A investigação da Polícia Civil era sobre uma rede de pedofilia que agia em São Paulo. Um dos integrantes da quadrilha foi preso na semana passada, o outro, um oficial da Polícia Militar, se matou hoje, em casa, no momento em que um mandado de busca e apreensão era cumprido em seu apartamento.
Segundo as investigações, o tenente Fernando Neves era cliente da quadrilha que agenciava encontros de pedófilos com menores de idade.
O rosto de Fernando Neves foi visto várias vezes nos últimos dois meses. Ele foi um dos policiais militares que atenderam à ocorrência do crime que chocou o país, o da menina Isabella ( na foto com Nardoni).
É ele quem aparece ao lado de Alexandre Nardoni, pai de Isabella, em frente ao Edifício London, logo depois que a menina foi jogada do sexto andar.
O tenente era comandante da força tática da área e chefiou a busca de um suposto ladrão no prédio. Dias depois, o próprio tenente detalhou a operação.
Apesar de ser acusado de pedofilia, todos os dados oficiais do processo do caso Isabella mostram que o tenente Neves não teve nada a ver com a autoria do crime.
Ele estava a serviço, em outro lugar, com três policiais, quando recebeu o chamado pelo rádio do carro avisando que a menina tinha sido atirada pela janela. E, quando chegou ao edifício London, vários colegas já se encontravam no local.
No computador do chefe da rede de pedofilia, a polícia encontrou uma lista com 600 nomes, que agora serão investigados.
JN