Ao contrário do que a Record tem anunciado, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) negou fiscalização à conta utilizada pela emissora para arrecadar doações na campanha para reconstrução de Santa Catarina, estado afetado pela tragédia climática. A informação é do colunista da Folha de S.Paulo, Daniel Castro.
Desde a última semana, a emissora do bispo Edir Macedo tem divulgado uma conta bancária do Instituto Ressoar para que os telespectadores façam suas doações. Para garantir credibilidade à ação, alguns apresentadores informaram que o Ministério Público fiscalizaria a conta.
Em nota oficial divulgada ontem (01/12), o MP-SP confirmou que a Record enviou um ofício solicitando a fiscalização. Entretanto, desmentiu que esteja auditando os recursos. Segundo a assessoria de imprensa, não cabe ao Ministério auditar esse tipo de campanha e a autorização não foi dada para que a emissora utilize seu nome. O pedido sequer chegou a ser analisado, afirma.
Informada sobre a nota, a emissora admite que o órgão apenas poderia “acompanhar” a campanha. Para Honorilton Gonçalves, vice-presidente artístico da Record, o erro foi o uso da palavra “fiscalizar”. “A Record não tem nada para esconder, não vai ficar com um centavo”, completou à Folha.
O Instituto Ressoar tem informado em seu site o total arrecadado e o número de casas que podem ser reconstruidas com o valor.
A assessoria de imprensa da Record não se pronunciou, mas disse que vai checar a informação com o departamento jurídico antes de se manifestar oficialmente.
coluna Outro Canal.