A crise atingiu com força não só as montadoras mas também os revendedores de veículos usados. Em outubro, foram realizados 163.321 negócios pelas revendas independentes do Estado de São Paulo. O número representa queda de 13,65% ante setembro, segundo George Assad Chahade, presidente da Assovesp/Sindiauto (associação de revendedores de SP).
E a tendência é que os resultados de novembro sejam piores, segundo Chahade.
A escassez de crédito foi o vilão para a queda nas vendas. Em outubro, só 49% dos negócios foram financiados, contra 82% em setembro, segundo a entidade. O prazo médio de financiamento caiu de 48 meses em setembro para 45 em outubro.
A dificuldade do consumidor em obter linhas de crédito reduziu o negócio. Caíram os prazos e subiram os juros. E carro é uma coisa que, para vender, precisa de uma política de crédito.”
“Trabalhávamos com um saldo financiado de 82%, que caiu para 64%. Para comprar um carro de R$ 10.000, era preciso dar R$ 1.800 de entrada. Hoje, precisa de uma entrada de R$ 3.600 a R$ 4.000.”
Os números de novembro ainda vão mostrar resultados desastrosos. “Eu tinha expectativa de fechar o ano com 12% acima de 2007, mas estou revendo.”
A desvalorização dos carros populares foi de 0,18%, os importados caíram 1,02%. Chahade não está otimista e diz que, mesmo que o mercado se recupere, não vai resgatar o patamar de euforia que vivia antes da crise. “Aquele aquecimento passou.”
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