O Teatro gaúcho perde Olga Reverbel. Professora e autora de livros sobre artes cênicas tinha 91 anos.
Referência no teatro gaúcho, a professora Olga Reverbel faleceu à 2h10min desta segunda-feira, aos 91 anos. Internada havia duas semanas na CTI do Hospital de Caridade de Santa Maria, em decorrência de uma infecção, Olga estava inconsciente e ontem teve falência do sistema renal.
Nascida em São Borja e criada entre Uruguaiana e Santana do Livramento, Olga cursou a Escola Normal e tornou-se professora de teatro aos 17 anos. Aos 23, veio a Porto Alegre para estudar no Departamento de Arte Dramática (DAD) da UFRGS. Em 1941, casou-se com o jornalista e escritor Carlos Reverbel (1912-1997), autor de livros como Barco de Papel (1978) e Um Capitão da Guarda Nacional (1981), biografia de Simões Lopes Neto. Ainda na década de 1940, o casal morou em Paris, onde Olga estudou na Universidade Sorbonne.
Nos anos 1980, em Porto Alegre, a professora montou sua própria oficina de teatro, que recebia alunos de diferentes idades. Como atriz, teve incursões pelo cinema no longa Noite (1985), inspirado no romance homônimo de Erico Verissimo, e no curta Quadrilha (1999).
Autora diversos livros voltados ao ensino de teatro, como Jogos Teatrais na Escola (1996), Olga lecionou até o final da década de 1990. Um tanto abatida pela perda do marido, decidiu em 2000 mudar-se para Santa Maria, onde mora a filha única do casal, a artista plástica Beth Reverbel de Souza. A neta Juliana conta que, nos últimos dois anos, a avó vinha reduzindo suas atividades.
— Ela andava só lendo e vendo TV. Parecia meio entediada — disse Juliana.
Olga deixa, além de Beth e Juliana, outros dois netos, Carlos Eduardo e Maria Luiza, mãe dos dois bisnetos da professora, Lucca e Joana. O corpo de Olga estava sendo velada no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria. Ela deve ser sepultada às 18h de hoje.
ZH
@ N I L N E W S 
Comentários
Que loucura!
Iniciei minha atividade como educadora em 2001 e a obra de Olga sempre se fez presente nos cursos, oficinas para crianças, adolescentes, 3ª idade e professores. É mais uma brasileira iluste que nos deixa. A natureza se incumbirá do seu espirito.
Sua obra é eterna.
Dirce Thomaz
nossa, tive o imenso prazer de conhece-la e de desfrutar de grandes momentos com ela em goianiana dec de 90 quando na oportunidade eu fazia magisterio e ela veio a goiania dar um curso de teatro nas escolas, ela era simplismente unica entre mil. uma pessoa incrivel, Jesus a tera ao seu lado…….
grande mulher de inteligencia unica inigualavel………
assino com orgulho.
adailza
Tive a sorte de contar com os sábios ensinamentos da professora Olga na minha graduação como professora de biolologia na UFRGS lá por 1982. O modo como ela nos incentivava ausar o próprio corpo como matreial didático foi algo definitivo em minha formação de professora. ela dizia que tínhamos que estar preparados para trabalhar em qualquer condição, com muito ou puco recurso didático. Incentivava também o a criação coletiva para executar simulações de processos físicos, químicos e biológicos.
Obrigada querida mestra! Fiquei indelevelmente marcada pelo teatro!
Nossa!! não conheçi a professora Olga mas parecia que conhecia !
Na decata de 90 conheci seu material (Jogos teatrais na escola e oficina de teatro) uma valiosa contribuição para as aulas de teatro.
Valeu professora!
Fique na Paz .
Lubrito.
Uma das maiores escritoras para formação de atores e grupos. a sua pesquisa foi pra mim fundamental para formar um conseito de trabalho de ator e encenador. Facil sem arrodeios e sem burocracia.
Sou afilhado de Carlos e Olga Reverbel, duas pessoas com quem aprendií muito, sempre que tive opoortunidade de estar com eles. E agora eles estão juntos novamente e pensando desta maneira, não podemos deixar de estarmos felizes por eles, pelo imenso amor que os juntou e que agora torna a uní-los.
sou professora aposentada de artes visuais. Gostaria de registrar que fiz 2 cursos com a prof. Olga Reverbel,li seus livros de teatro e que ela contribuiu muito p minhas aulas de artes (arte cenica)adeus professora .Tu sempre vais morar em nossos coraçoes. m. clara