Arquivo do dia: fevereiro 23, 2009

Yeda Crusius solteira não comenta separação

O casamento da governadora Yeda Crusius e do economista e professor Carlos Augusto Crusius chegou ao fim.

Foram mais de 38 anos de união.

No dia 22 de janeiro, os dois tiveram um confronto público numa reunião do primeiro escalão na qual foi discutida uma nova marca para o governo. Seguiu-se a dissolução do Conselho de Comunicação do governo, presidido por Crusius, e seu afastamento da administração.

O casal já morava em casas separadas – ela na residência da Vila Jardim, ele no apartamento de Petrópolis que compartilhavam até pouco depois da eleição -, mas nunca admitiram a separação.

De Canela, onde passa o Carnaval, Yeda mandou dizer pela assessoria que “isso é assunto da vida privada” e que trata apenas das questões de governo.

Nas últimas semanas, multiplicaram-se os indícios de que a parceria se rompeu. Integrantes do governo e amigos passaram a admitir em público o fim do casamento.  Os dois participavam juntos de compromissos sociais. No dia 19 de dezembro, dançaram em frente à Praça da Matriz (foto) ao som da Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Ospa).

A identidade do governo foi estopim da ruptura pública Depois do incidente na reunião de janeiro, em que Crusius contestou o trabalho do GAD Design – encomendado a sua revelia -, as relações do primeiro-casal mudaram para pior.  O consultor  Luciano Deos propôs o adjetivo “diferente” como pilar da nova marca do governo. Crusius pediu a palavra e, de forma enérgica, disse que os ex-governadores Olívio e  Rigotto também podiam ser considerados diferentes. A atitude surpreendeu secretários, que defenderam a proposta. Crusius reagiu, mas Yeda o interrompeu: – Não, não e não. O que é isso? Não tem réplica nem tréplica. O assunto está encerrado. Se não há consenso, vamos discutir melhor fora daqui.

Em consequência, Yeda extinguiu o conselho, e Crusius perdeu o cargo.

Na condição de presidente do Conselho de Comunicação, Crusius ficava no lugar reservado às autoridades e era anunciado pelo cerimonial junto com os secretários. Nas últimas posses, tem participado discretamente, como qualquer convidado.

Na última, a de Berfran Rosado na Secretaria do Meio Ambiente, no dia 17, sentou-se na área reservada aos jornalistas. Estava abalado com a morte do ex-assessor Marcelo Cavalcante. Horas depois, encaminhou a companheiros do PSDB uma carta na qual culpava a oposição pela morte de Cavalcante.

No Piratini, a carta – embora de caráter pessoal – foi considerada um equívoco, à medida que politizava um episódio que o governo optara por tratar com discrição. A governadora teria ficado irritada com o conteúdo da mensagem.

Crusius teve papel fundamental na campanha de 2006, na montagem do governo e no primeiro ano da administração. Era considerado um dos ideólogos do governo.

Morre a Ex-BBB que tinha câncer

Nota atualizada em 23.03.2009

Jade morreu em casa, neste domingo, ao lado do marido e seus dois filhos, de quatro e cinco anos, ambos de um casamento anterior.
O câncer de Goody, porém, conseguiu gerar comoção nacional e provocou mudança de comportamento na mídia britânica sobre a trajetória de Goody.

Jade e o marido, Jack Tweed, se beijam a caminho de casa no último dia 21

Quando surgiu na TV em 2002, ao participar do “Big Brother” britânico, Goody era um prato cheio para os tabloides. No programa, seus frequentes deslizes rendiam enormes manchetes aos jornais sensacionalistas, que não poupavam para ela adjetivos como vil, irresponsável, selvagem, cafona e suburbana, para ficar nos termos mais leves.

Por seis anos, a obstinada determinação de Goody em aparecer, seja nos próprios tabloides, em programas de fofoca na TV, DVDs (com dicas de

ginástica ou receitas de cozinha) e até mesmo em duas autobiografias, fariam dela um alvo maior dos colunistas.
Mudança

Foi a partir de 2008 que a figura de Goody mudaria drasticamente, quando, no seu terceiro “Big Brother”, Goody recebe no ar a notícia que tinha câncer cervical.

A primeira mudança notável foi na própria atitude dos tabloides que, acompanhando passo a passo o desenvolvimento da doença, passam a ser solidários.

Aos poucos, a própria imagem negativa de Goody passaria a ser desconstruída. Sua patente ignorância, no fundo, passou a ser vista como consequência involuntária de uma educação deficiente a que ela foi submetida.

Os comentários de tom racista que havia feito em outro “Big Brother” contra

Shilpa Shetty, uma ascendente atriz de Bollywood, foram perdoados. Para os colunistas, o ato passou a ser interpretado como o desconforto infantil e aceitável de uma jovem gordinha diante de uma bonita atriz da Hollywood indiana.

Vencedora

Em fevereiro deste ano, a decisão de Goody de se casar e fazer fortuna vendendo a cobertura exclusiva da cerimônia para uma revista e um canal de TV, sabendo que estava em fase terminal de vida, só fez aumentar sua admiração.

O que parecia algo para lá de bizarro, mais uma vez, beneficiou a imagem de Jade Goody. Seu próprio assessor explicou que os cerca de 1 milhão de libras (R$ 3,2 milhões) ganhos com o registro do casamento serviriam para bancar uma boa educação e futuro para os dois filhos de Goody, Bobby, 5, e Freddie, 4.

Nas colunas, o sucesso e a fortuna de Goody passam a representar uma mulher vencedora, sob a premissa de que seu passado pobre e humilhante inevitavelmente a levariam ao fracasso, não fosse sua força de espírito. O fato de ter resistido à campanha difamatória e ainda continuar presente na mídia só reforçaria a imagem de vitória.

Também a disposição de encarar a morte de forma pública revelaria um ato de coragem diante do inevitável.

A imagem de Goody seria finalmente sacramentada por respeitados

analistas de jornais como “The Guadian” e “The Independent”. Em seus comentários, Goody representa, sem medo das críticas, uma época, em que todo mundo, em blogs e twitters, clama por atenção.

Uma ex-participante do Big Brother britânico, que está com câncer terminal na coluna cervical, se casou neste domingo em frente às câmeras – um benefício que foi concedido à emissora que pagasse mais pela exibição.

O dinheiro será destinado a pagar a educação de seus filhos pequenos.Jade Goody, a quem os britânicos costumavam odiar mas agora enchem de elogios, casou-se com seu noivo Jack Tweed, de acordo com seu porta-voz, Max Clifford.

Jade, de 27 anos, e Tweed, de 21, foram aplaudidos de pé por 200 convidados no hall do hotel onde aconteceu o casamento. A cerimônia recebeu cobertura incrivelmente positiva da mídia britânica, e marca uma reviravolta para Jade, uma celebridade atrevida e rechonchuda que saiu da posição de típica jovem inglesa vulgar e mimada para um exemplo de bravura ao acompanhar seu diagnóstica de câncer.

Para esta doente terminal de 27 anos trata-se, também, de uma questão de coerência. Viveu alguns dos principais momentos da sua vida em frente às câmaras e quer estar junto a uma camera quando partir – o que segundo os oncologistas deverá acontecer dentro de poucas semanas uma vez que as metástases atingiram vários órgãos e não há tratamento possível. Para a protagonista, é apenas a gravação de uma morte anunciada.

O primeiro “episódio” aconteceu neste domingo, data em que Jade casou. A “Living TV”, que comprou os direitos, ainda não tem data certa para passar a cerimônia. As fotografias foram vendidas por 790 mil euros à revista “OK!” e o acordo inclui o batizado posterior dos seus filhos. O vestido de noiva foi do estilista Manuel Mota e foi oferecido por Mohamed al Fayed, dono da Harrod´s.

Ainda que houvesse extravagâncias comuns aos casamentos de celebridades – um helicóptero, hotel chique, equipes de televisão e contratos que garantiam os direitos de foto e vídeo da cerimônia -, as circunstâncias estavam longe de serem ‘típicas’.

A noiva estava careca por causa da quimioterapia, e carregava uma bolsa de analgésicos ‘escondida’ pelo design do vestido, que foi adaptado para tal; o noivo está em liberdade condicional depois de agredir um adolescente com um taco de golfe.

Embora Tweed esteja em regime semiaberto, o Ministério da Justiça britânica lhe concedeu uma dispensa especial para que ele pudesse passar a noite com sua noiva. “Deve ser a única noite que o casal passará junto”, disse o porta-voz de Jade.

Jade ficou sob os holofotes desde que participou da edição inglesa do Big Brother de 2002. Na ocasião, foi tão ridicularizada por suas gafes – ela chegou a perguntar se nos EUA se falava inglês – que a escola onde ela estudou no sul de Londres chegou a se defender, dizendo que ela não era uma aluna típica.

A jovem fez dinheiro de sua notoriedade publicando uma autobiografia, vídeos de malhação e uma linha de perfumes, mas seus conflitos com a atriz de Bollywood Shilpa Shetty, durante as filmagens do “Celebrity Big Brother” em janeiro de 2007, a deixaram marcada como racista e a excluíram do programa.

Jade tentou consertar, reatando com Shilpa, doando dinheiro para caridade na Índia e se oferecendo para participar da versão indiana do Big Brother. Durante as filmagens dessa edição, em agosto, ela descobriu que tinha câncer.

A decisão de filmar sua luta contra a doença – e daí fazer a maior quantidade de dinheiro possível, para beneficiar seus dois filhos – foi exaltada por toda a sociedade inglesa.

O primeiro ministro britânico Gordon Brown classificou como ‘trágica’ a história de Jade. O líder da Igreja Católica na Inglaterra e no Páis de Gales, o Cardeal Cormac Murphy-O’Connor, disse que a jovem é “uma mulher corajosa”.

Especialistas mencionaram que o número de diagnósticos precoces de câncer cervical, o que o torna mais fácil de ser tratado, aumentou desde que a história de Jade chegou às manchetes.

“Jade Goody conseguiu fazer o que nenhuma campanha de saúde pública foi capaz antes, que é colocar a atenção da opinião pública sob o assunto”, afirmou à Sky News neste domingo o legislador inglês Dr. Liam Fox.

PT/Publico

Inglaterra reduzirá vistos para estrangeiros

O Reino Unido quer barrar milhares de trabalhadores estrangeiros, inclusive brasileiros. Londres anunciou neste domingo que irá exigir a partir de abril que imigrantes de fora da Europa que queiram obter um visto de trabalhador qualificado na Inglaterra tenham pelo menos um título de mestrado.

A partir de abril, os imigrantes interessados em se mudar para a Grã-Bretanha deverão atender normas mais rígidas. Todos os trabalhadores fora da União Européia (UE) precisarão preencher os seguintes requisitos: renda anterior anual de $ 20 mil libras (ou R$ 70 mil) e mestrado. Se ele tiver vivência anterior no país, nível de conhecimento da língua inglesa e uma poupança inicial, poderá somar pontos para conseguir o visto de trabalho.

A notícia foi dada pela ministra do Interior Jacqui Smith à BBC. A atitude é uma resposta a crise e ao número de imigrações, que em 2008 chegou a 3,8 milhões. O governo espera uma mudança na oferta de vagas, que deve priorizar os nativos. Segundo a ministra, nenhum estrangeiro tomará conhecimento da vaga, a menos que ela tenha sido rejeitada primeiro pelos britânicos. Não somente o trabalhador, mas a família que imigra para a Grã-Bretanha deverá sofrer com as mudanças, já que o Comitê de Aconselhamento sobre Migração pretende avaliar o impacto da chegada das famílias. Para finalizar, o governo estima uma queda de 12 mil imigrantes a menos por ano e fala ainda na qualificação da mão-de-obra britânica para as áreas de maior importação de profissionais.

A medida está sendo adotada diante da pior crise econômica no país em 60 anos e diante de protestos cada vez mais violentos de trabalhadores ingleses contra imigrantes. Um novo pacote também está em estudo para limitar a entrada de estrangeiros e é mais um na lista de ações dos governos europeus contra a imigração.

As novas medidas foram anunciadas pela secretária de Justiça do Reino Unido, Jacqui Smith, em entrevista à BBC. A medida mais drástica é de apenas conceder vistos de trabalho aos estrangeiros para setores que provem não contar com mão de obra suficiente no país.

(AE)

Morre a atriz Ida Gomes

Ida Gomes morreu no domingo (22). Ela estava internada no Hospital Samaritano, em Botafogo, na Zona Sul do Rio, desde sábado. Segundo o hospital, Ida chegou ao local com pneumonia e teve uma complicação no quadro. Por volta de 19h deste domingo, ela teve uma parada cardíaca.

O corpo da atriz será enterrado no começo da tarde desta segunda-feira (23) no Cemitério Israelita, em Vilar dos Teles, na Baixada Fluminense. O velório acontece numa capela judaica na Rua Barão de Iguatemi, número 306, na Praça da Bandeira, na Zona Norte do Rio.

Ida Gomes tinha 85 anos. A atriz nasceu na Polônia, e foi criada até os 13 anos na França. Depois de uma rápida passagem pela Inglaterra, veio para o Brasil. Começou sua carreira como atriz de rádio. O primeiro trabalho de Ida Gomes na televisão foi 1951, na TV Tupi, onde fez o Grande Teatro Tupi.

Em 1966, a atriz foi trabalhar na TV Globo. Sua primeira novela na emissora foi A rainha louca. Ela fez centenas de dublagens de filmes para a televisão.

Fez mais de 30 novelas e, entre seus papéis mais famosos, viveu Doroteia – uma das irmãs Cajazeira – em O Bem Amado, de 1973.

A atriz também fez participações em algumas série da Globo, como JK, Você decide, Malhação, Os normais, A diarista e Sob nova direção.

Neguinho da Beija-Flor: um campeão na vida

Superando o câncer, Neguinho puxa o samba e emociona. Foto: Wilton Júnior/AE

Foi realizado hoje o casamento do intérprete do samba-enredo da Beija-Flor, Neguinho da Beija-Flor, com Elaine Reis, no primeiro recuo de bateria. Embora tenha confirmado presença, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi um dos padrinhos. Tampouco o cantor e compositor Roberto Carlos. Lula e Roberto Carlos estiveram na Avenida Marquês de Sapucaí, mas não foram ao local.

Neguinho da Beija-Flor casou-se com uma bata branca com muitos brilhos e Elaine vestia um vestido branco de frente única brilhante e decotado. A filha do casal, Luisa Flor, de 5 meses, estava no colo de um dos parentes. Os dois estavam exultantes. “Estou superfeliz, superbem”, declarou Neguinho, referindo-se ao câncer de intestino que retirou em cirurgia em 2008.

Após o casamento do tradicional intérprete Neguinho, a Beija-Flor de Nilópolis entrou na avenida às 3h16 para contar a história do banho. Com o enredo “No Chuveiro da Alegria, quem banha o corpo lava a alma na folia”, a escola tricampeã busca mais um título em meio ao drama de Neguinho da Beija-Flor, que luta contra um câncer de intestino.

Apesar da condição de saúde, o intérprete foi o grande destaque da escola. Ele entrou com muita energia e puxou o samba até o final do desfile. Os 4 mil integrantes cantaram o samba-enredo sobre a purificação do mundo através do banho. A escola retratou o banho através da história, e até mesmo os banhos de gato, de lua e de espuma. Dos oito carros alegóricos, seis usaram efeitos que consumiram mais de sete mil litros de água.

A Beija-Flor entrou com o maior carro abre-alas de sua história, com 51 metros de comprimento. Já a bateria foi conduzida pela rainha Raíssa de Oliveira.

Durante o desfile, o presidente Lula e o ministro da Saúde José Gomes Temporão atiraram preservativos para os foliões.

No encerramento do desfile da Beija-Flor, o intérprete Neguinho era só emoção na dispersão da escola. Ele desceu do carro de som e foi ovacionado pelos torcedores no setor 11 e 13. Com os olhos cheios d’água, o puxador do samba-enredo disse estar muito feliz pela a apresentação dele e da Beija-Flor.

– Graças às rezas de vocês, estou aqui. Tenho muito apoio do povo em geral, pelos meus 34 anos de Sapucaí. Pedi a Deus que me desse força para atravessar bem a Avenida. Tive que pegar muito fôlego para não comprometer a escola. Mas independente do resultado na apuração, já estou me sentindo um verdadeiro campeão na vida por terminar este desfile, que é o mais importante da minha vida – afirmou Neguinho da Beija-Flor, que enalteceu a participação da agora esposa, Elaine Reis junto com ele no carro de som.

– Ela estará sempre comigo nos desfiles. Só com seu apoio consegui atravessar a Avenida durante os 81 minutos da nossa apresentação. Tenho certeza que nasci de novo.

ROBERTA PENNAFORT/ Agencia Estado /ZH

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