Arquivo do dia: junho 17, 2008

UNICEF: combate à mutilação genital

O Governo da Guiné-Bissau e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) lançaram hoje uma campanha para o combate à prática da mutilação genital feminina, um dos mais graves problemas sociais do país.

Segundo a agência Lusa, a iniciativa, «Acelerar a mudança para o abandono da mutilação», vai durante os próximos três anos promover ações de sensibilização nas regiões de Bafatá, Gabu, Oio e Quinará, principais zonas onde a excisão é ainda bastante acentuada nas mulheres jovens.

A iniciativa também conta com a participação do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP) e será executada pela TOSTAN , uma organização não governamental internacional com mais de 15 anos de experiência na mudança de mentalidade das comunidades afetadas por práticas tradicionais que trazem sofrimento.

Dados das agências das Nações Unidas apontam que 44,5 por cento das mulheres guineenses entre os 15 e os 49 anos de idade sofreram mutilação genital, o que prova que as estratégias utilizadas até aqui para o combate ao fenómeno não produziram os efeitos esperados.

Toda a estratégia será supervisionada pelo Governo guineense através do Ministério da Solidariedade, Família e Luta contra a Pobreza.

Luza

Al Gore apoia Barack Obama

O ex-vice-presidente dos Estados Unidos e Prêmio Nobel da Paz, Al Gore, declarou apoio à candidatura de Barack Obama. Gore iniciou sua participação na corrida presidencial norte-americana garantindo que fará o possível para a eleição de seu companheiro democrata. O hoje ativista ambiental conhece bem a disputa pela Casa Branca, pois foi candidato em 2000 apoiado pelo então presidente Bill Clinton.

Na verdade, Al Gore venceu no voto, mas não levou a presidência devido às regras do sistema eleitoral americano e das manobras feitas pelo candidato republicano, o atual presidente George W. Bush. Em seu discurso de ontem, Gore disse que os Estados Unidos precisam de mudanças, depois dos últimos oito anos de administração Bush.

Al Gore disparou uma série de críticas contra o atual governo e ressaltou que a população precisa comparecer nas eleições de novembro. Ele disse que Bush desrespeitou e desonrou a constituição do país, além de cometer os mais graves equívocos em política externa na história americana.

Exército não deve policiar morros, diz Tarso

O Brasil lamenta a morte dos três rapazes assassinados no Morro da Previdência, depois de serem entregues por militares a traficantes que teriam cometido o crime. Sobre o caso, o ministro da Justiça, Tarso Genro, disse que reafirma a opinião de que as Forças Armadas não são adequadas para desenvolver atividades de policiamento nos morros cariocas. “Elas são treinadas para a guerra.

Policiais não têm a mesma cabeça do exército”, afirma Tarso. Para ele, o exército só deveria entrar num território quando um governo perde o controle da região. Elas iriam agir em seu caráter federativo, auxiliando os estados da Nação que se encontrarem em descontrole. O ministro diz que as Forças Armadas vão apurar e punir os responsáveis pelo caso, e que não se pode responsabilizar nem o presidente Lula e nem o ministro da Defesa, Nelson Jobim, pelo ocorrido.

Sobre o caso Yeda Crusius, no Rio Grande do Sul, Tarso Genro afirmou que não há razão para o impeachment da governadora. Ele fala que o PSDB está correto em apoiar a sua governadora e que outorgar à Polícia Federal qualquer tipo de articulação constitui uma ofensa ao Ministério Público e ao Poder Judiciário. Ele fala que não há conspiração do governo contra o PSDB no Rio Grande do Sul, e que a PF tem investigado grupos que cometem corrupção de todos os partidos. Para ele, a saída do governo gaúcho é dialogar com sua base e reconstituir sua estrutura política. Ouça a entrevista.

Panelaço na Argentina agrava crise de Cristina

A crise no governo de Cristina Kirchner aumentou ontem à noite depois de uma série de panelaços realizados nas principais cidades da Argentina. Milhares de pessoas se reuniram em vários pontos da capital do país para protestar contra o impasse entre a Casa Rosada e os produtores rurais. As manifestações também foram registradas nas cidades de Mendoza, Mar del Plata, Cordoba, Rosario e na Grande Buenos Aires.

Os ruralistas retomaram os bloqueios de rodovias nesta semana e o interior argentino já começa a sentir o desabastecimento, sobretudo de combustível. O governo de Cristina Kirchner sofre forte pressão, mas insiste em não negociar com os manifestantes.

Ontem, o líder piqueteiro ligado a família Kirchner, Luis D’Elía, acirrou ainda mais os ânimos ao declarar que o país está vivendo uma tentativa de golpe. D’Elía acusou o ex-presidente Eduardo Duhalde e o grupo de comunicação Clarín de estarem por trás dos panelaços nas cidades e dos locautes no campo.

D’Elía convocou para amanhã um protesto nas ruas de Buenos Aires em apoio ao governo de Cristina Kirchner. A presidente segue reunida com seu gabinete para tentar resolver o impasse com os produtores rurais.

Imóveis financiados é o maior em 20 anos

O volume liberado em empréstimos imobiliários com recursos da poupança atingiu R$ 2,27 bilhões em maio deste ano, segundo dados da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip).

O número de imóveis financiados alcançou 22,069 mil unidades, o mais elevado dos últimos 20 anos. Em valores, as operações feitas pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo no mês de maio ficam atrás, historicamente, apenas de novembro de 2007.

Segundo a Abecip, o resultado de maio de 2008 supera em 57,8% o montante contratado no mesmo mês de 2007.

Banco de leite humano pede doação em SP

O Centro de Referência de Bancos de Leite Humano da região metropolitana de São Paulo está em campanha para aumentar os estoques de leite materno.

Em média, os bancos coletam cerca de 1,5 mil litros de leite por mês, mas precisam de pelo menos o dobro desse volume para atender às demandas. Os estoques caem mais nos feriados e nos meses de dezembro a fevereiro.

Contrato do Banrisul teve “sumiço” de R$ 18 mi, diz TCE

Relatório preliminar do TCE (Tribunal de Contas do Estado) do Rio Grande do Sul aponta irregularidades como “omissão de receita” de cerca de R$ 18 milhões em contratos do Banrisul com a Faurgs (Fundação de Apoio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul) para desenvolver projetos de modernização tecnológica.

A Faurgs apresentou em seus demonstrativos contábeis receita de R$ 6,2 milhões no exercício de 2006. Naquele ano, recebeu só do contrato com o Banrisul R$ 24,2 milhões. O tribunal considerou irregular também o fato de a fundação, contratada sem licitação, subcontratar empresas para desenvolver os projetos.

A inspeção no Banrisul foi feita com base em dossiê com denúncias encaminhado pelo vice-governador do Estado, Paulo Afonso Feijó (DEM), no fim de 2007 ao TCE e ao Ministério Público Estadual.

O banco é presidido por Fernando Lemos (PMDB) desde o primeiro ano do governo Germano Rigotto (2002-2006). Ele foi mantido no cargo pela tucana Yeda Crusius, que não aceitou pedido de Feijó para que ele fosse demitido.

Venezuela: apresentador da RCTV é morto

O jornalista venezuelano Javier García, da rede de televisão opositora Rádio Caracas Televisão (RCTV), foi encontrado morto em seu apartamento em Caracas, de acordo com a imprensa local. García foi assassinado a punhaladas.

Ele foi o segundo jornalista opositor morto na Venezuela neste mês. No dia 3, Pierre Fould Gerges, vice-presidente do jornal Relatório Diário da Economia – que publicou uma série de denúncias de corrupção em estatais e na administração pública – levou pelo menos dez tiros quando voltava para casa no carro de seu irmão, diretor do jornal.

Estadão

Governo reduz gastos com cartões corporativos

O barulho causado pelo uso indiscriminado do cartão corporativo do governo, que acabou em uma CPI no Congresso, e trouxe grande desgastes para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pelo menos rendeu um benefício para a administração pública. Levantamento feito pelo Correio indica que, enquanto em 2007 a média mensal de gastos era de R$ 6,3 milhões, em 2008 ela caiu para cerca de R$ 2,8 milhões.

Dados da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam uma queda real de 24% nas despesas de fevereiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período de 2007. A própria Presidência da República diminuiu o número de servidores autorizados a usar o cartão. Porém, o exemplo da cúpula não foi seguido pela base, como autarquias e escritórios regionais de orgãos públicos.

No ano passado, o governo gastou R$ 76,2 milhões com cartões corporativos, uma média mensal de R$ 6,3 milhões. Em alguns casos, de forma equivocada, como aconteceu com Matilde Ribeiro, então ministra da Secretaria da Igualdade Racial, que pagou aluguéis de carro e fez compras diversas, consideradas irregulares. Matilde pediu demissão depois que o caso veio à tona.

Correio Braziliense

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