Nas eleições presidenciais de 2014, os eleitores poderão votar em qualquer cidade em que estiverem. A previsão é do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, que ontem apresentou ao presidente Lula projeto de aperfeiçoamento do sistema de votação. Estão em processo de estudos a confecção de um cartão eletrônico com chip e a ampliação no número de urnas que reconhecem o eleitor pela digital.
Ayres Britto disse que pediu a Lula R$ 250 milhões para a compra neste ano de 100 mil urnas eletrônicas biométricas. Atualmente, o TSE tem informações biométricas de 43 mil eleitores nos Estados de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rondônia.
A meta é chegar a 4 milhões nas próximas eleições e ultrapassar 130 milhões em seis ou oito anos, o que atingiria praticamente a totalidade do eleitorado.
Ayres Britto relatou ainda que o cartão eletrônico, com chip, permitirá ao eleitor votar em trânsito. Não será mais preciso justificar o voto.
O ministro explicou que o chip poderá incluir também dados das carteiras de identidade, de motorista e previdenciária e outros documentos do brasileiro.
O presidente do TSE observou que a Polícia Federal já trabalha num projeto de registro único e que o tribunal fará um convênio com a PF para agilizar e facilitar a mudança. “Isso significa mais um passo para a autenticidade do processo democrático.”
Os ex-camelôs de Porto Alegre, vão fazer pesquisa de mercado, com estilista, em SP
Quem imaginava que o Camelódromo de Porto Alegre ( foto) seria apenas um depósito de 830 camelôs, é porque não conhecia a seriedade com que é conhecido em na cidade de Erexim o grupo Verdi, empreendedor do CPC.
O Camelódromo já é um sucesso por si mesmo: 1) o miolo central de Porto Alegre mudou de cara (agora tem cara de cidade) pela primeira vez em 50 anos. 2) os camelôs adeririram em massa ao mercado formal e vendem bem. A novidade é a viagem que algumas centenas de lojistas farão neste final de semana. Eles irá até a 25 de Março, o paraíso dos compristas, mas também percorrerão pontos que são referências de moda.
Tudo com direito à companhia da estilista Isabela Tonin. A viagem organizada pelo grupo Verdi tem o objetivo de qualificar os novos lojistas, os ex-camelôs, o que garantirá o êxito de todos e a sustentabilidade do CPC.
O Camelódromo de Porto Alegre foi imaginado, construído e entregue durante a administração do prefeito José Fogaça. A prefeitura não investiu na obra, que custou R$ 25 milhões à concessionária Verdi.
O jornalista Leandro Fortes, da revista Carta Capital, escreveu uma carta aberta aos jornalistas brasileiros denunciando a prática de censura por parte do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Segue a íntegra da carta:
No dia 11 de março de 2009, fui convidado pelo jornalista Paulo José Cunha, da TV Câmara, para participar do programa Comitê de Imprensa, um espaço reconhecidamente plural de discussão da imprensa dentro do Congresso Nacional. A meu lado estava, também convidado, o jornalista Jailton de Carvalho, da sucursal de Brasília de O Globo. O tema do programa era a reportagem da revista Veja, da semana anterior, com as supostas e “aterradoras” revelações contidas no notebook apreendido pela Polícia Federal na casa do delegado Protógenes Queiroz, referentes à Operação Satiagraha.Vale dizer que Jailton e eu somos repórteres veteranos na cobertura de assuntos de Polícia Federal, em todo o país. Razão pela qual, inclusive, o jornalista Paulo José Cunha nos convidou a participar do programa. Nesta carta, contudo, falo somente por mim.
Durante a gravação, aliás, em ambiente muito bem humorado e de absoluta liberdade de expressão, como cabe a um encontro entre velhos amigos jornalistas, discutimos abertamente questões relativas à Operação Satiagraha, à CPI das Escutas Telefônicas Ilegais, às ações contra Protógenes Queiroz e, é claro, ao grampo telefônico – de áudio nunca revelado – envolvendo o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, e o senador Demóstenes Torres, do DEM de Goiás.
Em particular, discordei da tese de contaminação da Satiagraha por conta da participação de agentes da Abin e citei o fato de estar sendo processado por Gilmar Mendes por ter denunciado, nas páginas da revista Carta Capital, os muitos negócios nebulosos que envolvem o Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), de propriedade do ministro, farto de contratos sem licitação firmados com órgãos públicos e construído com recursos do Banco do Brasil sobre um terreno comprado ao governo do Distrito Federal, à época do governador Joaquim Roriz, com 80% de desconto (abaixo, um dos trechos do programa que incomodou o presidente do STF).
O programa foi colocado no ar, dentro de uma grade de programação pré-agendada, ao mesmo tempo em que foi disponibilizado na internet, na página eletrônica da TV Câmara. Lá, qualquer cidadão pode acessar e ver os debates, como cabe a um serviço público e democrático ligado ao Parlamento brasileiro. O debate daquele dia, realmente, rendeu audiência, tanto que acabou sendo reproduzido em muitos sites.
Qual foi minha surpresa ao ser informado por alguns colegas, na quarta-feira passada, dia 18 de março, exatamente quando completei 43 anos (23 dos quais dedicados ao jornalismo), que o link para o programa havia sido retirado da internet.
Apurar o evento, contudo, não foi muito difícil: irritado com o teor do programa, o ministro Gilmar Mendes telefonou ao presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer e pediu a retirada do conteúdo da página da internet e a suspensão da veiculação na grade da TV Câmara. O pedido de Mendes foi prontamente atendido. Sem levar em conta o ridículo da situação (o programa já havia sido veiculado seis vezes pela TV Câmara, além de visto e baixado por milhares de internautas), esse episódio revela um estado de coisas que transcende, a meu ver, a discussão pura e simples dos limites de atuação do ministro Gilmar Mendes.
Diante desta submissão inexplicável do presidente da Câmara dos Deputados e, por extensão, do Poder Legislativo, às vontades do presidente do STF, cabe a todos nós, jornalistas, refletir sobre os nossos próprios limites.
Na semana passada, diante de um questionamento feito por um jornalista do Acre sobre a posição contrária do ministro em relação ao MST, Mendes voltou-se furioso para o repórter e disparou: “Tome cuidado ao fazer esse tipo de pergunta”. Como assim? Que perguntas podem ser feitas ao ministro Gilmar Mendes? Até onde, nós, jornalistas, vamos deixar essa situação chegar sem nos pronunciarmos, em termos coletivos, sobre esse crescente cerco às liberdades individuais e de imprensa patrocinados pelo chefe do Poder Judiciário? Onde estão a Fenaj, e ABI e os sindicatos?
Apelo, portanto, que as entidades de classe dos jornalistas, em todo o país, tomem uma posição clara sobre essa situação e, como primeiro movimento, cobrem da Câmara dos Deputados e da TV Câmara uma satisfação sobre esse inusitado ato de censura que fere os direitos de expressão.
Sem mais, faço valer aqui minha posição de total defesa do direito de informar e ser informado sem a ingerência de forças do obscurantismo político brasileiro, apoiadas por quem deveria, por dever de ofício, nos defender.
Foram enviadas cópias desta carta para Sérgio Murillo de Andrade, presidente da Federação Nacional de Jornalistas (Fenaj); Maurício Azedo, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI); e Romário Schettino, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal (SJPDF)
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, afirmou nesta quinta-feira (19) que os concursos públicos já autorizados para este ano serão mantidos. Os demais, previstos mas ainda não aprovados, serão negociados com os ministérios caso a caso.
Nesta categoria ainda não confirmada estão seleções como as da Polícia Federal e da Receita Federal, que estavam previstas para este ano, mas que ainda aguardam autorização do Planejamento.
Entretanto, os concursos federais já autorizados pelo Ministério do Planejamento para vagas efetivas no governo federal, e cujos editais devem ser publicados nos próximos meses, somam mais de 6,1 mil vagas.
De acordo com Bernardo, mesmo com a manutenção dos já autorizados, haverá atraso na abertura dos concursos e na posse dos aprovados. Pela lei, a partir da aprovação por meio de portaria no “Diário Oficial da União”, o prazo para publicação do edital é de, no máximo, seis meses.
VEJA LISTA DE CONCURSOS AUTORIZADOS PARA VAGAS EFETIVAS QUE AGUARDAM EDITAL
Órgão Vagas Escolaridade
Banco Central 20 Nível superior
Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes 100 Nível superior
Escola Nacional de Administração Pública 45 Não informado
Fundação Nacional de Saúde 419 Nível médio e superior
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 279 Nível médio e superior
Ministério da Educação (1) 3.826 Nível médio e superior
Ministério da Educação (2) 290 Nível médio e superior
Ministério da Integração Nacional 293 Nível médio e superior
Ministério da Justiça 450 Nível médio e superior
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (1) 100 Nível superior
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (2) 287 Nível médio e superior
O órgão com maior número de vagas efetivas autorizadas é o Ministério da Educação, com 4.116. Destes, 3,8 mil vagas são para universidades federais ou institutos tecnológicos.
Segundo o ministério, cada instituição é responsável pela publicação dos editais.
Até 2014, todos os veículos zero-quilômetro vendidos no País, nacionais e importados, precisarão ter air bag para o motorista e o passageiro dianteiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que determina a obrigatoriedade, publicada ontem no Diário Oficial da União.
Hoje, só 4,7% da frota nacional tem o equipamento, uma bolsa que se infla em caso de colisões frontais e evita o choque direto das pessoas com o painel ou vidro do veículo.
Pela nova lei, o air bag será exigido num prazo de um ano para carros de modelos que forem lançados pelas fábricas e de cinco anos para carros zero-quilômetro de modelos já existentes.
A exigência será regulamentada pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que nas próximas semanas começará a discutir detalhes sobre especificações técnicas. O acessório já constava em uma primeira versão do Código de Trânsito Brasileiro, mas sua obrigatoriedade foi retirada do texto em 1997, pela Comissão Especial da Câmara que redigia o CTB.
O projeto não sofreu vetos durante a tramitação, mas o governo não acenou para a possibilidade de conceder incentivos fiscais para a produção do equipamento, medida aguardada por representantes do setor. Representantes das montadoras reclamaram que a instalação do equipamento aumentaria em cerca de 10% os custos dos veículos.
Hoje, o preço do conjunto do air bag frontal fica entre R$ 1,5 mil e R$ 2,5 mil, dependendo do carro. Para empresas do setor de autopeças, com maior de produção é possível que, em 2012, o preço já tenha caído à metade, para algo entre R$ 700 e R$ 800.
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, anunciou nesta quinta-feira a nacionalização de uma das maiores instituições financeiras do país, o Banco da Venezuela, que pertence ao grupo espanhol Santander.
Em meio à crise financeira internacional, que tem afetado a economia do país com a abrupta queda do preço do petróleo, o presidente venezuelano afirmou que não retrocederia na decisão tomada no ano passado.
“Não, nada para trás. Hoje retomamos o tema, anuncio a nacionalização do Banco da Venezuela para dar mais força ao sistema bancário público nacional”, afirmou o presidente durante uma reunião ministerial transmitida pelo canal estatal.
No ano passado, Chávez adiantou que pretendia transformar a rede do Banco da Venezuela, com sucursais em todo o país, em uma versão venezuelana da Caixa Econômica Federal.
O grupo Santander estaria exigindo o equivalente a US$ 1,2 bilhão, mas a oferta do governo era de US$ 800 milhões.
O Banco da Venezuela é uma das principais instituições do sistema financeiro do país e conta com pelo menos US$ 700 milhões investidos em operações na Venezuela.
Esta medida se soma a outras que o governo venezuelano vêm tomando nas últimas semanas, após prometer “aprofundar” a revolução bolivariana.
Há duas semanas, o governo retomou as expropriações de terras consideradas ociosas e determinou a estatização da produção de arroz da multinacional norte-americana Cargill.
As estatizações dos setores considerados estratégicos, porém, ocorrem desde 2007.
A partir deste período, foram nacionalizadas as companhias de telecomunicações e de eletricidade, a faixa petrolífera do rio Orinoco, a maior indústria siderúrgica do país e três empresas de cimento.
Em todos os processos, o governo pagou pela aquisição das empresas.
Com mais de 50 anos, a revista Playboy, tradicionalmente impressa, se rende à internet. Foi lançado durante a conferência MIX09, da Microsoft, um site que disponibiliza online e gratuitamente todas as publicações entre 1954 e 2007, válidas apenas para a versão americana.
Chamado de Playboy Archive, o portal vem ao ar por meio de uma parceria entre a marca e a Microsoft. Os arquivos só poderão ser conferidos por quem utiliza a plataforma Silverlight para navegação.
Segundo o comunicado oficial de lançamento, as edições aparecerão do mesmo modo que as versões originais. “Leitores e fãs podem ir online e navegar, buscar e ler as edições antigas da revista… cada edição no arquivo da web aparece do mesmo modo – incluindo anúncios – que a versão original da Playboy“, diz o comunicado .
Esta não é a primeira decisão da Playboy na tentativa de se atualizar com novas mídias. No Brasil a empresa anunciou a distribuição de conteúdo erótico para o celular, com duração de 45 segundos.
O famoso pôster de campanha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de autoria do artista de rua de Los Angeles Shepard Fairey, foi o vencedor do prêmio de design britânico Brit Insurance Design Award 2009
O retrato de Obama em vermelho, branco e azul venceu outros 90 concorrentes e foi escolhido como o design mais inovador e avançado dos últimos 12 meses. O prêmio foi anunciado no Museu do Design de Londres.
Fairey é um famoso artista de rua dos Estados Unidos, com um estilo de trabalho parecido com o da propaganda. O artista criou uma série limitada desta imagem para vender em 2008 e divulgar a campanha presidencial do então candidato Barack Obama.
A imagem não se restringiu apenas ao cartaz, sendo reproduzida e transformada em adesivos e camisetas nos Estados Unidos.
Ao receber o prêmio na cerimônia no Museu do Design, Farey agradeceu aos jurados e falou sobre como surgiu a ideia para o trabalho. “O pôster foi criado como uma ferramenta para a campanha de Obama e estou muito honrado com o fato de ele ter sido reconhecido pela criatividade e contribuição ao design gráfico, especialmente entre todos os outros incríveis indicados em várias outras disciplinas”, afirmou
O cartaz de Obama foi indicado pelo especialista em design britânico Patrick Burgoyne para o prêmio na categoria de artes gráficas. O cartaz se transformou em uma espécie de testamento do sucesso da campanha presidencial de Obama, além de ser um símbolo histórico.
“Parece ser uma das imagens determinantes da campanha presidencial dos Estados Unidos além de ser um exemplo de como os designers podem se envolver em campanhas políticas de uma forma expressiva — as vendas deste pôster arrecadaram mais de US$ 400 mil”, afirmou Patrick Burgoyne.
“O pôster de Obama é uma lembrança do impacto do design em nossas vidas diárias. O cartaz se transformou em um símbolo internacional da história recente”, disse Deyan Sudjic, diretor do Museu do Design de Londres.
O pôster de Obama, junto com os vencedores de outras categorias como arquitetura, moda, mobília e produto, ficarão em exposição no Museu do Design de Londres até o dia 14 de junho de 2009.
No dia em que completou dois meses na Casa Branca, o presidente Barack Obama já anunciou contrato de venda de suas memórias – futuras, claro – no cargo político mais importante do globo.
Obama acertou o acordo com o grupo Crown Publishing, uma divisão editorial da Random House Mondadori e a mesma editora que publicou seus dois livros anteriores – até agora com receita milionária.
‘Obama: os sonhos de meu pai. Uma história de raça e herança, foi lançado em 1995, e A audácia da esperança: como restaurar o sonho americano, em 2006, já renderam ao novo presidente cerca de US$ 2,5 milhões, a título de participação na receita.
CONTRATOS MILIONÁRIOS
O valor do novo contrato não foi divulgado, mas certamente não é pouco.
Bill Clinton, por exemplo, recebeu US$ 12 milhões – só de adiantamento – por sua auto-biografia, da editora Alfred A. Knopf.
O ex-primeiro-ministro inglês Tony Blair embolsou US$ 9 milhões da Random House por suas histórias.
E Alan Greenspan, presidente do FED, recebeu US$ 8 milhões da editora Penguin Press, do grupo Pearson. Foi o mesmo valor pago para Hillary Clinton, pela Simon & Schuster.