Em apenas quatro meses, Ney Matogrosso interpretou seu primeiro protagonista no cinema, foi anunciado o vencedor do Prêmio Shell de Música 2009 e terminou de gravar o 33º disco de sua carreira, Beijo Bandido.
O título, faz questão de explicar, foi escolhido antes de receber o convite para ser nas telas o Bandido da Luz Vermelha, na continuação do filme de mesmo nome lançado por Rogério Sganzerla em 1968.
O roteiro do novo longa, Luz nas Trevas – A Volta do Bandido da Luz Vermelha, é assinado pelo próprio Sganzerla, morto em 2004, que deixou centenas de páginas escritas. E rodado pela viúva do diretor, a atriz Helena Ignez, que divide a direção com Ícaro Martins.
A experiência de Ney em cinema era breve: pequenos papéis em dois longas e um curta. Mas, para dar corpo ao personagem inspirado em João Acácio Pereira da Costa (1943-1998), o verdadeiro Bandido, Ney não fez preparação. “A Helena me disse para ser o mais verdadeiro possível, e entendi que era para compreender o texto, como faço com a música: leio muito a letra, quero entender todos os significados, até para subverter, se for o caso, porque, mudando uma vírgula, pode mudar a conotação. Então, li muito o roteiro.”
Apesar da agitação dos últimos meses, Ney está tranquilo e até surpreso com o prêmio. “É bom ter um reconhecimento assim, embora eu viva sem estar preocupado com prêmio.”
Luz nas Trevas, em fase de montagem, tem lançamento previsto para 2010.