Em meio à remodelação dos serviços em seus vôos da América do Sul, a Gol começou a vender produtos encontrados nas lojas de “free shop” a bordo das aeronaves, como perfumes, relógios e jóias.
“É um serviço adicional em vôos de média duração, em que há tempo para fazer compras”, diz Tarcísio Gargioni, vice-presidente de marketing e serviços da companhia. “Tem mais o objetivo de entreter o passageiro do que de gerar receita. Mas ninguém trabalha de graça”, afirmou o executivo, sem dar detalhes sobre a receita que a atividade pode gerar à Gol. Ele também não divulgou quem é a parceira.
As vendas a bordo começaram a ser testadas em outubro nos cinco destinos da empresa na América do Sul – Buenos Aires, Caracas, Bogotá, Santiago e Montevidéu. A TAM iniciou esse tipo de comércio há dez anos e hoje vende produtos em vôos para Miami, Nova York e Londres em parceria com a empresa americana Dfass.
A ação da Gol faz parte da reformulação de seus serviços, que começou em outubro. Nos vôos ao exterior que duram mais de quatro horas – caso dos trechos para Caracas, Bogotá e Santiago -, passou a servir refeições quentes para competir com outras empresas de serviço mais tradicional, como a Lan e a TAM. Nesses vôos médios, a companhia eliminou as operações da Gol e deixou apenas a marca Varig. Em novembro, o grupo registrou 49% de ocupação nas rotas internacionais, abaixo da média de 66% das empresas nacionais.
Valor/Roberta Campassi