Grupo Silvio Santos faz 50 anos sem depender do SBT


Na próxima segunda-feira, Silvio Santos vai reunir na Sala São Paulo seus funcionários mais antigos para celebrar os 50 anos do grupo de empresas que leva seu nome. Motivos para a comemoração não faltam. Apesar de o SBT ter perdido para a Record a vice-liderança em audiência entre as redes de televisão aberta e de o Carnê do Baú já não ser mais o mesmo fenômeno de vendas de algumas décadas atrás, o carismático apresentador demonstra ter uma capacidade de reinventar seus negócios muito maior que a de renovar seu universo de telespectadores.

O Grupo Silvio Santos, que surgiu com a venda do Carnê do Baú da Felicidade, reúne hoje 34 empresas, emprega 12 mil funcionários e deve faturar 4 bilhões de reais neste ano. O lucro líquido deve subir de 340 milhões de reais em 2007 para 450 milhões de reais em 2008. Com o faturamento do SBT em queda, o carro-chefe do grupo passou a ser o Banco Panamericano. A instituição, que na verdade atua como uma financeira, registrou um lucro líquido de 160 milhões no primeiro semestre e deve ser responsável por mais da metade dos ganhos do grupo neste ano.

Aos 77 anos, o apresentador-empresário também começa a implementar seus projetos de ter uma rede de varejo com modelo semelhante ao da Casas Bahia e 250 lojas, uma empresa de cosméticos para disputar mercado com Avon e Natura, uma incorporadora de grandes projetos imobiliários, além dos já consolidados negócios na área de seguros, hotelaria e capitalização.

É lógico que o SBT ainda concentra a maior atenção de Silvio Santos. O apresentador decide a grade de programação, pesquisa formatos de atrações no exterior e contrata funcionários. Segundo Luiz Sebastião Sandoval, que preside o grupo de empresas há 25 anos, entretanto, Silvio Santos é muito importante mesmo nos negócios em que se mantém afastado.

No caso do Panamericano, a empatia do apresentador ajuda a conquistar clientes. “Na nossa loja, a pessoa mais pobre entra sem medo nenhum. Mas ele tem medo de entrar no Itaú ou qualquer grande banco”, diz. Tanto que Sandoval decidiu que o apresentador só faz propaganda dos negócios já estruturados. A rede de varejo Baú Crediário, que iniciou suas operações no ano passado e tem hoje 11 lojas, ainda não estaria madura o suficiente para contar com a ajuda comercial do apresentador. “Não temos escala para usar uma bala de canhão, como o Silvio. Não adianta eu divulgar com ele e não ter loja”, diz.

Veja entrevista com Luiz Sandoval na Exame

Exame/João Sandrini

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Comentários

  • samuel  On outubro 19, 2008 at pm:10 pm

    ola silvio tudo bem, gosto muito do seu trabalho.

  • matilde lima  On outubro 6, 2008 at am:16 am

    ola silvo estou precisando de um carne do bau se voce puder mandar para mim

    pode enviar pelo correio rua da lapa 150 antonio pereira

    cidae ouro preto mg

    cep 35411000

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