O Denatran vai cadastrar todos os carros diplomáticos e logo esses veículos serão sujeitos a multa como quaisquer outros.
Até o ano passado, os responsáveis pelos veículos com placas azuis escapavam de multas, devido ao principio de imunidade do agente diplomático. O resultado é que os motoristas deitavam e rolavam e as multas iam para o Itamaraty.
No ano passado, foram mais de cinco mil notificações.
Atualmente, nenhum órgão de trânsito do governo — seja federal ou local — tem o controle sobre quantos veículos com placas azuis e brancas circulam pelo país. Segundo o Itamaraty são 1.289 só no DF. A falta de informações e a imunidade diplomática são entraves para a repressão às irregularidades cometidas nas vias.
Dos 30 flagrantes registrados por mês no DF, 90% são por equipamentos eletrônicos. Ou seja, o motorista trafegava em alta velocidade ou avançou o sinal. O auto de infração é o primeiro ato para multar um infrator de trânsito. Mas para os representantes de países estrangeiros no Brasil, é um papel sem qualquer valor.
Os poucos autos emitidos pelo Detran chegam ao Ministério das Relações Exteriores com um ofício. E a história acaba aí ou às vezes o Itamaraty redige um documento “formal e com cuidado” e entrega para o embaixador ou cônsul informando sobre a infração e recomendando que se evitem novos casos, além de ressaltar a necessidade de respeito à lei brasileira.