Morre Frei Rovílio patrono da Feira do livro


Patrono da 51ª Feira do Livro de Porto Alegre, em 2005, Frei Rovílio Costa, 74 anos, morreu na manhã deste sábado em Porto Alegre. O corpo do frade capuchinho e sacerdote foi encontrado em sua casa. Ele provavelmente foi vítima de um infarto.

O velório está programado para as 14h deste sábado no Convento dos Capuchinhos (Rua Paulino Chaves, 291, Bairro Santo Antônio). A missa ocorre amanhã, às 10h, na Igreja Santo Antônio (Rua Luiz de Camões, 35, Bairro Partenon), seguida do enterro no cemitério do Convento dos Capuchinhos.

Licenciado em Filosofia e Pedagogia, Mestre em Educação e Livre Docente em Antropologia Cultural, Frei Rovílio Costa era um dos maiores pesquisadores e editores de livros sobre a imigração no Rio Grande do Sul. S.

Escreveu mais de 20 livros e, na direção da EST Edições, o Frei das Letras promoveu, desde 1973, a publicação de mais de 2 mil títulos, envolvendo mais de 3 mil autores, que recontam a história da imigração italiana (a sua própria origem), a da alemã (nacionalidade do único pastor luterano que morava na Veranópolis em que cresceu) e judaica (como o médico que tratava de sua família). Nos últimos anos, dedicou-se à escravidão negra (como negros eram os tropeiros que tiravam pouso na casa de seu pai).

Escreveu uma série de histórias para o jornal Correio Rio-Grandense, de Caxias do Sul, material nunca publicado. Anos mais tarde, com base em suas notas, Frei Rovílio lançaria um dos livros clássicos sobre a colonização: Imigração Italiana: Vida, Costumes e Tradições.

— Documentos, registros, nomes e datas são o esqueleto da história. O que precisamos é preencher o máximo possível esse esqueleto com a carne do relato cotidiano — comentava o frade.

ZH

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Comentários

  • andrea godoy  On maio 27, 2011 at pm:28 pm

    são pessoas assim que fazem história.
    enchem a família de orgulho e o mundo AGRADECE.

    parabéns pela bela jornada…

  • paulo massolini  On junho 19, 2009 at am:51 am

    Rovilio era u homem e um religioso alem do seu tempo. Sua ousadia ia alem da Ordem dos Capuchinhos porque ele sabia o que era importante. Convivi com Rovilio ,em especial debatendo a cultura italiana. Fui coordenador da comissao que unificou a grafia do TALIAN,e muito aprendi com Ele . Lamento que Rovilio nao estara presente quando a nossa vera lengoa se tornar
    Patrimonio Cultural do Brasil. PAULO MASSOLINI

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