Um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, está previsto para decidir hoje sobre a ação de incostitucionalidade da Lei de Biossegurança, que questiona a utilização de embriões humanos em pesquisas relacionadas às células-tronco no Brasil.
Entre os principais grupos envolvidos na polêmica estão os religiosos, que têm se manifestado contra o tema e, inclusive, feito campanhas contra essas pesquisas. A Igreja Católica, por exemplo, realiza amanhã a Caminhada Pela Vida, reunindo fiéis em diversas paróquias do país.
Entre os espíritas, o Movimento Nacional em Defesa da Vida – Brasil Sem Aborto se posiciona a favor de pesquisas com células-tronco extraídas de pessoas adultas, opinião compartilhada por seguidores da religião evangélica.
Na Igreja Católica, o posicionamento é de que o desenvolvimento da ciência é importante, mas não se pode usar embriões em experimentos como se fossem objetos descartáveis. ‘‘A igreja defende a vida como um todo, diz o padre José Freitas Campos, coordenador da Campanha da Fraternidade 2008, que traz o tema ‘‘Escolhe, pois, a vida’’.
Mas dificilmente será realizado nesta quarta-feira o histórico julgamento do Supremo Tribunal Federal para definir se o Brasil optará pelo atraso ou pelas pesquisas com células-tronco. É que o ministro Menezes Direito deve pedir vista do processo. Católico fervoroso, ligado à Opus Dei, o ministro quer refletir mais sobre a definição, para o Estado brasileiro, de diversas questões: o começo da vida, futuro das pesquisas no Brasil, etc.
Das Agencias