Pelo menos 5.371 funcionários aderiram ao programa de demissões voluntárias (PDV) aberto pela Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) e serão dispensados a partir do dia 1º de junho.
O custo do PDV alcançará R$ 351 milhões, mas a estatal prevê que essa despesa terá sido amortizada em 11 meses. O prazo para as adesões terminou na sexta-feira.
Hoje os Correios têm uma folha salarial que chega a R$ 6 bilhões (com encargos) e foi inchada pela greve dos carteiros de 2008, que culminou na concessão de um adicional de risco 30% nos salários da categoria, além de abono de R$ 260 a 16 mil funcionários.
A economia a ser feita com o PDV praticamente reverte o aumento da folha provocado pelos reajustes salariais do ano passado, que foi estimado em cerca de R$ 380 milhões.
A ECT tem 115 mil empregados em todo o país, na rede própria, desconsiderando trabalhadores de agências franqueadas – sem vínculo empregatício com a estatal.
Em 2007, deixando para trás a tendência de resultados desfavoráveis, os Correios voltaram ao azul. No ano passado, registraram pelo segundo período consecutivo lucro com as atividades postais, que chegou a R$ 120 milhões.
Os seguidos desempenhos positivos chamaram a atenção de empresas de outros países, estatais e privadas. A USPS, Correio dos Estados Unidos, que é uma empresa pública, demonstrou forte interesse no “Exporta Fácil”, um dos serviços mais bem-sucedidos da estatal brasileira, que permite a exportação de produtos com valor de até US$ 50 mil.
Daniel Rittner