Telefônica informou nesta segunda-feira por meio de nota que a proibição da venda do Speedy – serviço de internet banda larga – pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) não irá afetar os usuários do serviço. Mais cedo, o órgão fiscalizador publicou uma ordem no Diário Oficial da União proibindo a comercialização. Não há informações sobre os prejuízos da empresa com a medida.
Segundo o comunicado, a empresa “não tem conhecimento dos termos do processo em trâmite na Anatel e ainda não recebeu cópia de seu informe e da fundamentação do ato”. Por meio da assessoria de imprensa, a Anatel informou que a publicação no Diário Oficial já é uma notificação pública. No despacho, o órgão afirma que a decisão é baseada nas reclamações dos usuários e as falhas do serviço.
A multa no caso de descumprimento da decisão é de R$ 15 milhões e de R$ 1.000 para cada venda. A agência informou que não há um prazo determinado para a suspensão da venda, mas que a ordem irá vigorar até a empresa apresentar alguma medida efetiva de regularização do serviço.
A Telefônica terá até 30 dias – a contar desta segunda-feira – para apresentar um plano para a área a fim de melhorar o serviço e o atendimento dos usuários. A empresa terá ainda que apresentar um cronograma para a implantação do serviço.
No último dia 8, o serviço ficou suspenso em São Paulo e na ocasião a Telefônica informou que a empresa havia sido alvo de hackers que teriam tido acesso ao sistema e derrubado o serviço. No dia seguinte, além do problema no speedy, dezenas de usuários reclamaram ter ficado sem telefone na Grande São Paulo, litoral e outras cidades.
Segundo a consultoria Teleco, a empresa possui 2,6 milhões de usuários no Estado de São Paulo e no primeiro trimestre foram feitas cerca de cem mil novas assinaturas.