Os cabeleireiros correm risco maior de contrair câncer devido aos corantes de tintas para o cabelo e outros produtos químicos que utilizam, indica estudo do Centro Internacional de Investigação sobre o Câncer.
Num artigo a ser publicado na edição de Abril da Lancet Oncology, a agência responsável pela investigação do cancer da Organização Mundial da Saúde, com sede em Lyon na França, destacou que existem milhares de cabeleireiros e barbeiros em todo o mundo a exercer uma profissão que os expõe a substâncias cancerígenas.
Nos homens existe a possibilidade de aparecimento de um cancer na bexiga, um risco menor nas mulheres que exercem esta profissão.
No entanto, os especialistas não encontraram relação no aparecimento da doença e a utilização dos produtos de coloração nas pessoas que fazem em si as tinturas.
Na Europa, Japão e Estados Unidos, 35 por cento das mulheres e 10 por cento dos homens fazem a sua própria coloração.
A acompanhar o artigo da Lancet Oncology está uma monografia que revê todos os produtos utilizados em cabeleireiros, disponível em http://monographs.iarc.fr/ENG/Monographs/vol57/volume57.pdf.
Especialistas de sete países reuniram-se em Fevereiro em Lyon para analisar os dados sobre vários produtos químicos, identificando algumas substâncias cancerígenas, como as aminas aromáticas.
Outros estudos indicaram que a utilização de químicos por cabeleireiras pode aumentar o risco de aparecimento de um cancer do ovário ou um linfoma.
Lusa