Somente nesta sexta-feira, quando foi desencadeada a operação Toque de Midas, as empresas de Eike Batista listadas na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) – a MMX, de mineração, a MPX, de energia, e a OXG, de petróleo e gás – perderam R$ 5,1 bilhões em valor de mercado, ou 10,3%.
Segundo reportagem do jornal O Globo, publicada neste sábado, as três valiam, juntas, R$ 49,4 bilhões na quinta-feira, mas o montante caiu para R$ 44,3 bilhões nesta sexta-feira. Segundo a PF, a MMX é suspeita de fraude em licitação.
As ações MMX ON eram negociadas em alta de 1,95%. Quando saíram as primeiras notícias de que os agentes federais entraram nas empresas e na casa de Eike Batista com mandado de busca e apreensão, os papéis começaram a cair e atingiram queda de 16,03%.
As notícias da operação também respingaram em outras empresas controladas por Eike Batista. As ações da OGX, empresa de petróleo e gás do bilionário que estreou em junho na bolsa com grande sucesso, fecharam com queda de 10,50%, depois de chegar a registrar baixa de 22,30%. A empresa de energia do grupo de Eike, a MPX, também sofreu e a ação fechou em baixa de 11,39%.
As ações das três empresas não fazem parte do Ibovespa e, portanto, não influenciaram o comportamento do índice.
As empresas de energia e mineração do empresário Eike Batista, MPX e MMX, divulgaram uma nota de esclarecimento à Bovespa negando qualquer tipo de irregularidade na licitação que resultou na outorga da concessão da Estrada de Ferro do Amapá.
GLB