Arquivo do dia: dezembro 8, 2009

Google reformula buscas em tempo real

O Google reformulou seu serviço de buscas de maneira a permitir que os resultados sejam atualizados dados fornecidos constantemente, em volume cada vez maior, pela nova geração de produtos de Web que funcionam em tempo real.

A decisão de integrar os resultados em tempo real diretamente ao principal produto do Google na Web surgiu dois meses depois de a empresa anunciar uma parceria para licenciar dados do serviço de microblogs Twitter.

Também sublinha a importância de dados em tempo real como os das redes sociais no cada vez mais competitivo mercado de buscas da Internet, que o Google domina. A Microsoft anunciou parcerias com o Twitter e com o site de redes sociais Facebook em outubro, a fim de oferecer resultados de busca em tempo real.

Além das mensagens de 140 caracteres geradas pelos usuários do Twitter, o Google anunciou na segunda-feira que seu serviço de buscas em breve poderá localizar certas mensagens de status de usuários do Facebook e do MySpace, operado pela News Corp.

A companhia não informou se essas parcerias envolviam compromissos financeiros.

“Eu diria que a busca em tempo real é a evolução natural da busca universal”, disse Marissa Mayer, vice-presidente de produtos de busca e experiência de usuário do Google, em um evento no Computer History Museum, em Mountain View, Califórnia.

Mayer informou que no momento o Google não estava vendendo anúncios vinculados a termos de busca para os resultados em tempo real, e que o foco da empresa por enquanto é aperfeiçoar a experiência do usuário.

O Google anunciou diversas outras inovações durante o evento, incluindo um produto de busca por voz em japonês, que permite a usuários que falem esse idioma realizar buscas falando ao celular. O produto estava anteriormente disponível em inglês e em chinês mandarim.

O Google também anunciou um produto experimental chamado Google Goggles, que permite aos usuários de celulares tirar fotos de um produto com a câmera do aparelho e obter resultados de buscas sobre aquele produto.

Câncer de pele: cuidado com o filtro solar

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Durante a 11ª Campanha Nacional de Prevenção do Câncer de Pele – realizada hoje (5) pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) – a coordenadora de câncer de pele da Secretaria de Saúde do Ditrito Federal, Roula Kozak, alertou para o que chama de “falso entendimento” em relação ao uso do filtro solar.

“Não adianta usar o protetor e exagerar no sol. É como fazer muita ginástica e depois comer bolo de chocolate”, explicou. Segundo ela, a população deve evitar tanto a exposição prolongada ao sol quanto a exposição recorrente, feita diversas vezes, já que a ação do sol tem efeito cumulativo.

O objetivo da campanha, de acordo com a dermatologista, é orientar e prevenir a população, além de fazer a detecção precoce do câncer de pele. O paciente que procurar um dos postos espalhados em 23 estados brasileiros passa por um atendimento dermatológico completo e sai com prescrição de medicamentos ou mesmo com um pedido de cirurgia para remoção de lesões duvidosas.

Mas mesmo após a remoção da lesão, é preciso ficar de olho porque a chance de reincidência ou de novas lesões é maior para quem já teve a doença. Depois do diagnóstico, o paciente tem que passar a usar filtro solar diariamente – inclusive em dias de chuva.

Para mais informações, basta ligar no número 0800 701 3187.

Segundo estatísticas do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de pele é o de maior incidência no Brasil e está diretamente relacionado à exposição ao sol. Além do fato de que o brasileiro não foi educado para se proteger da luz solar, existe o agravante de que os raios solares estão sendo emitidos cada vez com mais intensidade, devido à destruição da camada de ozônio. Na Austrália, por exemplo, o câncer de pele é o tumor que mais mata e já se transformou num caso de calamidade pública. Cada vez mais, jovens de ambos os sexos estão sendo acometidos pela doença, devido ao excesso de exposição ao sol e a hábitos que não incluem a proteção.

Embora as chances de cura do câncer de pele sejam altas, existe um tipo que causa preocupação entre os médicos. O melanoma, tipo mais raro, não tem cura se não for descoberto precocemente. A radiação interfere no DNA das células, provocando uma multiplicação desordenada das mesmas. O efeito da radiação é extremamente nocivo e, por isso, a proteção deve ser feita durante toda a vida, desde a infância.

Tipos de Câncer de Pele

Existem três tipos de câncer de pele. O carcinoma basocelular é um dos tipos menos graves e também o mais frequente, representando 70% dos casos. Ele é mais comum em pessoas de pele clara com idade acima dos 40 anos. Murad explica que o seu surgimento está relacionando com a exposição solar cumulativa durante a vida. Apesar de não causar metástase, pode destruir os tecidos à sua volta, atingindo cartilagens e ossos. Normalmente, aparece em forma de mancha.

Já o carcinoma espinocelular, segundo tipo mais comum do câncer de pele, pode se disseminar por meio dos gânglios, provocando metástase. Ele adquire a forma de um nódulo e é provocado pela exposição sem proteção adequada, tabagismo, exposição a substâncias químicas como arsênio e alcatrão e baixa de imunidade.

O tipo mais perigoso é o melanoma. Ele aparece como uma pinta escura que vai se deformando e tem alto potencial de metástase. Por isso, o diagnóstico precoce é tão importante. Murad explica que uma vez iniciada a metástase, não há mais chance de cura.

Os três tipos costumam surgir nas áreas mais expostas ao sol, mas podem se manifestar em outras áreas do corpo como planta do pé, região genital ou sob a unha.

No caso do tipo melanoma, não há relação entre o local de exposição e o local de aparecimento do tumor. Embora nos dois primeiros tipos o índice de mortalidade seja muito baixo, as estatísticas de óbito quanto o assunto é o câncer tipo melanoma assustam. Ele mata quase 100% das pessoas que não o descobrem precocemente.

O Perigo da Radiação

Cada um dos tipos de radiação solar tem sua especificidade. Os raios UVA, por exemplo, incidem uniformemente durante todo o dia e têm grande capacidade de penetração em camadas mais profundas da pele. Sua absorção, a médio e longo prazos, é responsável por efeitos destrutivos na pele, como envelhecimento, perda de elasticidade, manchas e até o surgimento do câncer.

Os raios UVB, por sua vez, incidem principalmente entre as 10h e às 16h e provocam a vermelhidão na pele, também chamada de eritema solar. Depois de exposições prolongadas, ocasionam queimaduras graves seguidas de formação de bolhas, descamação e lesões precursoras de câncer.

Durante muito tempo se pensou que os raios UVB eram os mais perigosos. No entanto, estudos recentes vêm demonstrando que os raios UVA podem ser ainda mais nocivos devido à sua capacidade de agressão.

O câncer de pele se manifesta de diferentes maneiras. Os sinais mais comuns são o surgimento de feridas que não cicatrizam, pequenas lesões endurecidas, brilhantes ou avermelhadas. Nos homens, ele aparece mais no tronco, na cabeça ou no pescoço, enquanto que, em mulheres, se manifesta mais frequentemente nas pernas e braços.

Realmente é preciso ter cuidado com o uso do protetor, que de aliado pode passar a inimigo. Ninguém ainda provou que o protetor solar previne o melanoma. Só está constatado que previne o carcinoma.

Estimativas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam o câncer de pele como o de maior  incidência no Brasil desde 2005. Quem quiser saber mais sobre a doença e sobre o autoexame deve acessar o site do Inca

Abril compra 100% da MTV Brasil

O Grupo Abril anunciou nesta segunda-feira que comprou os 30 por cento do capital da MTV Brasil que pertenciam à norte-americana Viacom, dissolvendo a joint-venture entre os dois grupos de comunicações e passando a deter a totalidade das ações da rede de televisão no país.

O acordo fechado com o grupo norte-americano também inclui licenciamento para o uso da marca MTV Brasil com exclusividade pela Abril em múltiplas plataformas: televisão, Internet, celulares e rádio.

Segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Abril planeja usar o acordo de licenciamento para fortalecer a presença da marca na TV e Internet e ampliá-la para outras mídias.

Vai acabar o monitoramento dos transgênicos

A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) votará, nesta quinta-feira, o fim do monitoramento dos efeitos adversos de organismos geneticamente modificados sobre a saúde humana e animal, o ambiente e os vegetais. A modificação desobrigará as empresas de biotecnologia de realizar estudos científicos de avaliação de risco e de apresentar planos de monitoramento pós-liberação comercial de transgênicos no país.

A nova regra deve “anistiar” os 25 produtos transgênicos (plantas, vacinas e enzimas) que já obtiveram liberação comercial e beneficiará outros 11 pedidos sob análise do colegiado, vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. A alteração na Resolução Normativa nº 5, em vigor desde março de 2008, dependerá do voto de apenas 14 dos 27 membros titulares da CTNBio. O grupo favorável à mudança somaria hoje 16 votos.

A iniciativa da CTNBio dispensará as empresas de de apresentar informações complementares e novos dados científicos para atender às exigências dos estudos de análise de risco sobre os efeitos adversos potenciais de transgênicos e seus derivados nos vários aspectos. A medida também beneficiará diretamente a indústria alimentícia brasileira. Dirigentes da associação da indústria (Abia) escreveram ao ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, para reclamar o fim do monitoramento e ameaçariam derrubar a exigência na Justiça.

O presidente da CTNBio, o médico bioquímico Walter Colli, confirma a proposta de alteração na regra. “Essas coisas não fazem mal. E, se fizerem, ninguém vai saber porque não tem como monitorar todo mundo. O argumento jurídico que se coloca é que monitorar só se justificaria se houvesse dúvida na análise de risco. Se o produto é idêntico ao convencional, não há razão para monitorar”, diz. “Estamos propondo deixar isso como não obrigatória. A comissão dirá em quais casos seria necessário”.

Professor do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP), Colli está no segundo mandato de presidente da comissão. “É um absurdo fazer monitoramento de efeitos em humanos porque 15 mil produtos têm derivados de soja na sua composição. Como saber se o problema é do produto ou da água que uma pessoa bebeu?”, questiona.

O presidente da CTNBio garante que o fim dos monitoramentos não causará problemas à população. “O monitoramento humano e animal foi uma esparrela, uma bobagem que fizemos. Cedemos pelo cansaço. Agora, a indústria alimentícia está sujeita a uma ação jurídica do Ministério Público por uma regra inepta da CTNBio. Cometemos um erro e quero corrigir isso”, afirma.

A proposta de alteração reacendeu a disputa política e a oposição de um grupo minoritário de cientistas e ONGs dentro da CTNBio. Representantes dos ministérios da Saúde, do Meio Ambiente, do Desenvolvimento Agrário e da Pesca prometem questionar o fim do monitoramento. E acusam Colli de usar como pretexto uma carta do governo do Canadá contra a resolução para “retalhar” as normas.

Colli diz que “essa resolução sempre me incomodou” e admite que a atual regra só foi criada porque o processo de liberações comerciais de transgênicos passou a exigir, por iniciativa do Ministério Público, “monitoramento” das aprovações. “Senão não poderia liberar”. Colli afirma que a resolução “está errada” e que “dá responsabilidade a quem não tem obrigação, interfere na cadeia onde não temos direito”. “Isso cai em qualquer instância da Justiça”.

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