Aprovada no fim de semana e considerada ilegal pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, a autonomia de Santa Cruz não será reconhecida pelo Brasil. O ministro Celso Amorim classificou o Estatuto Autônomo de “embaraço a um governo nacional”.
Considerado ilegal por Evo, Estatuto de Santa Cruz não terá valor diplomático, segundo Amorim
Aprovado por 84,27% dos eleitores do departamento (Estado) boliviano de Santa Cruz e considerado ilegal pelo governo de Evo Morales, o Estatuto Autonômico não será reconhecido pelo Brasil. Ao classificar o texto como “um embaraço a um governo nacional”, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, garantiu que o país não favorecerá “nada que ameace a integridade territorial da Bolívia”.
Enquanto os líderes da planície oriental boliviana, que reivindicam autonomia do governo central, comemoravam a ampla vitória nas urnas, Evo classificava o pleito como um “fracasso”, tendo em vista a abstenção que chegou a 38,82% e a rejeição que somou 15,73%.
Santa Cruz é a porta de entrada das exportações brasileiras na Bolívia e porta de saída do gás natural importado pelo Brasil. Amorim ressaltou como exemplo de “embaraço nacional” o fato de o artigo 82 do Estatuto prever que os controles aduaneiros de de Santa Cruz serão definidos por lei local. A função hoje é cumprida por funcionários do governo central.
JB