Arquivo do dia: agosto 17, 2009

Morre o ator Miguel Magno

Miguel Magno, que interpretava a persongem Doutora Percy no programa “Toma lá dá cá”, morreu aos 58 anos na manhã desta segunda-feira (17) no hospital Paulistano, em São Paulo, onde estava internado desde o início de julho. O ator estava tratando um câncer, já havia retirado o baço e estava aguardando o resultado de uma biópsia no fígado, informa a assessoria da Rede Globo.

O corpo do artista foi velado nesta segunda-feira (17) a partir das 18h, no Teatro Bibi Ferreira, na capital paulista.

O último episódio de “Toma lá dá cá” em que o ator participou, o “Répondez S’il Vous Plait”, vai ao ar nesta terça-feira (18).

Nascido no Rio de Janeiro em 28 de março de 1951, Miguel Magno começou sua carreira no teatro, em 1984. Além de ator, ele era autor e diretor. Um dos primeiros papéis de Magno na televisão foi em “Top model”, com o personagem Marvin Gaye, em 1989. A última novela do ator foi “A lua me disse”, onde fazia o papel de Dona Roma.

Magno era conhecido por interpretar mulheres na TV. Além da Doutora Percy e da Dona Roma, o ator chegou a fazer o papel de 11 personagens femininas diferentes na peça “Quem tem medo de Itália Fausta?”. Até no programa “Armação Ilimitada” já apareceu travestido, no papel de Febe Camargo.

No cinema, atuou em “Irma Vap – O retorno” (2006) como o pai de Camila e em “Lara” (2002).

Magno atuou ainda nas novelas “Felicidade” (1991), “Estrela Guia” (2001) e “A Lua Me Disse” (2005). Na Rede Manchete, as produções “Helena” (1987) e “A História de Ana Raio e Zé Trovão” (1990) contaram com o trabalho de Miguel. No SBT, ele esteve em “Dona Anja” (1996) e “Direito de Nascer” (2001).

Em 2008, na Rede Globo, Magno participou da minissérie “Queridos Amigos” e trabalhou também nas séries “Os Normais” (2003) e “A Diarista” (2004).

Dr. Roger Abdelmassih é preso por abuso sexual

A Polícia Civil prendeu nesta segunda-feira (17) o médico Roger Abdelmassih, especialista em reprodução assistida, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP).

A prisão ocorreu por volta das 15h30 na clínica mantida pelo profissional na Avenida Brasil, na Zona Sul de São Paulo. Ele foi levado para a 1ª Delegacia Seccional, na Rua Aurora, no Centro.

A prisão foi decretada pelo juiz Bruno Paes Stranforini, da 16ª Vara Criminal da capital paulista. De acordo com o TJ, a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Estado de São Paulo foi recebida pelo juiz, que instaurou processo criminal para análise das acusações contra Abdelmassih.

O médico foi indiciado em junho pela Polícia Civil, sob suspeita de estupro e atentado violento ao pudor contra suas pacientes.

O advogado José Luis Oliveira Lima, que defende Abdelmassih, confirmou a prisão e disse que vai conceder coletiva à imprensa no fim da tarde na delegacia onde o cliente está detido. Ele não quis adiantar comentários sobre a prisão.

O Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) abriu 51 processos ético-profissionais contra profissional. De acordo com a assessoria de imprensa do Cremesp, a abertura dos processos foi decidida na sexta-feira (7), em reunião plenária do conselho.

Os processos, todos individuais, estão relacionados a cada uma das vítimas que apresentaram denúncia ao Cremesp. Até terça-feira (11), o conselho informou que não tinha informações sobre se o médico foi notificado de cada um dos processos.

Eles foram originados de sindicâncias abertas conforme as pacientes que relataram ter sofrido abusos procuraram o conselho. As vítimas foram encaminhadas pelo Ministério Público durante as investigações do caso.

Na terça-feira, o advogado José Luis Oliveira Lima informou que a transformação das sindicâncias em processos é um movimento normal e que ele e seu cliente estão tranquilos em relação ao andamento dos processos.

Histórico

As investigações começaram a ser feitas no início do ano passado, quando ex-pacientes procuraram o Gaeco, um grupo especial do Ministério Público. A maior parte das pacientes tem idades entre 30 e 45 anos e são de vários estados do país. O relato mais antigo é de 1994 e há outros de 2005, 2006 e 2007. Algumas chegaram a procurar a polícia na época, mas a maioria só se manifestou após ver os relatos na imprensa.

De acordo com a Promotoria, os relatos das pacientes são muito parecidos quanto à forma de abordagem no consultório. Os supostos ataques ocorreriam quando as pacientes estavam voltando da sedação ou até mesmo sem estarem sedadas e em momentos quando não havia outra pessoa na sala. Os promotores tentaram denunciar o médico no ano passado, mas a Justiça não aceitou a denúncia justificando que os promotores não tinham poder para investigar. O caso foi encaminhado para a polícia, naquela ocasião.

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