungria, liderada por Puskas. A campeã foi a Alemanha e, por isso, o título do filme foi German Giants (Gigantes Alemães).

Daí em diante, os filmes das Copas começaram a se popularizar. As transmissões ao vivo não aconteciam no Brasil e o primeiro título, em 1958, foi visto por alguns clipes com gols, que chegavam dias depois dos jogos. O filme oficial do mundial da Suécia foi Heini e mostrou belas imagens do público e das vitórias brasileiros no primeiro título da história do País.

Em 1962, a história se repetiu e o Brasil sagrou-se bicampeão. Perante o encantamento e a superioridade brasileira, o mundo ovacionou a nossa seleção e Garrincha, o grande nome do título. O filme daquele ano não poderia ter outro nome senão Viva Brazil. Talvez Viva Mané também fosse um nome mais do que apropriado!

Na Copa seguinte, em 1966, outra grande novidade: todos finalmente puderam ver o verde e amarelo da camisa brasileira que encantava o mundo. O filme oficial era pela primeira vez feito em cores. Talvez inspirados pela onda de cor que dominava os cinemas do mundo, o Brasil literalmente amarelou naquele ano e não foi uma das equipes protagonistas do filme Goal!, que contou a história da Copa do Mundo da Inglaterra vencida pelos donos da casa.

No ano de 1970, as transmissões começavam a ser feitas ao vivo no Brasil, porém, os filmes oficiais das Copas do Mundo continuavam em alta, assim como a seleção brasileira, que faturou a terceira taça. O título do filme revelava o assombro pelo futebol canarinho apresentado no México: The World at Their Feet (O mundo aos seus pés). Todo curvaram-se à majestade de Pelé.

Depois disso, as transmissões ao vivo começaram a ficar cada vez mais profissionais e os amantes do futebol não mais davam bola para os filmes oficiais da Copa do Mundo, mesmo que esses apresentassem um ponto de vista e linguagem diferentes daqueles em tempo real.

Para resolver o problema, a Fifa começou a investir mais esforços em torno da produção. O filme não mais poderia se limitar a mostrar a Copa e seus gols, era preciso acrescentar um algo a mais. Em 1982, na Espanha, isso já começou a ficar claro com o G’olé!, com narração do eterno James Bond, Sean Connery. A ideia pareceu agradar e, na Copa seguinte, em 1986, Michael Caine foi o eleito para contar as incríveis proezas de Maradona no México. O nome também foi escolhido a dedo: Hero (Herói), uma ótima definição do que foi o pibe na conquista argentina.

Em 1994 só deu Brasil. Além do título após 24 anos, o diretor do filme Dois Bilhões de Corações, também era brasileiro. Murilo Salles teve a difícil tarefa de retratar a atmosfera dos EUA, que até então não era muito ligada ao futebol. O resultado foi um belo filme, com imagens de bastidores e belas tomadas das arquibancadas.

Entrevista com o diretor Murilo Salles, aqui!

Quatro anos mais tarde, provavelmente nenhum brasileiro quis ver o Vive la France (Viva a França), que contava a trajetória francesa, da descrença ao sucesso em cima dos melhores do mundo.

Apesar de algumas mudanças bem-sucedidas, aquele formato de filme começava a não agradar novamente. Era preciso ser diferente, mostrar o que antes não era visto. No filme do mundial de 2002, Seven Games for Glory (Sete Jogos para a Glória), os bastidores das equipes começaram a ser expostos, como a incrível festa senegalesa após vitória contra a França na estreia, ou a reza mexicana nos vestiários antes das partidas. O pentacampeonato do Brasil também foi destaque da película.

Na Alemanha em 2006, os produtores resolveram apostar novamente em um James Bond para contar a história do mundial. Dessa vez, Pierce Brosnan foi o narrador do filme The Grand Finale (A Grande Final), que nem para os cinemas chegou a ir.

Temos a Copa do Mundo ao vivo. Mas para quem ama o futebol, ver e rever em diferentes ângulos o principal evento esportivo do planeta vale mais do que qualquer grande produção hollywoodiana.

RevistaBrasileiros/Diogo Mesquita

Faustão faz 60 anos

O apresentador Fausto Silva comanda as atrações do domingo da  Globo desde 1989 Foto: TV Globo/Divulgação

“O loco, meu. Tanto no pessoal quanto no profissional. Brincadeira, essa fera. Esse cara é uma zebra”. Todos esses bordões têm um dono, o jornalista, radialista e apresentador Fausto Corrêa Silva, o gigante da TV brasileira Faustão, que, neste domingo (2), chega aos 60 anos.

O filho do seu Maury e da dona Cordélia nasceu em Porto Feliz (SP) e começou a carreira na rádio Centenário de Araras, com apenas 15 anos. Passou depois pelas rádios Cultura, de Campinas, Jovem Pan (quando virou repórter de campo) e Globo, de São Paulo. Além da trajetória radiofônica, o pai da Lara, do João Guilherme e do Rodrigo também trabalhou como repórter do jornal O Estado de S.Paulo.

No final dos anos 70, um dos grandes amigos de Faustão, o locutor Osmar Santos começou a estudar administração pública na Faculdade Getúlio Vargas e daí surgiu o interesse de Osmar pela situação política do País, ainda sob ditadura militar. O narrador da rádio Globo, a mesma de Faustão, convidava nomes destacados da política como Eduardo Suplicy, Luís Inácio Lula da Silva e André Franco Montoro para comentarem o jogo e a situação política. A inusitada combinação deixou os executivos da Globo de cabelo em pé. O jeito foi dar um horário na extinta rádio Excelsior (atual CBN) para Osmar Santos mostrasse seu engajamento. Surgia o programa Balancê. Em 1983, o “garotinho” Osmar deixou o comando do programa para se dedicar a projetos na TV e a apresentação ficou com o então repórter Fausto Silva.

Com a ajuda dos humoristas dupla Nelson ‘Tatá’ Alexandre e Carlos Roberto Escova, Faustão mostrou que levava jeito para liderar e mudou o tom do programa. A política saiu de cena e Balancê virou uma atração mais escrachada e cômica. A produtora do programa era Lucimara Parisi, ex-secretária de Osmar Santos, que conviveu profissionalmente com Faustão até 2009.

Pouco mais de um ano depois de assumir o controle do programa, Faustão recebeu o apresentador do Comando na Madrugada, Goulart de Andrade, que ficou impressionado com a eloquência e velocidade de Faustão com as palavras. Goulart comprou um horário na TV Gazeta, em São Paulo, e deu para Faustão. Na busca de um nome para o programa, sugeriram o filme Perdidos na Noite (com Jon Voight e Dustin Hoffman). Em março de 1984, Faustão estreou na TV. Em setembro do mesmo ano, ele já estava na Record, ainda dirigida pela família Machado de Carvalho, a mesma proprietária da Jovem Pan.

Dois anos depois, Faustão se desvinculou de Goulart e foi para a Band. Na emissora do Morumbi, o apresentador ganhou outra atração Safenados e Safadinhos. Após 3 anos, deixa a cidade de São Paulo e vai para o Rio, casa da Rede Globo, a principal emissora do País. Em 26 de março de 1989, com apenas 6 anos de experiência na TV, Faustão debutou na atração dominical da “Vênus Platinada”, o Domingão do Faustão. A emissora da família Marinho era hegemônica em todos os dias da semanas, exceto domingo, que era dominado por Sílvio Santos.

Em uma entrevista para a revista Veja, em 2008, Faustão lembrou de um conselho de Boni, então responsável pela programação da emissora. “O Boni me disse: ‘não se deixe levar pela ansiedade. Isso aqui é uma corrida de longa distância’ ”.

Inexperiente, o taurino Faustão tropeçou um pouco até se tornar o maior salário da TV brasileira (estimados R$ 5,6 milhões mensais) e um dos maiores faturamentos da Rede Globo (7% do total da emissora). Os erros mais lembrados são o do Sushi Erótico, o caso do Latininho e a entrevista com pagodeiro Belo. Nos primórdios do programa, as pegadinhas dominavam o Domingão, atualmente o carro-chefe é a Dança dos Famosos. No total, foram mais de 180 quadros.

Incansável, o fanático santista marido da a ex-modelo Luciana Cardoso não se aventurou apenas pela TV, rádio e jornal, mas também pelo cinema, com o malfadado Inspetor Faustão e o Mallandro.

Com mais de mil programas apresentados em 21 anos de programa e com quase 40 quilos a menos (desde a uma redução do estômago em agosto de 2009), o sexagenário Faustão continua sendo um nome de peso na vida dos brasileiros.

Terra

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