Com enredo sobre a origem do tambor, o Salgueiro venceu na tarde desta quarta-feira (25) o Carnaval carioca, com 399 pontos. Em segundo lugar ficou a Beija-Flor, com um ponto atrás da campeã. Na seqüência vieram Portela, Vila Isabel e Grande Rio.
Nos quesitos alegoria e adereços, fantasias, samba-enredo e comissão de frente, o Salgueiro somou o máximo de notas 10. A vice-campeã Beija-Flor, que em 2008 havia vencido o Carnaval do Rio, somou o máximos de notas 10 nos quesitos fantasias, samba-enredo — o da escola abordou a origem do banho — e conjunto.
A Império Serrano, com 390,70 pontos, cai para o Grupo de Acesso. A escola havia subido para o Grupo Especial neste Carnaval. Na avenida, a Império resgatou samba-enredo de 1976, cantando o fascínio do homem pelo mar.
Única escola penalizada, a Porto da Pedra — que ficou em 10º lugar — perdeu 0,1 ponto devido a um problema no carro abre-alas.
O desfile da campeã
A batida do tambor foi homenageada no desfile do Salgueiro, que apresentou um enredo que empolgou o público na Sapucaí. Além da importância do instrumento no samba, o desfile mostrou batuques usados em festas, músicas e rituais de diferentes povos — fazendo diversas referência em especial aos povos africanos.
Na comissão de frente, homens com o instrumento nas mãos dançaram ao lado de um tambor gigante. O abre-alas apresentou grandes tambores em vermelho e branco, cores oficiais da escola, girando no topo. Bem iluminado, o carro mostrava acrobacias do grupo Intrépida Trupe sobre uma cama elástica.
Um dos usos do tambor apareceu em alas e alegoria que simbolizavam a descoberta de materiais como o tronco para produzir o batuque, nos tempos pré-históricos. No carro “Essência Ritual”, homens das cavernas, tigre, antílope e outros bichos procuravam mostrar o uso de peles de animais para fazer o tambor.
O uso místico por diferentes povos foi aparecendo em seguida, colorindo a avenida em alas como “Xamãs”. Integrantes com chapéus com plumas verdes e laranjas e a “Marcha dos Samurais”, em tons roxos e dourados, lembraram o uso dos tambores no Oriente.
Já para mostrar o tambor nas festas populares, carros sobre o bumba meu boi e o “Batuque nas Ruas” encheram a avenida de cores. Este último teve como destaque o músico Carlinhos Brown.
Além das alegorias, chamaram a atenção a rainha da bateria Viviane Araújo — que também desfila em São Paulo pela Mancha Verde e que arriscou tocar um tamborim (foto ) na Sapucaí — e Sabrina Sato, sambando em frente ao grupo Olodum.
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