O Brasil lamenta a morte dos três rapazes assassinados no Morro da Previdência, depois de serem entregues por militares a traficantes que teriam cometido o crime. Sobre o caso, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que reafirma a opinião de que as Forças Armadas não são adequadas para desenvolver atividades de policiamento nos morros cariocas. “Elas são treinadas para a guerra.
Policiais não têm a mesma cabeça do exército”, afirma Tarso. Para ele, o exército só deveria entrar num território quando um governo perde o controle da região. Elas iriam agir em seu caráter federativo, auxiliando os estados da Nação que se encontrarem em descontrole. O ministro diz que as Forças Armadas vão apurar e punir os responsáveis pelo caso, e que não se pode responsabilizar nem o presidente Lula e nem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pelo ocorrido.
Sobre o caso Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, Tarso Genro afirmou que não há razão para o impeachment da governadora. Ele fala que o PSDB está correto em apoiar a sua governadora e que outorgar à Polícia Federal qualquer tipo de articulação constitui uma ofensa ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Ele fala que não há conspiração do governo contra o PSDB no Rio Grande do Sul, e que a PF tem investigado grupos que cometem corrupção de todos os partidos. Para ele, a saída do governo gaúcho é dialogar com sua base e reconstituir sua estrutura política. Ouça a entrevista.