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Acusados de matar a menina Isabella Nardoni, assassinada no dia 29 de março aos cinco anos de idade, o casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá completam neste sábado 200 dias de prisão preventiva.
Na edição que circula neste final de semana, a revista Veja publicou uma reportagem mostrando a rotina dos dois em Tremembé, interior de São Paulo, onde Nardoni e Anna Carolina estão presos em cadeias vizinhas.
A publicação revela que Nardoni divide com quatro presos uma cela de seis por quatro metros, equipada com televisão, rádio, três beliches duplos e chuveiro frio. Ele está mais gordo e mais à vontade do que na sua primeira noite na Penitenciária Dr. José Augusto Salgado. Lá, Nardoni teria caído em prantos depois de presos recebê-lo gritando em coro: “Pára, pai! Pára, pai! Pára, pai!”
Como Nardoni não trabalha nem estuda — a penitenciária de Tremembé, considerada modelo, tem emprego para tantos quantos queiram trabalhar, mas a atividade só é obrigatória para presos condenados —, ele fica na cama até as 10h, enquanto os detentos que trabalham acordam às 6h.
A rotina de Anna Carolina na Penitenciária Feminina Santa Maria Eufrásia Pelletier, a quinze minutos da cadeia de Nardoni, é um pouco mais movimentada, mostra a revista Veja. A madrasta de Isabella trabalha na limpeza e na distribuição de alimentos. Dias antes da sua chegada, a direção da cadeia achou por bem deixar as presas sem ver televisão, pois temia que, diante da repercussão do crime, elas reagissem mal à presença da mulher.
Anna Carolina passou a freqüentar cultos evangélicos na cadeia e a cantar no coral. Divide com quatro seguidoras da religião uma cela menor do que a do marido (quatro por três metros), também equipada com rádio e TV. Chegou a pedir ao pastor da cadeia para ser batizada, mas o sacerdote julgou que era cedo demais.