O governo brasileiro estuda a extensão do benefício do Bolsa Família para os 3.889 refugiados que vivem no Brasil. O secretário executivo do Ministério da Justiça, Luiz Paulo Barreto, afirmou que a idéia é minimizar os problemas de sobrevivência das pessoas que deixaram suas pátrias. Atualmente, cada família recebe um salário mínimo, recurso pago pela Organização das Nações Unidas (ONU). O governo brasileiro já destina recursos para apoio, recepção e instalação dos refugiados.
Dos quase 4.000 refugiados hoje presentes no país, 2.634 (67,7%) são africanos; 753 (19,3%) do continente americano; 384 (10%) são asiáticos; e 118 (3%) são europeus, a grande maioria proveniente de Kosovo.
Por nacionalidade, o país que mais manda refugiados ao Brasil é Angola, com 1686 (43,3%) residentes. Em seguida vêm Colômbia (528), República Democrática do Congo (301), Libéria (259) e Iraque (165).
Benefício deverá ser reajustado em até 10%
Para reajustar o valor do benefício do Bolsa Família, como defende o ministro do Desenvolvimento e Combate à Fome, Patrus Ananias, o governo fará cortes em despesas de custeio e investimentos de outras áreas já previstas no Orçamento. O percentual de aumento, que poderia ficar entre 6% a 10% ainda não está definido. O Bolsa Família foi criado em outubro de 2003 e teve até hoje um único reajuste. Os benefícios subiram 18% em agosto de 2007, atingindo a faixa de R$ 18 a R$ 112 por mês. O Bolsa Família atende a 11 milhões de famílias e, recentemente, incluiu um número maior de beneficiados, quando aumentou a faixa etária dos adolescentes participantes de 15 para 17 anos.