Arquivo do dia: junho 7, 2008

Yeda Crusius demite quatro auxiliares

Em meio à mais grave crise de sua administração, a governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), viu-se compelida a afastar quatro auxiliares. Yeda convocou os jornalistas, neste sábado (7), para informar que deixam sua equipe:

1) Cézar Busatto, chefe da Casa Civil; 2) Delson Martini, secretário-geral de Governo; 3) Marcelo Cavalcante, chefe do escritório de representação do governo gaúcho em Brasília; e 4) o coronel Nilson Bueno, comandante-geral da Brigada Militar.

Antes da entrevista, Yeda reunira-se com o seu conselho político. Integram-no líderes de partidos que dão suporte à sua administração na Assembléia Legislativa. Fez-se no encontro, a portas fechadas, uma avaliação da crise.

Àquela altura, a governadora já havia decidido promover a dança de cadeiras. O movimento tornara-se incontornável na véspera, depois que o vice-governador gaúcho, Paulo Feijó (DEM), divulgara uma fita-bomba contra o governo que integra.

De todas as baixas, duas doeram mais na governadora. A de Busatto, por razões políticas; e a de Martini, por motivos sentimentais.

O chefe da Casa Civil Busatto (PPS) era quem fazia a ponte do Palácio Paratini, a sede do governo gaúcho, com a Assembléia Legislativa. Gravado à sua revelia em diálogos constrangedores que mantivera com o vice Feijó, Busatto converteu-se num moribundo político instantâneo.

O secretário-geral Martini é um amigo da governadora de três décadas. Teve de ir ao olho da rua porque seu nome fora mencionado em conversa de dois personagens enrolados no escândalo do Detran-RS. Conversa telefônica, grampeada pela Polícia Federal.

O troca-troca promovido por Yeda é uma tentativa de responder à crise que ronda o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. A depender da oposição, capitaneada pelo PT e tonificada pelo “quinta-colunismo” do vice ‘demo’ Feijó, a encrenca não termina tão cedo.

A prioridade dos adversários da governadora passou a ser a inquirição de Busatto e Martini, dois dos assessores afastados, na CPI do Dentran, que se desenrola na Assembléia Legislativa.

Nesta segunda-feira (9), Yeda deve reunir-se novamente com seu conselho político. Deseja discutir alternativas de nomes para ocupar os cargos que ficaram vagos.

Ainda nesta sábado, deve levar ao ar nas emissoras de rádio e TV do Rio Grande do Sul uma mensagem sobre a crise. Foi gravada pela manhã.

A encrenca que rói as entranhas da administração de Yeda Crusius tem contornos sui generis. A governadora está condenada a uma convivência de mais dois anos e meio com um vice-governador que não a suporta. E vice-versa.

O diabo é que, eleito na mesma chapa de Yeda, Feijó é “indemissível”. Ao gravar às escondidas um diálogo com o agora ex-chefe da Casa Civil, o vice-governador deu mostras de que sua aversão à “companheira” de governo contaminou-lhe o fígado.

Mal comparando, é como se, em Brasília, o vice José Alencar, de nariz virado com Lula, chamasse a minsitra Dilma Rousseff (Casa Civil) para uma conversa, gravasse o diálogo às escondidas e, depois, divulgasse a fita.

Josias de Souza

Igreja Renascer: Bispa solta, chora em evento

Após deixar a cadeia de Tallahassee, na Flórida, onde estava presa desde o dia 21 de janeiro, a apóstola Sônia Hernandes, fundadora da Igreja Renascer, participou via satélite de uma cerimônia com fiéis da Renascer, comandada por ela e pelo seu marido, Estevam Hernandes.

O casal foi condenado em agosto do ano passado por tentar entrar com dinheiro não-declarado nos Estados Unidos. Enquanto Estevam ficou preso, Sônia cumpria prisão domiciliar, e a situação se inverteu após cinco meses. O evento da Renascer, chamado “Ceia dos Oficiais”, ocorre no Ginásio do Ibirapuera e, ao aparecer no telão montado no local, Sônia foi recebida com aplausos e euforia pelos fiéis e se emocionou, chegando a chorar.

Ela disse que estava com saudade dos fiéis e da igreja. Estevam, que também apareceu, manifestou sua alegria pela liberdade da mulher e afirmou que os últimos dez meses foram os de maior sofrimento da sua vida.

JP

RS: Cidadania Italiana

Uma boa notícia para os cerca de 50 mil gaúchos que buscam a cidadania italiana. O consulado-geral da Itália em Porto Alegre abriu concurso para contratar quatro assistentes administrativos, que trabalharão especificamente nos trâmites para a obtenção da cidadania. As provas do concurso serão em julho, e os aprovados devem ser conhecidos entre agosto e setembro.

Ainda não se sabe quando eles começarão a trabalhar, mas, segundo o vice-cônsul Giovanni Natalucci, a idéia é fazer com que o tempo de espera – hoje de sete a oito anos – diminua para dois ou três anos.
ZH

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