
O juiz da Vara Federal Cível de Canoas, Guilherme Pinho Machado, determinou que os veículos que fazem parte do Museu da Tecnologia da Ulbra sejam lacrados.
Os automóveis foram penhorados em uma ação de execução fiscal, na qual a União cobra débitos fiscais da universidade. O magistrado salientou que, pela regra, os bens até poderiam ser recolhidos ao depósito judicial, mas, por enquanto, a opção foi o lacre. Porém, não está proibida a visitação ao local.
Ao tomar essa medida, foram analisados dois aspectos: o primeiro é a informação dos oficiais de Justiça de que a Ulbra possui oficina própria onde os carros são constantemente levados, possibilitando modificações no seu caráter original; a outra questão diz respeito ao transporte desses veículos para outros locais, como utilização em filmagens, o que pode causar prejuízo ao patrimônio que está penhorado para garantir o pagamento dos tributos federais devidos.
Em sua sentença, Machado ordenou, também, a anulação da venda de um terreno da Ulbra para uma construtora. O contrato foi firmado em novembro. Ele requereu ao Ministério Público Federal uma investigação sobre a existência de crime de fraude à execução.
A Ulbra informou, via Assessoria de Imprensa, que acatará a decisão judicial e ressaltou que, nos últimos anos, só em ocasiões especiais – como exposições de veículos antigos – os carros foram retirados do museu. Sobre a questão de venda do terreno, a Ulbra não recebeu nenhum ofício de decisão, mas deve se manifestar em breve.
O Museu de Tecnologia da Ulbra é o maior da América Latina e um dos maiores do mundo em quantidade e diversidade de acervo automobilístico. Em 9.346 metros quadrados, abriga 270 veículos. O mais antigo é o Oldsmobile 1904, do acervo da GM do Brasil. Há ainda Rolls-Royce, Mercedes, BMW, Cadillac e Jaguar, além de veículos Chevrolet, Ford, VW e Fiat.
Além de carros antigos, há um espaço destinado ao piloto Émerson Fittipaldi e exposições de relógios, máquinas de escrever e projetores cinematográficos.
CP
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