Achou dinheiro com o carnê e pagou a conta


Um morador catarinense, batalhador, pai de família não precisa recorrer dicionário para saber o que é ser honesto.

Corretor de imóveis, pai de três filhos e morador em Lages, na Serra Catarinense, Antonio Muniz dos Santos, de 54 anos, dá um belo exemplo de como é possível construir um mundo mais justo sem obter lucro com isso.

Manhã de quinta-feira, dia 13, ele passava pela rua Coronel Córdova, no Centro da cidade, quando encontrou um envelope no chão. Ao abrir o papel, encontrou uma fatura de uma loja de eletrodomésticos, que venceria dois dias depois, e R$ 170,00 em dinheiro que, em tempos de crise, podem até ser tentadores.

Mesmo sem um único centavo no bolso até para almoçar, e como não encontrou o telefone de contato do titular da fatura, não pensou duas vezes, e foi até o estabelecimento comercial pagar a conta, no valor de R$ 167,07, de alguém que nem conhecia. Deixou o número do seu telefone no caixa, e foi trabalhar com o troco de R$ 2,93 no bolso.

Mal sabia Antonio que, pouco antes de encontrar o envelope, o relojoeiro Edgar Goebel, de 50 anos, residente no bairro Popular e também numa “pendenga” financeira, era quem havia perdido aqueles valorosos R$ 170,00.

A prestação da loja referentes a uma geladeira, havia caído junto com o dinheiro do bolso do relojoeiro, quando foi pegar o celular. Edgar ficou desesperado mas como não encontrou, emprestou R$ 170,00 de um amigo e foi a loja no dia seguinte. Ao chegar no caixa, uma surpresa: a conta estava paga.

— Que louco paga uma conta que não é dele? — pensou Edgar.

Até ser informado da atitude exemplar de Antonio, pegar o telefone e ligar para o desconhecido.

— Fiz questão de agradecê-lo, parabenizá-lo e conhecê-lo pessoalmente, pois eu acreditava que pessoas honestas assim não existiam. Agora sei que existem de verdade, e se existissem mais, não viveríamos em um mundo com tanto sofrimento.

O encontro ocorreu acompanhado de um forte abraço. A honestidade de Antonio é tão grande que ele ainda quis devolver os R$ 2,93 de troco da fatura da loja. Edgar recusou, mas não teve condições de dar uma recompensa em dinheiro a Antonio, que mesmo voltando para casa sem nenhuma moeda, obteve o seu grande lucro.

— Receber o telefonema do Edgar me agradecendo emocionado, saber que ele também é um pai de família batalhador e que agora seremos grandes amigos é a minha recompensa.

Pablo Gomes /Clic

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