A seguir trechos da entrevista que Alexandre Frota deu a Sabrina Abreu na revista Ragga:
As imitações que a gente vê na televisão são fiéis. As respostas saem quase sempre meio curtas. Criado entre as zonas Sul e Norte do Rio de Janeiro, Frota parece se sentir à vontade com os contrastes. O 1,88m não é tudo o que impressiona. Ele exibe profissionalismo – chegou às 14h, exatamente o horário marcado para a entrevista. Ele também mostra certa elegância, negando-se a citar nomes de famosas que já namorou.
A carreira de Frota mistura altos e baixos, como poucas. Capa da revista Veja como ídolo da Casa dos Artistas, reality show do SBT do qual participou, em 2001, e estrela de um ensaio sensual, junto com outros três homens, na revista G Magazine, em 2004. Ator de algumas das novelas mais famosas da Rede Globo, como Roque Santero, de 1985, e de Marisol, que figura entre as produções mais toscas do SBT, de 2002. Pioneiro entre os famosos brasileiros que se envolveram no mercado de filmes pornôs, Frota tenta desvincular sua imagem das produções de que participou e evita falar sobre o assunto. Ele iniciou sua volta por cima em 2007, com o quadro Bofe de Elite, que contou com criação, produção e atuação dele. Neste ano, ele assumiu o cargo de produtor-executivo da Rede Record, com direito a sala exclusiva e muita pompa, na emissora da Barra Funda.
Quem são seus amigos?
Raul Gazola, Mauricio Mattar e Eri Jonhson. Atualmente tenho trabalhado com o Edu Guedes e me dado muito bem com ele. Tem muita gente de que eu gosto. Não tenho mais inimigos, não.
É impressão do público e dos jornalistas ou seus dias de pitbull ficaram para trás?
Acho que ficaram para trás, porque o tempo passa e a gente tem que mudar.
Você tem facilidade de lidar com situações novas?
Eu me adapto, sim. Em qualquer lugar que for, não tenho frescura, não.
Acontece muito de a pessoa pensar que você é marrento, mas mudar de idéia depois de conhecê-lo?
Acontece bastante. Mas para mim também não interessa se elas mudam de opinião para o bem ou para o mal. Para mim, é indiferente.
Com foi entrevistar a cantora Madonna?
Uma surpresa para mim. Foi quando ela veio fazer o show em São Paulo. Eu fiz a entrevista pela Rádio Cidade. Saí com ela do Hotel Ceasar Park, que era na Rua Augusta, e fomos de carro até o Morumbi. Tinha um intérprete.
Aonde mais a televisão levou você?
É difícil essa pergunta, porque já estive com o Lima Duarte, Antônio Fagundes, Tarcísio Meira, Tony Ramos, Cássia Kiss, que adoro, atores de outra geração que eu também adoro, como o Marcos Palmeira. Já estive na Globo fazendo novela, já tive programa na Record, estou sempre em frente a muitas pessoas e a minha carreira me coloca de frente para elas. Então, a todo lugar que vou, a todo lugar que fui, é por causa da televisão.
Alguém já ajudou você?
Muita gente. A Record mesmo está me ajudando agora. Eu não preciso falar mais nada.
Bofe de elite (quadro do Show do Tom) bateu a Globo no ibope (em março). Qual o gostinho disso?
Não tem gostinho especial nenhum. A gente está lá para trabalhar, independentemente de bater a Globo ou qualquer outra emissora. Não penso nisso.
Você afirmou que o quadro foi um renascimento.
O Bofe de elite me levou de volta à teledramaturgia. Apesar de ser um quadro de humor, a gente gravou como se filmasse um filme ou se gravasse uma novela. O Bofe de Elite acabou. E, se voltar, não vai ser comigo. Já deu.
Você diz que não deve satisfação mas ao Hoje em Dia, sim. Você pode parecer anarquista, mas, no trabalho, sabe muito bem a quem se reportar?
É. Tem uma listinha de pessoas na Record para quem eu preciso estar disponível. Eu preciso ficar com o rádio ligado 24 horas por dia, por causa dessas pessoas. Se eles ligarem, vou atender. Na Record, apesar de ter minha sala, faço meu horário, entro na hora que quero, saio na hora que quero, vou no dia que quero também, mas diariamente mantenho contato com essas pessoas.
A entrevista na íntegra vc pode ler aqui:
Alexandre Frota na Revista RAGGA
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