Morre a atriz Bettie Page

Na Playboy em 1955

A atriz Bettie Page, famosa por suas fotos pin-ups (fotos antigas de mulheres, que ganharam esse nome por se destinarem a pendurar na parede) e um dos ícones da revolução sexual nos anos 60, morreu nesta quinta-feira (11), em Los Angeles (Estados Unidos). Ela tinha 85 anos.

Segundo site oficial da ex-modelo (www.bettiepage.com), ela morreu de pneumonia uma semana após perder a consciência durante um ataque cardíaco.

Page foi considerada uma das mulheres mais sensuais nos anos 50 e chegou a ser considerada por Hugh Heffner, criador da revista “Playboy”, como “a modelo do século” por seu ensaio em 1955.

Além das fotos de Bettie Page, que aparece na seção central da revista nua, vestindo apenas um gorrinho de Papai Noel ( foto), a edição de janeiro de 1955 da “Playboy” trazia fotos da atriz Deborah Kerr e artigos dos escritores Ray Bradbury e John Steinbeck.

A morte de Bettie Page, símbolo máximo das modelos eróticas (pin-ups) da década de 1950 nos Estados Unidos, já repercute no universo dos colecionadores da internet. A edição de janeiro de 1955 da “Playboy” americana, que trazia o primeiro ensaio sensual da modelo, está sendo vendida no site Magazine Shop Online por US$ 500.

No site de leilões eBay, na manhã desta sexta-feira, também já era possível encontrar a revista à venda por preços que variavam de US$ 71 a US$ 300. Edições do mesmo ano, inclusive uma com Marilyn Monroe na capa, podiam ser encontradas por preços bem mais baixos, em torno de US$ 10 a US$ 15.

“Ela capturou a imaginação de uma geração de homens e mulheres com seu espírito independente e sua sensualidade sem vergonha. Ela era a encarnação da beleza”, disse o agente Mark Roesler.

Suas fotografias com pouca roupa chocaram a sociedade americana antes da revolução sexual dos anos 60.

Em 2005, Page foi personagem central do filme “The Notorious Bettie Page”, que conta a história da a atriz e ex-modelo.

O funeral está programado para a próxima terça-feira (16) no Cemitério Westwood Memorial em uma cerimônia privada.

AFP