Dois meses e meio após vir à tona o escândalo da decoração do apartamento funcional da Universidade de Brasília (UnB), o reitor Timothy Mulholland e o decano de administração, Érico Paulo Weidle, foram denunciados à Justiça por improbidade administrativa.
Eles são acusados de usar recursos destinados ao financiamento de projetos de pesquisa para mobiliar o imóvel e comprar um carro de luxo. O beneficiário é o reitor.Cerca de R$ 470 mil foram gastos para mobiliar e decorar o apartamento onde Timothy morava. O veículo de uso exclusivo dele consumiu mais R$ 72 mil das pesquisas.
A Finatec custeou as despesas, considerada ilegal e imoral pelo MPF. Não há prazo para que o juiz Hamilton de Sá Dantas decida se aceita ou rejeita a denúncia. O MPF e o MPDF pedem a condenação do reitor e do decano ao ressarcimento do suposto dano causado, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos por até cinco anos, além do pagamento de indenização por danos morais.
Durante todo o ano de 2006, menos de 10% do gasto com a mobília no imóvel do reitor foram usados na melhoria de infra-estrutura de instalações físicas da UnB.
AE