O Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers) anunciou que pedirá ao Conselho Regional de Medicina (Cremers) a interdição dos hospitais da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) e o cancelamento do vestibular para o curso de Medicina. O motivo é que os mais de 800 médicos que prestam serviço como empresa estão sem receber desde agosto, há esvaziamento dos hospitais, unidades paradas e começa a faltar materiais básicos, como oxigênio, de acordo com o Simers.
“Muitos profissionais estão tendo de buscar outras alternativas de trabalho já que não há perspectiva de regularização dos pagamentos. Sem pessoal suficiente e materiais para atendimento, a operação oferece risco à população”, disse o presidente da entidade médica, Paulo de Argollo Mendes.
“>Hospitais em Porto Alegre, Canoas e Tramandaí estão com parte dos serviços paralisados por falta de profissionais e materiais. A assessoria de imprensa da Ulbra afirmou que ainda não tinha uma resposta da universidade sobre a situação, e aguardava um retorno da diretoria. A universidade tem mais de 10 mil empregos diretos, milhares de prestadores de serviços e mais de 140 mil estudantes. O plano de saúde tem 80 mil segurados. A interdição depende de vistoria do Cremers.
Além da interdição, o sindicato e a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) deverão pedir audiência com os ministros da Educação e da Saúde, além dos prefeitos de Porto Alegre, Canoas e Tramandaí. O objetivo é enfrentar o impacto da redução de atendimentos para a população. O Simers também anunciou que sugerirá aos ministros uma intervenção federal para assegurar a continuidade dos serviços.
Cremers
Comentários
A quem se deve recorrer diante dos atuais acontecimentos na ulbra?
(Mas q país é esse???)
Há alguma informação sobre este assunto em outras línguas?
Por não ter conhecimento de alguma ação que vise proteger os gaúchos que estão sendo vítimas da catástrofe ULBRA, repasso o email enviado à Assembléia Legislativa do RS e aos jornais Correio do Povo e Zero Hora. Aguardo uma ação que possa evitar uma tragédia maior!
Senhores Membros da Comissão de Educação, Cultura, Desportos, Ciência e Tecnologia
Volto a dirigir-me ao poder legislativo do estado e indignar-me frente ao silêncio e indiferença dessa casa para com o drama de milhares de famílias. Funcionários, professores, prestadores de serviço, alunos e suas famílias, clientes do plano de saúde da ULBRA estão com sua dignidade, saúde (física e emocional) e direitos básicos em risco.
Assim como as calamidades naturais merecem a atenção do povo gaúcho, os dramas ocasionados por questões que envolvem ética, legalidade e transparência também merecem. Somos flagelados de uma catástrofe não natural e bem conhecida, não recebemos sequer o apoio verbal de quem deveria tratar do bem-estar de seu povo.
A Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul deu as costas a nosso drama, deu aval a dirigentes para que estes continuem a soterrar a vida dos que trabalham, dos que usam um serviço contratado, dos que almejam um futuro melhor, dos que, agora, necessitam de donativos básicos para poder sobreviver.
Há casas, em nosso estado, sem alimentação, sem água, luz ou telefone!
Não somos parte de uma cadeia automotiva, nem da indústria calçadista, não somos agricultores; somos professores e funcionários de uma empresa do RS. Por que não merecemos a atenção?
É intenção dessa casa assistir ao drama como se fosse uma novela de televisão? Até quando? Ou será que teremos que apresentar vítimas?
Senhores, se são vítimas que querem, digo-lhes, falta pouco…
Talvez assim o poder público nos veja… Vamos encher as caixas de emails dos que devem trabalhar por nós.
Vocês ainda estão brincando de deixar este circo funcionando. Só está funcionando o globo da morte, sem oxigenio, e materiais básico, somos OBRIGADOS a trabalhar, uma vez que o Diretor insiste que nada está acontecendo e que nada está faltando.
Devido a crise será realmente cancelado o vestibular para medicina? E os candidatos ja inscritos como ficam?