O presidente do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, afirmou que a estratégia de crescimento do grupo no Brasil deverá passar pelo desenvolvimento de um veículo totalmente brasileiro.
Para ele, a atual oferta de modelos das duas marcas no Brasil é incompatível com as expectativas de crescimento do grupo, que possui 5% do mercado doméstico, e pretende ampliar essa fatia para pelo menos 10%.
“Estou reconhecendo que a oferta de carros que temos hoje é incompatível com uma participação de mercado de 10% ou 20%. Temos que ampliar nossa oferta, com carros de diferentes tipos”, destacou Ghosn, que participou de palestra promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil, no Rio de Janeiro.
Segundo ele, o grupo não cresceu mais no país por falta de um carro pequeno, barato, nacional e integrado. “Você não pode ter grande presença no Brasil com carro importado”, afirmou.
Em 2008, o grupo Renault-Nissan foi o terceiro no mundo em termos de venda. “Como podemos ser o terceiro do mundo e ter apenas 5% do mercado brasileiro”, questionou Ghosn.
O presidente da Renault-Nissan, no entanto, evitou falar em prazos para atingir as metas e também não quis revelar quando poderá ser produzido o veículo com projeto desenvolvido totalmente no Brasil.