Arquivo do dia: outubro 30, 2009

Servidora do gabinete de senadora mora nos EUA

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O gabinete da senadora Serys Slhessarenko (PT-MT) tem uma funcionária que mora há quase dois anos a muitas milhas de distância do Brasil – mais precisamente em Bethesda, cidade satélite de Washington.

Solange Amorelli (na foto acima) foi admitida como servidora do Senado em 1988. Casou-se mais tarde com um diretor do Banco Mundial e se mudou para os Estados Unidos.
Ganha salário em torno de R $ 12 mil. Ela continuou a recebê-lo mesmo sem comparecer ao seu local de trabalho – fora o pagamento de horas extras a que têm direito os demais servidores do gabinete.
Ela não foi autorizada pelo Senado a morar no exterior.

Ela é casada com um diretor do Banco Mundial, tem casa numa cidade satélite de Washington e filho matriculado em escola de lá. E, no entanto, continua recebendo salário do Senado e tem direito até a horas extras. Quando senadores visitam Washington, ela costuma ciceroneá-los a pedido de Serys.
A cada três ou quatro meses, Solange visita o Brasil e passa alguns dias em Brasília.

Ricardo Noblat

Quem é a loira da UNIBAN?

Geisy Arruda: “Só aceitei aparecer publicamente depois de conversar com o advogado da Record. Ele disse que eu poderia esclarecer melhor os problemas se exibisse meu rosto”

 
Eu não tenho dinheiro para pagar um advogado, mas a Record garantiu que vai me ajudar”, disse a estudante Geisy Arruda, de 20 anos, protagonista da confusão na faculdade Uniban.

A jovem explicou que foi orientada por um advogado nos bastidores da emissora a mostrar seu rosto no programa Geraldo Brasil, da Rede Record. A atração foi ao ar no fim da tarde da sexta-feira (30).

“Só aceitei aparecer publicamente depois de conversar com o advogado da Record. Ele disse que eu poderia esclarecer melhor os problemas se exibisse meu rosto”, explicou Geisy.

A jovem disse que voltará a se encontrar com o advogado na tarde da próxima terça-feira (31). Nesta data, ela também pretende voltar às aulas na Uniban.
 Nehemias Domingos de Melo disse que foi convidado pela Record apenas para acompanhar o programa Geraldo Brasil, mas que ao tomar conhecimento da história se prontificou a ajudar a estudante.

Sobre os honorários e custos processuais, Nehemias negou que a Record tenha alguma participação. “Ela é uma jovem de baixa renda. Vamos transferir todos os eventuais custos para o Estado”.

O advogado também confirmou que incentivou a jovem a mostrar seu rosto no programa. “Ela não tem motivos para se esconder. Ela não deve nada a ninguém. Foi uma atitude normal”.

……….

 
leia o Comunicado da faculdade e saiba o que aconteceu

Uma estudante de turismo da Uniban ficou famosa de um dia para o outro, mesmo sem ter seu nome divulgado. Tudo o que se sabe é que ela é loira e precisou sair escoltada por policiais militares num dia comum de aula. A razão era um vestido curto que ela usava.

Vendo aquilo, um grupo de alunos passou a xingá-la e dizer que iria estuprá-la, chamando a atenção de todos os outros estudantes, que começaram a engrossar o coro. O evento aconteceu na semana passada, mas um vídeo publicado na internet há poucos dias fez o assunto cair na mídia (clique aqui para ver).

“Estava uma muvuca no corredor, a maioria das pessoas estava lá gritando, tentando tirar foto da menina. Alguns até filmaram e colocaram no Youtube. As salas são tipo aquário, aí cobriram a sala que a menina estava com algum pano branco ou papel. Tiveram que tampar o vidro porque ficavam mexendo com a menina. Foi de noite, em horário de aula”.

A polícia entrou na sala e ela consegui sair de lá escoltada por cinco policiais, na hora do intervalo. Como eu estava de longe, só vi eles entrando na sala e depois, quando saíram, jogaram bomba de gás pra dispersar os estudantes. Todo mundo que estava lá saiu lacrimejando e tossindo”, contou Gabriella Pinheiro Macedo, aluna de Rádio de TV da faculdade, completando:”só porque a menina estava com uma blusinha para usar com legging (mas sem a legging) não precisava disso tudo.

Não era roupa para ir para a faculdade, mas na balada você encontra coisa pior. Parecia que nunca tinham visto mulher na vida, e todos ficaram fazendo piadinhas e ficavam gritando, chamando a menina de puta, vadia, essas coisas. Ela falou para a coordenação da faculdade que não foi assim para chamar a atenção, que ela só foi assim porque depois ia direto pra balada”.

Hoje pela tarde, a faculdade se pronunciou pela primeira vez, com o seguinte comunicado:

“No dia seguinte ao fato, a Universidade instaurou sindicância para apurar o fato ocorrido no campus ABC. Alunos, professores, seguranças e também a vítima são ouvidos individualmente pela Universidade, que pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o seu Regimento Interno, respeitando-se o contraditório e a ampla defesa. A posição da UNIBAN é de total repúdio a qualquer manifestação de preconceito de gênero e qualquer forma de difamação ou violência.

Cumpre esclarecer que algumas matérias veiculadas estão equivocadas quando se refere ao crime de tentativa de estupro, uma vez que não houve qualquer contato físico nem perseguição à vítima. O que houve foram manifestações verbais de caráter ofensivo.”

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