Tá no excelente blog do Rafael Pereira “Bombou na Internet” a seguinte nota:
L embram da Felina? Pois ela procurou o Bombou mais uma vez para revelar que… é homem. Um rapaz que diz ser a Felina deu um telefone via MSN e entrei em contato para ouvir mais essa história surreal envolvendo a personagem que apavorou celebridades ao postar vídeos picantes delas em um blog.
O rapaz, que diz se chamar Eduardo (acho que nem ele sabe mais quem é) disse que tinha perdido a vida social, não saía mais do computador e precisava contar a verdade para poder retomar sua vida. Depois da conversa por telefone, Felina (será?) resolveu deixar o telefone de contato no site, e afirma querer “vender uma entrevista”. Para nós, foi de graça. O único custo foi a de uma ligação de quase uma hora para um telefone celular com DDD 18, ou seja, do interior de São Paulo.
A única coisa passível de confirmação nessa história é o fato de que Eduardo, ou qualquer que seja seu nome verdadeiro, mantém controle do blog e do perfil de Felina no Twitter. Pedi uma saudação de confirmação em cada um dos dois endereços virtuais da personagem. Ele deu. Aproveitou para revelar que controla também dois famosos perfis falsos no Twitter: o do modelo Jesus Luz, ex-namorado de Madonna, e o do ator Duda Nagle. Será um hacker? Pode ser.
Enquanto falava ao telefone (imagem acima), o rapaz explicou via webcam como teria enganado os famosos. É simples. Mambembe até. Ele coloca a câmera apoiada em um copo e virada para seu próprio monitor. Depois, abre um vídeo de uma modelo que, por vinte e quatro minutos, aparece simulando um striptease enquanto conversa com alguém no computador. É um vídeo feito justamente para enganar parceiros de bate papo. Ele tem dois vídeos desta mesma modelo, com ela em roupas diferentes. São para conversar com a mesma pessoa duas vezes e não despertar suspeitas. Abaixo, as duas, captadas do MSN de Felina.
Não é convincente? Nem parece uma câmera virada para o monitor.
Para captar a imagem da “vítima”, ele usa outro programa simples, também facilmente encontrado na internet e muito usado para piratear vídeos do YouTube. O software recorta uma parte do monitor para gravar. Quando a pessoa abre a webcam, ele abre o programinha, seleciona o lugar do monitor onde está aparecendo a imagem e – pronto! – grava tudo. Abaixo, o quadrado mais claro do programinha, para colocar o vídeo da vítima, e o programa em si, preto com um botão vermelho.
O rapaz diz que é dono de uma loja de roupas em uma cidade do interior de São Paulo e mora sozinho na própria loja. Tem mãe e irmã, que moram em outro endereço. Ainda segundo ele, as únicas pessoas que sabem de sua identidade secreta são duas amigas. Uma delas, que ele diz se chamar Ana Paula, é quem aparece falando na entrevista que o Bombou publicou há dois meses.
Ele ainda diz que quer revelar “toda a verdade” em um programa de TV. Ainda tem medo, porém, de mostrar seu rosto inteiro. E de falar a cidade onde mora. Ou seja: verdade, pero no mucho.
Quando se trata de Felina, aliás, a verdade nunca foi a tônica. Tornou-se um personagem típico da internet, onde podemos ser quem quisermos. A expressão fake nasceu para identificar perfis falsos. O que Felina fez foi viver a experiência do fake ao extremo – além de passear por alguns artigos dos códigos civis e penais. A única coisa que mudou com ela foi o sexo virtual. Segundo o próprio, depois que os vídeos de celebridades começaram a sair, “ninguém mais quer abrir a câmera”.
O próximo capítulo dessa história surreal, que abalou casamentos e reputações, poderá ser visto logo, ao vivo, em um programa de TV qualquer. Quem dá mais?
Rafael Pereira