Arquivo do dia: novembro 30, 2009

Prêmio para pior descrição sexual

Jonathan Littell, vencedor do importante prêmio Goncourt em 2006 pelo livro “As Benevolentes”, ganhou outra condecoração pela mesma obra — o Bad Sex Awards, pela pior descrição sexual do ano.

O prêmio anual foi disputado desta vez pelos pesos-pesados Philip Roth por “The Humbling”, John Banville por “The Infinites” e Paul Theroux por “A Dead Hand”.

Os juízes elogiaram o que chamaram de romance “ambicioso e impressionante” de Littell, que foi originalmente publicado em francês.

“É em parte a obra de um gênio”, disseram.

“No entanto, uma passagem inspirada na mitologia e frases como ‘eu gozei de repente, em um jorro que esvaziou minha mente como uma colher raspando o interior de um ovo cozido’ deram o prêmio (Bad Sex Awards) às Benevolentes. Esperamos que Littell o receba com bom humor”.

Littell não deve comparecer à cerimônia de premiação em Londres.

O prêmio foi criado por Auberon Waugh em 1993. Seu objetivo é chamar a atenção para “passagens de descrição sexual cruas, sem gosto e frequentemente negligentes nos romances contemporâneos”, assim como desencorajá-las.

Mike Collett-White

Anabolizante pode ter matado adolescente

Imagem meramente ilustrativa

O uso de anabolizantes pode ter provocado a morte da adolescente Jennyffer Sthefane da Silva Ramalho, de 16 anos. Ela morreu na madrugada de anteontem, quatro dias após ter passado mal em um estúdio de tatuagem em Osasco, na Grande São Paulo.

A polícia investiga se o mau súbito foi causado por uma injeção anestésica, aplicada pelo tatuador, ou pelo uso de anabolizantes, conforme suspeita da família da garota.

Na terça-feira, a adolescente procurou Fernando Paulo Corrêa, de 34 anos, conhecido como Bruca, para concluir a tatuagem de um dragão. Jennyffer se sentiu mal, foi ao banheiro do estúdio três vezes e desmaiou.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi ao local e constatou que a jovem sofrera uma parada cardiorrespiratória. Os médicos a reanimaram e a levaram ao Hospital Central de Osasco.

No hospital, a menor apresentou mais duas paradas, que foram revertidas. O superintendente da unidade, Evandro Ruck, contou que ela passou a ser mantida viva respirando com a ajuda de aparelhos e medicamentos. Anteontem, o serviço neurológico a submeteu a nova avaliação e constatou anoxia (falta de oxigenação) cerebral grave. Ou seja, morte cerebral.

Segundo Ruck, não havia a presença de lidocaína no corpo da paciente, o que, a princípio, retira a possibilidade de ela ter sido anestesiada. A família decidiu doar os órgãos da jovem. Na madrugada de ontem, uma equipe do Hospital das Clínicas, da capital, esteve no hospital e captou coração, pulmões, fígado, pâncreas, rins e córneas da garota.

Suspeitas
Inicialmente, a polícia cogitou a possibilidade de a jovem ter sido anestesiada no estúdio de tatuagem, causando arritmia cardíaca. Corrêa negou. “Pela lei, só um médico pode anestesiar. Não trabalho com anestesias”, disse ao Jornal da Tarde, chorando. Segundo ele, Jennyffer estava ansiosa e saiu para ir ao banheiro e fumar várias vezes.

“Nós nos conhecíamos havia seis meses. Ela dizia que tinha 20 anos. Não aparentava ter 16.” Amigos em comum confirmaram ao tatuador que ela estava consumindo anabolizantes havia algum tempo. Corrêa será averiguado pela Polícia Civil. A família acredita na versão do tatuador.

Jennyffer era criada pela avó materna, Cezarina Augusta da Silva, de 67 anos. As duas moravam em um apartamento na Praia Grande desde fevereiro de 2007, após deixarem a cidade mineira de Governador Valares. Os pais da garota, Andrenes Augusta da Silva e Ailton Ramalho dos Santos, eram separados. A mãe se mudou para os EUA e casou-se novamente.

Jornal da Tarde.

Roqueiro pede desculpas por cantar hino nazista

O roqueiro britânico Pete Doherty ( drogadito, ex-Kate Moos) pediu desculpas nesta segunda-feira depois de ter sido vaiado num show em Munique por cantar o hino nazista “Deutschland, Deutschland ueber alles.”

O incidente com Doherty, vocalista da banda Babyshambles, ocorreu no sábado num show organizado pela rádio Bayerischer Rundfunk, em Munique, e transmitido ao vivo.

Depois das vaias, uma apresentadora pediu que ele deixasse o palco, e ele atirou o microfone nela, segundo relato do jornal local TZ na segunda-feira. A rádio Bayerischer Rundfunk pediu desculpas.

“Ele estava alheio à controvérsia cercando o hino nacional alemão e se desculpa profundamente se causou alguma ofensa”, disse uma assessora de imprensa de Doherty em nota divulgada no site da emissora britânica Sky News.

O hino alemão é usado desde 1922, mas seu primeiro verso — com o refrão “Deutschland, Deutschland ueber alles”, ou “Alemanha, Alemanha acima de tudo” — foi abandonado depois da 2a Guera Mundial, por causa da sua conotação nazista.

Desde 1952, tem sido usada a terceira estrofe — “Einigkeit und Recht und Freiheit,” ou “Unidade, Justiça e Liberdade.”
Erik Kirschbaum

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