Estudantes da Ruy Barbosa preocupados com os cursos
Em apenas um ano, pelo menos cinco faculdades privadas de Salvador foram vendidas a grupos de investidores de fora da Bahia. E em boa parte dessas negociações, os empresários do ramo pagam entre R$ 3 mil a R$ 5,5 mil por aluno na hora de comprar uma dessas instituições.
De acordo com números da Deloitte Brazil Research, 25 escolas de ensino superior foram compradas por grupos de empresários da educação em 2008. É quase o dobro de 2007, quando foram 13 negociações desse tipo. Os números são baseados em dados sobre fusões e aquisições na internet.
Em Salvador, a mais nova aquisição aconteceu no dia 28 de julho, quando a Faculdade Ruy Barbosa foi incorporada ao mesmo time de empresários que adquiriu a Área 1 e a Faculdade de Tecnologia Empresarial (FTE).
A notícia da venda surgiu no site da instituição uma semana antes das aulas começarem este semestre. Sem entender o motivo da mudança, os alunos formaram uma comissão para pressionar a nova diretoria a manter a mesma estrutura de trabalho.
Este ano, o mercado se movimentou depois do grupo Maurício de Nassau comprar a Faculdade Baiana de Ciências Contábeis (Fabac) e o Grupo IUNI Educacional embolsar a FacDelta (Salvador) e a FacSul (Itabuna).
No caso da Ruy Barbosa, o novo dono é a Fanor, sigla que significa Faculdades Nordeste. Agora, são 10.500 alunos em quatro unidades de ensino (três em Salvador e uma em Fortaleza).
Tanto o grupo Maurício de Nassau quanto o IUNI levam em conta que cada aluno custa entre R$ 3 mil e R$ 5,5 mil. No caso da Fanor, a base de cálculo é estipulada na perspectiva de crescimento da instituição.
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A tarde