A NET Serviços de Comunicação, maior operadora de TV paga do país, pretende interromper as vendas de ponto-extra se não puder mais cobrá-los. A afirmação foi feita pelo presidente da operadora, José Felix, em teleconferência com jornalistas nesta segunda-feira.
O assunto é alvo de polêmica desde o início de junho, quando entrou em vigor nova regulamentação de proteção ao usuário dos serviços de TV paga. A Anatel determinou a suspensão de qualquer cobrança de ponto adicional por 60 dias.
A associação das operadoras do setor (ABTA), entretanto, conseguiu uma liminar na Justiça para restabelecer a cobrança, que voltou a ser feita. A Anatel, porém, quer rediscutir o assunto em uma consulta pública.
Questionado qual seria a postura da empresa caso a Anatel decida suspender em definitivo a cobrança, Felix afirmou que “vamos deixar de oferecer se formos obrigados a dar de graça”. A ABTA estima que o ponto-extra responda por uma fatia de 10 a 20 por cento da receita das operadoras, que em 2007 foi de 6,67 bilhões de reais.
O executivo ainda lembrou que o ponto adicional é gratuito em alguns pacotes da companhia, como o que envolve a contratação de TV paga, telefone e banda larga juntos. “Imagina se o ponto-extra for de graça e vem um cliente e pede 10 pontos-extra. A caixa (set top box) custa dinheiro” disse. Para ele, “seria um Robin Hood invertido, tirar dos pobres para dar aos ricos, já que quem tem ponto-extra é que tem muitos televisores na casa”.
Reuters
Comentários
Caso seja a postura da NET, recomenda-se a abertura concorrencial para outras operadoras no brasil, ou continua-se o incentivo ao “GATONET” no país.
loco porti timão