O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, endureceu o tom contra a greve dos auditores fiscais da Receita Federal e encerrou as negociações.
Segundo Bernardo, foram feitas sucessivas rodadas de negociação com os servidores e o governo evoluiu nas várias propostas apresentadas.
O ministro disse que o governo irá cortar o ponto dos funcionários parados pelo menos a partir do dia 9 de abril, quando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) determinou a volta ao trabalho.
Ele disse também que o governo não tem como melhorar a proposta salarial. O governo ofereceu reajuste de 43,9% para servidores com salário teto e de 41,7% para os auditores com salário inicial. O aumento seria aplicado até 2010, sempre no mês de julho.
Para o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco), a greve continua por tempo indeterminado.
Na avaliação do secretário-geral da Unafisco, Rogério Calil, o prejuízo com a greve deve ser semelhante ou superar o de 2006, que acarretou perdas diárias de R$ 120 milhões. Por esse cálculo, o movimento atual, que dura 50 dias, já causou perdas de R$ 6 bilhões.
A paralisação tem dificultado o recebimento de insumos e começa a afetar as exportações de empresas de autopeças. A Associação Brasileira de Transportes Internacionais estima em 1,8 mil o número de caminhões parados nas fronteiras dos países do Mercosul.
Gazeta Mercantil